Asthma escrita por Mei Nori


Capítulo 1
Chapter I




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    Chapter I:
“Carro estranho.”

Suas mãos molhadas pelo suor se encostavam, demonstrando o nervosismo da garota sentada ao pé da gigantesca árvore oca. Estava ansiosa naquele momento, e o incessante movimento da troca de seus dedos e a visão angustiante de sua tentativa de estalá-los não ajudavam a esconder isso.

Quando era mais nova, em momentos como esse, tinha o costume de sentar-se nos galhos da árvore, esperando até que toda aflição passasse. Entretanto, quando tentara fazê-lo novamente, agora crescida, tendo quase catorze anos de idade (faria aniversário no próximo mês, em setembro daquele mesmo ano), acabara por destruir um dos galhos, acabando com uma das “relíquias” de sua família. Isso apenas piorara ainda mais sua situação.

    Tammy sentia-se culpada por tê-lo feito. Só de pensar que sem querer destruiu uma das lembranças de sua não-tão-distante infância, sentia seu coração palpitar alto, e novamente desviava a atenção para suas mãos que continuavam a se mover depressa.

  Aquilo já era praticamente uma ação involuntária. Seus dedos se moviam rápido, de forma a fazer sua mãe encará-la com ar de preocupação. Mesmo assim, ela continuava naquele mesmo ciclo, trocando seus dedos de lugar e parecendo não se importar com a presença na janela.

    Seus movimentos sequer faziam sentido para ela mesma, mas isso não importava. Contanto que a distraísse daquela imensidão de pensamentos inquietantes, qualquer coisa bastaria.  Seus olhos esverdeados continuaram a encarar as próprias mãos até que o soar de uma buzina alta fez perder a concentração no que estava fazendo. A cidade inteira, que não era muito grande desde o princípio, parou para olhar o carro prateado, que, de forma cautelosa, adentrava os portões da cidade, parecendo temer que o sujasse de lama.

    As portas (que eram tão limpas que faziam Tammy pensar ser um carro comprado no mesmo dia) se abriram devagar, e um alto homem saiu de dentro dele, fitando a cidade com um olhar crítico e severo.

    Tammy já havia visto inúmeros rostos passarem pela porteira da cidade antes, e sabia muito bem reconhecer quando um era diferente dos outros. Aquele homem que acabara de entrar na cidade era um deles. Seus olhos carregavam um expressão cansada e sonolenta, analisando cada canto da rua principal da “cidadezinha de fim de mundo”.

     — Acha que ele é mais um solitário? Pois tem cara de que é. — cantarolou a garota loira em tom baixo, pendurando-se na madeira um pouco gasta da cerca dos Staler.

    — E isso é sinônimo de disponibilidade ‘pra você? — ironizou a garota dos olhos verdes, levantando-se rapidamente para chegar mais perto de Luana.

    Luana era sua prima. Quase tão próxima que poderia considerá-la como uma irmã mais nova. As duas cresceram juntas em uma mesma casa, convivendo com as mesmas pessoas e passando boa parte do seu tempo fazendo as mesmas coisas; desta forma, não foi surpresa para ninguém quando as duas caçulas da família passaram a demonstrar os mesmos traços de “loucura” que todos os outros Stalers carregam em seu DNA. Todos tinham o mesmo gosto por mistérios, e aquela ansiedade no peito que não os deixavam dormir senão conseguissem desvendá-lo. Portanto, naquele momento, o semblante das meninas não poderia ser outro senão o de curiosidade.

   Desta vez, entretanto, a família Staler não era a única a estar com uma pulga atrás da orelha em relação ao recém-chegado. Não dava para mentir sobre isso, estava claro que a cidade não recebia muitas visitas; por isso, naquela terça-feira abafada pelo clima de verão, ao ver aquele novíssimo carro adentrando a portela de Recovery Hollow, todos os moradores da pequena cidade pararam o que estavam fazendo para bisbilhotar o incomum visitante.

    — Se eu disser que não, você acreditaria em mim? – Luana riu baixo, sem deixar de secar o rapaz em momento algum. — Bem, se for meu dia de sorte, ele tem uns dezessete anos...

    — Ainda é muito velho, você sabe. — retrucou, mas não na intenção de ofender. Tammy sabia que sua prima poderia tentar, mesmo sendo muito nova para o rapaz. Isso a preocupava um pouco.

    — Ei! — resmungou com um sorriso, empurrando fracamente Tammy pelo outro lado da cerca. — Eu estava brincando, — riu. — mas, de qualquer forma, acho que ele precisa de ajuda.

    — E você vai lá? — Arqueou a sobrancelha, começando a se interessar pela história.

      — Você tem alguma dúvida? — disse, abrindo um imenso sorriso.

