Asthma escrita por Mei Nori


Capítulo 2
Chapter II




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    Chapter II:
“Meninas.”

— Ah, oi, Tammy. — Harry cumprimentou alto, com um sorriso sarcástico. — Sua mãe está na sala, ela estava te procurando.

Depois disso, ele fugiu rapidamente para seu quarto, fechando a porta com chave. Luana, no entanto, não conseguiu dizer uma palavra para sua prima, ao perceber que esta havia acabado de chegar. Não passava das nove e quarenta quando as duas se despediram na entrada da floresta, no entanto, Tammy chegara depois dela. Mesmo que esta tivesse ido pelo caminho mais curto. Havia algo de errado nisso, ela podia sentir.

Tammy soltou um pequeno “tsc” e foi em direção de sua mãe na sala. Diferente de sua irmã, Vanessa não aparentou tanta preocupação, e apenas saudou sua filha, logo perguntando onde ela estava.

— Eu derrubei o galho da árvore. — respondeu.

E Vanessa já sabia disso. Desde cedo, quando a observara pela janela. Talvez por isso não tenha ficado estressada com o fato de Tammy ter passado do horário. Imaginou que ela tentara esconder o galho, e, quando percebeu que não poderia fazê-lo, resolveu entrar em casa e assumir sua culpa.

— Você o quê?! — Brietta se esganiçou. Mas foi ignorada.

— Tudo bem, eu já sabia. — Vanessa pareceu bem calma, como sempre foi com sua filha. — Só não descumpra o horário novamente, eu te vi chegar com Luana.

— Certo... — Tammy se desculpou mais uma vez e seguiu em direção às escadas, onde sua prima a encarava incrédula.

Tammy não voltara com Luana. Vanessa estava mentindo para protegê-la porque sabia de algo? Não, provavelmente não. Naquele momento, Luana só conseguia pensar que desculpar-se deste jeito era uma estratégia. Não duvidava do arrependimento de sua prima, é claro, mas tinha certeza de que ela não havia chego antes dela. Algo soava estranho nessa história, e ela teria de perguntar sobre isso mais tarde (não suportava que escondessem coisas dela. Seja o que for, ela queria saber.).

As duas subiram as escadas e foram até o último quarto do corredor, o qual elas dividiam. Luana sequer esperou Tammy entrar para começar a interrogar sobre o porquê de ela ter demorado na floresta.

— O que diabos você estava fazendo? — bradou, mas sua voz não era de toda alta. — Não era você quem queria chegar mais cedo aqui?!

— Eu encontrei Bill na floresta. — Tammy respondeu, sem hesitar.

— É normal, oras. Ele mora por lá.

— Não, não. Foi diferente. — disse, enquanto buscava a toalha no varal-de-janela e seu pijama, para tomar banho antes de dormir. — Ele estava perdido. Não conseguia encontrar sua própria casa, sabe?

— Ele estava bêbado? — Luana perguntou confusa.

— Eu não tenho certeza disso, Watson. Há algo estranho nas trilhas também. Acho que deveríamos investigar isso amanhã, quando amanhecer.

— Você, esperando até amanhecer?! — Finalmente, aumentou o tom. — Tammy, isso ‘tá esquisito! Agora só falta você querer chamar mais gente para investigar isso!

Tammy riu, e abriu a porta do quarto. Antes de sair, disse:

— Eu não sei, Lu. Mas, hoje, senti um aperto no peito ao passar pelas árvores. Sinto que não é bom voltarmos lá por agora, entendeu? — sorriu abertamente, mostrando a falta do canino direito, que caíra bem depois do previsto. Seus olhos brilhavam uma curiosidade característica, que não escondiam o tanto que ela queria desobedecer a sua própria intuição e ir investigar naquele momento mesmo. Este olhar tranquilizou Luana. Aquela era sua prima, com todo aquele brilho no olhar.

Tammy foi em direção ao banheiro para tomar banho, e Luana o fez logo em seguida. Uma ansiedade inquietante tomava seu peito, mas preferiu confiar na palavra de sua prima mais velha. Mais tarde, as duas se deitaram na beliche e não demoraram a cair no sono.