    Tammy quase não teve tempo de se espremer por entre a cerca para acompanhá-la, sua prima saiu na frente saltitando em direção ao forasteiro, quase tropeçando uma ou duas vezes nos paralelepípedos envergados da entrada da cidade.

   Mesmo que não fossem muitas pessoas, ainda fora difícil se apertar pela multidão, principalmente tentando não perder alguém de vista. Pediram para passar algumas vezes, mas também acabaram por empurrar uns e outros. Não se importavam com os moradores atuais agora, mais tarde poderiam se desculpar com eles. O importante era chegar até o rapaz novo.

Depois de vários empurrões e reclamações, Tammy finalmente conseguiu esbarrar com o “rosto diferente”, que antes só vira de relance. Entretanto, quando se aproximou daquele homem de cabelos compridos, algo lhe veio à tona, como se aquilo trouxesse um pressentimento ruim, ou algo parecido com uma nostalgia, porém dolorosa. A garota vacilou, por um momento.

    — Com licença, moço — A voz de Luana ecoou. — Você precisa de ajuda?

    O rapaz desviou o olhar para baixo, para encontrar as duas garotinhas, que davam mais ou menos em seus ombros. Buscou ao redor mais uma vez, e, com um suspiro, tornou a falar:

    — Por acaso a mãe de vocês está por perto? Seria mais fácil pedir informação para alguém mais velho...

    — Não diga isso! —  cortou Tammy, elevando o tom. — Você não poderia ter encontrado pessoas melhores para te dar informação! — sorriu, mas seus olhos verdes não escondiam o brilho inquieto.

 Ele recuou por um instante, hesitando em pedir ajuda para as garotas que, certamente, tinham nascido pelo menos uns dez anos depois dele. Suspirou mais uma vez.

   — Olha, mocinhas, eu só preciso de um lugar para ficar esta noite. Se vocês me dão licença, vou pedir informaçã-

   — Tem uma pousada aqui perto, o Maria’s! — Luana disse.

   A atitude de cortar a fala estava o irritando, a ponto de querer simplesmente ir embora dali, deixando-as falando sozinha. Todavia, a garota mais alta havia soltado uma informação útil, por mais que não fosse de toda exata — como ele poderia chegar a um lugar sem conhecer a cidade? Bem, ele sempre poderia perguntar para alguém, contanto que não fossem àquelas duas. O rapaz agradeceu, meio desconfortável, e rapidamente se esgueirou pelo meio da multidão — que pareciam mais entretidas no carro do que nele —, tentando se afastar ao máximo das meninas.

    Tammy e Luana, por sua vez, não o deixariam escapar com tanta facilidade. Elas se divertiam com esse tipo de situação, e faziam o seu máximo para conseguir levar alguém ao limite. Em meio a correria, no entanto, o jovem acabou por esbarrar em um homem mais velho, de aparência cansada e roupas simples; quase esfarrapadas.       

     — Puxa, me desculpe, senh-

    –– Não me venha com esse papinho, seu babaca! —  rosnou o tal morador, com uma voz raspada, tipicamente de um bêbado. Em um movimento rápido, sacou de dentro de um de seus bolsos um canivete mal feito (dava para ver a marca de refrigerante da latinha que fora usada para fazê-lo) e apontou para o jovem. —   Forasteiros como você não deveriam entrar aqui desse jeito! Depois ainda reclamam quando digo que essa cidade deveria ser como um condomínio fechado!

    — Ei, ei! Pare com isso, Bill! É só um turista, não o assuste desse jeito! — Tammy pôs-se em frente ao rapaz, fazendo o que podia para proteger o suposto intruso.

   Bill soltou um breve “tsc” e pigarreou no chão. Guardou seu “canivete” e virou-se de costas, evitando o olhar de repreensão da menininha.

— “É só um turista...”— repetiu para si mesmo, debochando da voz da garota e indo embora.

    O “forasteiro” tornou-se estático por um momento. Não estava pálido, nem aparentava estar amedrontado; mas o susto já servira para fazê-lo pensar duas vezes sobre ficar ou não naquela cidade por mais de um dia.

 —   Não liga ‘pro Bill não, ele é assim com TODO mundo. — diz Luana, aproximando-se de Tammy. — Ele é tão estranho que, — sorriu maliciosamente — as pessoas dizem, não eu, huhu, — colocou os dedos sobre a boca, mas não a cobrindo completamente — que ele costuma catar sucata na rua, e fazer armadilhas por volta de sua casa, para afastar os intrusos, huhu. — terminou, com mais uma risadinha quase pútrida.