...

    A manhã começara agitada na cidadezinha próxima a baia do Maine. Logo cedo, muitos dos policiais da cidade foram convocados até a cena do crime, e estavam de plantão desde o amanhecer, investigando o terceiro assassinato em um período de dez dias. É verdade que aquele fim de mundo nunca fora considerado um lugar seguro — estima-se que, só no último verão, ocorreram mais de cinco homicídios, sem contar nos desastres naturais frequentes. —, mas tantos em um período tão curto era demais. Finalmente, isso já ocorrera antes. E isso era o que mais preocupava todos os policiais. Eles temiam que, mais uma vez, a cidade deixasse de ser habitável.

    O estrondo alto do metal roçando o trilho tomou toda a cena do crime, fazendo com que todos os policiais desviassem os olhos para o homem de cabelos desfiados abrindo as grades cor ferrugem (que embora ninguém acreditasse, era limpo semanalmente.). Marshall olhou para os policiais sem entender o que estava acontecendo. Mesmo que já estivesse a certo tempo morando na cidade — algo entre dois e três anos, um tempo bastante irrelevante para alguém tão jovem —, ainda não havia se habituado aos intermináveis mistérios que nunca se resolviam naquela tão pequena cidade. Quem diria que existia tanta gente louca em um lugar tão pequeno?

    — Eu posso ajudá-los? — perguntou assustado.

    Nenhuma resposta. Marshall continuou a fitar os policiais enquanto todos os homens fardados trocavam olhares desconfiados sobre aquele jovem que acabara de abrir a porta. Ele realmente ficou incomodado com a situação. O que ele teria feito para juntar tantos policias de uma só vez em frente a sua lojinha? Não tinha ideia. E, na verdade, sequer os policias sabiam.

    — Você não soube? — questionou um dos policiais dando um passo a frente. — Encontramos mais um corpo. E adivinhe só? Você está do lado dele. De novo.

     Os olhos de Marshall estalaram de seu rosto logo após a insinuação. Aquilo não podia ser verdade, como isso poderia acontecer duas vezes seguidas? Tudo estava acontecendo de forma tão repentina que parecia mais uma conspiração contra o lojista, como se estivessem plantando as provas para incriminá-lo.  

    — Não fui eu.

    — Ora, eu realmente espero que não. — falou maldosamente o policial mais velho entre aqueles. — Se vive em nossa cidade, não é mais de que sua obrigação seguir as normas dela. E, não sei se lhe ocorreu, mas homicídio é um crime.

    Agora fora sua vez de manter o silêncio. Um vento frio e cortante atravessou toda a cena do crime, fazendo com que as fitas que isolavam o terreno voassem para o céu, deixando a área completamente liberada.  Dois policias (que, com toda a certeza, não queriam estar trabalhando ali) saíram em direção à fitinha amarela, no intuito de recuperá-la, mas, no fundo, todos sabiam que eles só estavam tentando fugir do caso. O estrondoso badalar de relógio indicou uma nova hora. Os sinos tilintaram exatas dez vezes, e, ao perceber o quão tarde estava, o lojista insistiu:

    — Olha, eu realmente preciso abrir minha loja...

    — Tem algo de errado com você? — comentou a menina baixa de cabelos pretos e olhos verdes, esgueirando-se pelo meio dos policiais. — Sinceramente, quem se importa com uma loja quando uma pessoa foi morta bem em frente a ela?

    — De novo aqui, Tamara? — Um policial perguntou. — Essa área está sobre vigia. Você não pode simplesmente entrar aqui.

    — Eu não entraria se vocês fossem competentes o bastante para resolver o caso. – debochou.

    — Você pode ser presa por desacato à autoridade. – continuou o mesmo policial: — Vou lhe dar mais uma-

    — Eu não irei. — A menina sorriu vitoriosa. Ainda que tivesse uma “colher de açúcar” graças a sua família, sentia que precisaria ser reconhecida por si mesma. Não que invadir uma investigação desse jeito fosse construir uma boa fama, muito pelo contrário: com certeza não iria. Tammy apenas sabia que poderia cuidar daquele caso por conta, e ela precisava fazer isso. Aquela era sua cidade, sua floresta. Depois de lutar por alguma coisa, não faria sentido deixá-la ser roubada, certo?

   — Olha, nem que realmente precisássemos de vocês, eu recorreria a você, em específico. Não enquanto sua mãe e sua tia ainda estiverem vivas, entendeu? — O líder da operação levantou a menina e a colocou para fora da área já-não-tão isolada assim. Sua mãe entenderia, é claro; todos sabiam que Tammy era enxerida.

    Marshall tentou disfarçar a risada, mas ele não era bom nisso. Não demorou para que os policias voltassem a interrogá-lo sobre o caso, de qualquer forma. Tammy, por outro lado, franziu o cenho e, irritada, recuou para a rua principal, onde combinara de se encontrar com Luana. Acabou por chutar uma ou duas pedras no caminho, mas logo se recompôs e seguiu seu caminho. Entretanto, como se não bastasse o fracasso na investigação direta, ao chegar ao ponto de encontro, além da prima, acabou por se deparar com outra menina. Alguém que não tinha necessariamente a autorização de participar desta investigação.

    A garota era a mais alta entre as três, parecendo ter cerca de dezesseis anos. Seus longos cabelos cacheados balançavam com a brisa, mas isto não era o bastante para desfazer o perfeito rabo de cavalo milimetricamente preso no topo de sua cabeça. Estava apoiada em sua bicicleta, lendo alguma coisa em seu celular cor-de-rosa, alheia a toda a situação. Tammy pensou que, talvez, ela estivesse ali por acaso; que não faria parte da investigação e, portanto, não seria de todo um desastre. Mas, de alguma forma, ela tinha certeza de que estava tentando se enganar com isso, principalmente porque não queria perder seu posto como “líder” da operação (ora, idade não servia para muita coisa quando a diferença era pequena, como, por exemplo, entre ela e os gêmeos da terceira casa na entrada da cidade, que nasceram três meses antes dela, mas mesmo assim era ela quem decidia o que todos do grupo fariam. De todo modo, quando a diferença era de anos, não havia como argumentar. Ela perderia o posto.)

    Tentando não se deixar abalar pela ameaça indireta, Tammy ergueu sua cabeça e endireitou a postura, como Luana sempre a aconselhara a fazer. Com a voz mais arbitrária que pode forçar, em uma única puxada de ar, começou:

   — Não pude descobrir muita coisa com os policiais em volta: eles me expulsaram logo depois de eu chegar. Entretanto, aquela pessoa, digo, o cadáver, não é daqui. Não é alguém de Recovery Hollow, eu quero dizer — Parou por um segundo, tentando retomar o pensamento. — Eu acho que era mulher, mas não pude confirmar isto. Bem, estava usando um vestido e seus cabelos eram realmente compridos. Me pergunto o que ela estava fazendo naquela rua, de qualquer forma...

   A menina mordeu a junta de seu indicador; precisava pensar melhor no que gostaria de dizer, e, sobretudo, não deixar-se abalar por coisas banais. O mistério continuava mesmo assim, no final. Para sua surpresa, no entanto, a outra garota (aquela que assumira estar ali por coincidência)  fechou seu celular e a encarou, curiosa.

    — Como você sabe que ela não era daqui? — perguntou, enquanto guardava o aparelho em sua bolsa de pano.

    — Isso é fácil de deduzir, Cecile. — respondeu prontamente Luana, deixando de se encostar-se à parede. — Ninguém sai de casa durante a noite. Não agora, com a tal “ameaça” para a cidade. — simbolizou as aspas com os dedos, de forma irônica. Não acreditava que a cidade poderia voltar a se tornar inabitável, como boa parte dos moradores da cidade pensavam. Isso não passava de um exagero, que, como sempre, os Stalers contestavam. Contudo, não havia como negar o perigo do anoitecer, uma vez que dois corpos já haviam sido encontrados.  — Considerando que os policias descobriram o caso na primeira patrulha, assume-se que o corpo apareceu entre as dez da noite e as quatro da manhã, antes de amanhecer. Desta forma, se ela arriscou sair depois do escurecer, de duas uma: ou ela não era daqui e, portanto, não sabia sobre o perigo ou, então, ela estava armada até os dentes e mesmo assim foi atacada de surpresa.