   — Olha, meninas, — suspirou. — Eu agradeço por tentarem ajudar, mas eu não quero saber sobre folclores desta cidade. Não pretendo ficar nessa cidade além desta noite —  começou a andar  depressa —  e, como vocês podem ver, graças a vocês um bêbado quase me agrediu. Muito obrigado, vocês já ajudaram muito, mas agora tchau.

   — O Bill não é bêbado! Só é triste. —  Tammy disse, bem alto.

   Mas dessa vez nenhuma das duas o seguiu. Elas já haviam conseguido seu objetivo pelo dia, de qualquer forma. Não havia mais nada a ser feito em relação àquele homem. A semente do “medo” já havia sido plantada, e, agora, era apenas uma questão de tempo para tudo começar a se desenrolar e o rapaz fugir daquela cidadezinha de fim-de-mundo. Ou, se não desse certo, pelo menos teriam alguns dias para se divertir, diferente dos últimos, que se resumiram nas lições de verão e implorar para que Vanessa, a mãe de Tammy, as deixasse ir até o fliperama da cidade vizinha, já que a mãe de Luana sempre jogava toda esta responsabilidade para a irmã mais nova, mesmo que esta não dirigisse.

     Observando de longe, as duas viram o rapaz tentando pedir informações para inúmeras pessoas na rua, procurando pelo tal “Maria’s” (a essas horas, Luana já estava se odiando por ter soltado o nome verdadeiro do lugar, vendo que perdera a brilhante oportunidade de caçoar mais uma vez dele). Depois de muito perguntar, finalmente, um casal vestido com o uniforme da pousada-lanchonete se ofereceu para guiá-lo até o lugar, afirmando trabalhar lá. Cansado de carregar sua pequena maleta, e de receber diversas recusas entranhas de pessoas que nunca viu na vida, o rapaz aceitou a ajuda e os seguiu até a pousada.

    Estava escurecendo agora, era hora de retornar para a casa. Antes que Vanessa, principalmente, ficasse preocupada. A mãe de Luana também se preocuparia, é claro; mas ela mesma gostava daquele clima de verão, então aproveitara para ir com Jackson, seu marido, para a praia da cidade vizinha, e, por isso, só voltaria para casa bem mais tarde — ora, se ela soubesse que sua filhinha de doze anos estava perambulando até quase dez horas na rua, ela provavelmente surtaria. Luana não era burra a ponto de sair quando sua mãe estava em casa o dia inteiro.

    — Espera, Tammy! — pediu Luana. — Eu não vou pelo atalho, o sol está quase indo embora, além de ter muitos insetos para lá.

 Tammy se virou, examinando sua prima e o jeito que esta se vestia. Era um vestido branco, quase na altura dos joelhos e sandálias de dedo, também da mesma cor, com uma flor na divisória. Seus cabelos estavam soltos e, por serem compridos, com certeza embaraçariam nos galhos dos arbustos espalhados pelo atalho.

— Desculpa, mas foi você quem disse para irmos até o estranho. A culpa não é minha se você veio vestida assim, ué. — Tammy deu de ombros.

— Ei! Eu quis ajudá-lo. — desviou o olhar. — Segui-lo depois que ele fugiu ‘da gente pela primeira vez que foi o erro. Ele foi longe, até. — encheu suas bochechas e juntou os dedos, sua voz saiu vagamente abafada.

— Nossa, até parece que acabamos de chegar na cidade! — Tammy riu, irônica. — Olha, Lu, se você quiser voltar todas as quadra e chegar limpinha em casa, pode ir. Mas eu não vou arriscar e chegar depois das dez em casa. Não depois de ter quebrado uma árvore, pelo menos.

— Você quebrou uma árvore?!

— Deixa quieto. — Tammy cortou, rapidamente. Ficou vermelha por um instante. — Eu vou indo, certo? É melhor você ir também, antes que escureça demais.

Recovery Hollow não era uma grande cidade. Nem mesmo junto das duas cidades vizinhas poderia ser considerada uma grande metrópole. Ela era formada apenas por alguns quarteirões, além de ser cheia de casas não exatamente alinhadas com a rua. As ruas eram asfaltadas, mas poucos carros passavam por ali, principalmente pela maioria delas terminarem em becos sem saída. Deste modo, a cidade parecia muito mais um amontoado de bairros, com casas quase conectadas e alguns poucos comércios. Não era fácil se perder, e os lugares eram muito próximos uns dos outros, entretanto, da pousada até a casa das meninas daria uns vinte minutos de caminhada pela rua principal (a única que era bem iluminada). E, em compensação, pelos atalhos da floresta, era fácil atravessar toda a cidade em dez minutos, ou até menos, dependendo de onde estava indo.

Toda a cidadezinha era cercada por uma floresta não muito densa, mas bastante extensa. Haviam trilhas por dentre as árvores, que poderiam levar a qualquer lugar da cidade, se estendendo até Greywood, uma das cidades irmãs de Recovery Hollow. No entanto, os moradores da cidade não tinham o costume de usá-las, por causa de superstições. No fim, apenas as crianças acabavam usando aquela floresta, e, por causa disso, todas elas a conheciam de cabo a rabo — ou, pelo menos, aquelas que não eram medrosas demais para caminhar naquele mato cheio de insetos e buracos de lama.

Tammy foi uma das primeiras da “nova geração” a ter coragem de passar a usar as trilhas. Logo em seguida, Luana começou a usá-las também, mas só quando estava com uma roupa adequada para isso — odiava se sentir suja, além de ter alergia a picada de mosquitos. Em outros momentos, preferia andar mais do que se sujar. Este havia sido o caso naquele momento. Luana concordou com sua prima e deu meia volta, começando seu caminho de volta até sua casa. A rua ainda estava cheia, mas não tão movimentada como costuma ser durante o período da tarde. Ela sabia que teria de se apressar, ou então ficaria sozinha caminhando naquela longa estrada principal.

Apertou o passo, correndo de poste em poste para se manter bem iluminada. O céu era de coloração escura, com alguns feixes de luz avermelhada que poderiam ser vistos por trás das árvores. As estrelas estavam começando a brilhar forte no céu e as cigarras estavam quase terminando seu canto. A luz dos postes logo não bastaria mais, por isso, se apressou (preferia mil vezes levar uma bronca por arrebentar suas sandálias do que por não ter voltado para casa dentro do horário.). Para sua sorte, sua casa não estava distante e logo pode ver as luzes acesas em meio a escuridão.

— Boa noite, Luana. — disse Algo em tom sarcástico. Luana saltou para trás. — Se divertiu bastante com seu irmão? Ou esqueceu que ele estaria te vigiando hoje?

Era seu irmão mais velho, Harry. Atrás deste, sua mãe a encarava, demonstrando reprovação, mas sem dizer uma palavra sequer. Luana fechou a cara, imaginando que havia sido ele quem contara para sua mãe sobre ela ainda não estar em casa. Naquele momento, apenas torceu para que não ficasse de castigo.

Depois de alguns segundos de silêncio, observando o sorriso de canto de Harry e esperando por sua punição, sua mãe começou:

— Eu não serei injusta, pelo menos não hoje. — suspirou. — Ainda faltam cinco minutos para às dez. Por Deus, como a sorte é uma puta!

— Brietta! Ainda falta um ano para Luana se tornar uma adolescente! — gritou Jackson, saindo de dentro do carro modelo esportivo (um Mitsubishi Eclipse de 2006, que causava inveja nos vizinhos, que não sabiam direito como Brietta conseguira comprá-lo, já que não trabalhava exatamente.).

Brietta bufou. Não queria se estressar por agora, não após uma tarde relaxante na praia; seria jogar todo o esforço no lixo, e, principalmente, a gasolina que gastou para ir até a cidade vizinha, que não era tão perto assim, como a outra, que poderia ser alcançada pela floresta. Columbus Town era a última cidade do “Triângulo de Fim-de-Mundo”, como Tammy costumava chamar. Estranhamente, também era a mais popular entre as três. Levava cerca de quarenta minutos para transitar de uma cidade para outra, passando por uma estrada esquisita, cheia de animais e fazendas quase-grandes. Diferente de Greywood, não era possível chegar lá senão pela estrada.

 Jackson pediu ajuda para levar os guarda-sóis para dentro, e, para não se sujar mais depois de ter chego tarde em casa, Luana preferiu ajudar — em situações normais, com certeza deixaria seu irmão fazê-lo sozinho. “De todo modo, por que a mamãe levou tantos guarda-sóis sendo que nunca faz sol por aqui? E, além disso, eles só estavam em dois!” Pensou, bufando. No fim, Luana tinha o mesmo jeito de sua mãe.

Ao entrarem, os quatro foram saudados por Vanessa, que estava tentando futilmente ajeitar na parede um quadro que Luana havia pintado, mas que sempre teimava em ficar tombado para o lado direito.

— Ó, Brietta, achou sua filha? — Vanessa sorriu. Ela poderia parecer gentil, todavia, sua irmã sabia que aquele sorriso escondia um deboche; todos da família eram assim.

Jackson despejou as tralhas no chão e começou a organizá-las, entretanto, quando iria pedir ajuda, percebeu que já estava sendo ignorado. Vanessa e Brietta pareciam distraídas em uma conversa, enquanto Luana e Harry já passavam da metade da escadaria. Foi quando Tammy adentrou a casa pela porta dos fundos, tentando ser silenciosa.

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