   — A segunda é muito plausível. — Tammy riu irônica, mas havia um fundo de verdade no que ela disse; todos naquela cidade eram exagerados, certo?

    — Você não tinha como saber o que ela estava indo fazer. Talvez ela estivesse preparada sim. — contestou Cecile.

    — Realmente, não há como saber. Mas você tem que considerar também todos se conhecem aqui. — Luana replicou. — Tammy não teria a reconhecido, se fosse alguém daqui?

    — Ora, mas ela mesma disse que não pode ficar muito tempo por lá. Sequer conseguiu reconhecer o sexo da coisa! — Exaltou-se pela primeira vez. Cecile não suportava a ideia de ter suas ideias refutadas apenas por capricho.

   Luana e Tammy se entreolharam por um instante, e então deram de ombros; elas sabiam o que estavam fazendo. Ou pelo menos achavam que sabiam. Cecile cruzou os braços ao perceber que não teria chance de argumentar com as duas, mesmo que estivesse sendo realista.  Depois de alguns segundos em silêncio, ela voltou:

   — Luana, quando você me chamou para isso, achei que fôssemos realmente pesquisar sobre o caso, não brincar de detetive. — reclamou, montando na bicicleta. — Desculpe, eu tenho tempo para brincar, preciso terminar a lição de casa do cursinho. Nos vemos outra hora!  

    — Não, espera! —  Luana correu para frente da bicicleta, segurando-a desesperadamente. Não achava que perderia um “membro” tão facilmente.

   — O que exatamente? — Cecile tombou a cabeça para o lado, em dúvida.

   — É, Luana. Esperar o quê? — sondou Tammy com um ar quase grosseiro. Mas só quase. No fim, estava genuinamente interessada em descobrir o repentino interesse da prima na garota mais velha.

   — Bem... — Luana se interrompeu. Por que ela precisava de Cecile mesmo...? Pensou, mas não conseguia colocar em palavras. Achou que “Bem... Talvez seja porque não há ninguém racional o bastante em nossa corporação?” soaria ofensivo demais. — Precisamos de alguém para poder entrar na escola e nos ajudar, sabe? — desviou o olhar por um instante. Realmente, não tinha ideia do que estava falando. — É que, você sabe, os alunos do ginásio não podem exatamente entrar na escola durante o período de férias. Mas com você, já no colegial, acho que poderíamos entrar sem problema!

   — Mas nós podemos inva-

   Luana pisou no pé de Tammy, a impedindo de falar. Nesse momento, Tammy só conseguiu pensar que sua prima estava planejando alguma coisa (e, infelizmente, sua imaginação estava longe do real motivo que fizera Luana mentir de forma tão descarada.).

   — Ah... — Cecile pensou um pouco. Achou que não seria uma boa ideia levar aquelas crianças para a escola no horário de seu curso. Imediatamente imaginou que isto poderia lhe trazer gravíssimos problemas, e, sendo novata no grupo de estudos, ninguém realmente a defenderia. — Eu não sei se posso ajudar vocês com isso... Eu posso tentar, no entanto... — vacilou ao dizer. Não tinha certeza se realmente gostaria fazer isso; mas Luana era sua amiga, não era?

   — Que ótimo! — Luana exclamou, juntando as mãos em uma palma. — Nós ficamos muito agradecidas, de verdade!

   Em seguida, a menina de cabelos loiros saiu de frente da bicicleta, deixando com que a outra voltasse para casa. Tê-la apenas como suporte não era o ideal, como seria se ela fosse um membro ativo na investigação, mas, contanto que ela desse ao menos um pouco de lucidez a equipe, já era o bastante. Luana acenou para a garota de rabo de cavalo que já pedalava longe, além de gritar um “Até amanhã”, bem alto. Cecile pareceu ouvi-lo, já que vacilou o pedalar por um instante. Isto acabou por arrancar um sorriso irônico das duas primas.

      Em contrapartida, no entanto, logo Tammy despiu a carapuça falsa de antes (que quase não conseguira manter, a propósito. Onde já se viu, uma novata completamente alheia a toda a investigação querer opinar sobre o que ela havia descoberto?) e encarou Luana com a mais pura repulsa. Sem pestanejar, iniciou:

   — Ah, sim. Realmente. — bufou. Luana pode ver sua pele morena se tornar vermelha de raiva. — É assim que funciona mesmo. Qualquer um pode entrar, duvidar, e é isso aí! — Sua voz até falhava, não sabia ao certo como se expressar.

     Mesmo assim, Luana se manteve em silêncio. Já esperava essa reação: sua prima poderia ser muito ciumenta em casos como este. Afinal, a corporação pertencia a elas, não é? Se alguma mudança fosse feita, ou algum membro fosse adicionado, as duas tinham de concordar, em primeiro lugar. Essa sempre fora a regra. Mas, de alguma forma, desta vez, Luana pressentiu que não poderiam contar apenas com a sorte. Havia algo a mais em tudo aquilo, e precaução nunca era demais, mesmo para elas. Depois de ouvir todas as reclamações de sua prima, então, Luana apenas se desculpou, e, agora sozinhas, pensou em uma melhor maneira de explicar o porquê da presença daquela garota era tão indispensável:

   — Tammy... — puxou o final da palavra, enchendo as bochechas — Eu imagino que você esteja brava, de verdade...

   — Eu não estou brava, estou puta da vida! — interrompeu. —  Não consigo imaginar que você colocou uma garota mais velha apenas para conseguir ver o professor de literatura do ensino médio! Sério, o que você tem na cabeça? Não tem motivo nenhum para essa merda!

   Luana arregalou os olhos, e, por fim, riu.

   — Opa, opa. O quê? — indagou, sorrindo. — Como você chegou nessa conclusão?

   — Huh, você acha que eu não conheço esse jogo, Luana? — cruzou os braços. — Eu não sou otária. Todas as meninas da nossa classe – isso já há alguns anos, inclusive – em algum momento já tentaram se aproximar do professor. Seja por reforço, procurando por informações, tanto faz! Todas já tentaram! Mas, de verdade, por que agora?! Não! Puxa, logos as férias irão terminar...-

   — Chega, chega. — agora fora a vez de Luana interromper, por mais que ela já estivesse rindo anteriormente. — Não é por isso que precisamos dela, por Deus! — Sorriu maliciosamente. — De verdade, eu não tinha nem ideia de que o Professor Francis passava tanto por sua cabeça. — piscou, maldosa. — De qualquer forma, eu acho que Cecile pode nos ajudar com a parte lógica da investigação. Você sabe, todo o grupo tem alguém para pesquisar, não é mesmo?

   — Nós não temos o Hiromi para isso? — Tammy perguntou, parecendo não entender a insinuação anterior.

   — Não esse tipo de pessoa! Além disso, ele quebrou o braço, sua mãe provavelmente não quer nos ver nem pintadas em ouro!

   — Hum... Não tenho certeza se você me convenceu muito. Principalmente porque você me fez responder sobre a floresta ontem! — Tammy virou o rosto, mas já não parecia tão furiosa quanto antes. Isso tranquilizou Luana; só o que faltava era brigar com sua prima por causa disso. Ainda no início do que prometia ser uma das melhores investigações que essa corporação poderia ter!

   — Uhuhu, tudo bem, tudo bem. Ela não terá acesso a base secreta, eu juro! — Luana agora quase gargalhava, não sabendo exatamente o porquê. Tammy pareceu um pouco constrangida com toda a risada (talvez tenha notado o comentário anterior? Ou talvez ela achasse que o alvo de toda aquela risada era ela – o que não deixava de ser, na verdade.), mas não se preocupou realmente.

   O clima se tornou mais calmo a partir daquele momento. Todo o calor do verão finalmente voltara a incomodar, e o sol brilhante estava quase no centro do céu; logo, então, os relógios tilintaram doze vezes, indicando a nova hora. Estava tarde, precisavam ir até a floresta.

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