Porcelana | Jasper Hale escrita por winxchender


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Postei essa fic no spirit também, com o user "winxchender". Escrevi com carinho, um copo de suco e Lana Del Rey tocando de fundo. Não me responsabilizo por bad's repentinas rs

Boa leitura.



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— Ela é uma fraqueza, Senhor Jasper. Mate-a e então ficaremos juntos pela eternidade. 


A voz de Maria era melodiosa e sussurrada, carregada de promessas vazias. Jasper, um recém-criado a quase dois meses, fez um som estrangulado com a garganta observando por trás dos arbustos a jovem donzela, a quem amou antes de seu destino esbarrar com a imortalidade e a sede por sangue.


Jasper era um empata e ele podia sentir os sentimentos intensos que a madame sentada na varanda da pequena casa emanava. Medo, saudade, esperança. Seriam estes sentimentos direcionados a ele? Ela gostava de dizer que o mesmo era muito bom em descobrir o que sentia, ali não parecia muito diferente.


— Mate-a e dê o fim a sua antiga vida. Não vale a pena. — novamente a voz de Maria sussurrou em seu ouvido. Cego pelos encantos de sua criadora, ele rosnou para a mulher de longos cabelos castanhos que agora entrava em seus aposentos.


Jasper se lembrava de sentar na escadaria daquela varanda e cortejar a garota, que sempre ria de maneira tímida com seus elogios e brincadeiras. Tempos felizes. Sim, eram, porém, ele havia escolhido um caminho. 


Em uma velocidade alucinante, ele pulou a janela do segundo andar e entrou no que seria o quarto da mulher. Cheirava a lírios; nada havia mudado. Ele tomou a liberdade de andar pelo quarto, parando de frente a uma estante de bonecas de porcelana.  Ele agarrou uma, estudando-a merticulosamente com seus olhos vermelho-sangue. Era bonita, tinha o mesmo tom de cabelo da sua dona.


— Jasper? 


A voz aveludada, carregada de emoção e saudade retirou o vampiro de seus desvaneios. Ele pôde sentir a saudade em seu interior, mas não se virou. Não queria ver seu rosto, não queria sentir remorso. Ouviu os passos da jovem se aproximar, o leque que segurava caiu. A saia arrastava na madeira polida da casa, trazendo um som incômodo aos ouvidos aguçados de Jasper.


— Você voltou, eu senti a sua falta. — disse.


Se fosse o antigo Jasper, ele certamente sorriria para ela, beijaria sua mão para logo em seguida a abraçar fortemente. Diria palavras carinhosas, cheiraria o topo de sua cabeça e logo elogiaria seu vestido e sua beleza. Entretanto, aquele Jasper havia morrido. O Jasper humano não existia; existia apenas um monstro com sede de sangue e cego por palavras vazias de uma vampira revolucionária.


Ele avançou na mulher e a pegou pelo pescoço por trás. Ela se debateu, confusão e medo eram os principais sentimentos. Talvez ela pensasse que era apenas um pesadelo estranho, mas não.


Jasper apertou o pescoço da mulher não de modo vampiresco. No fundo, algo lhe dizia para deixá-la viver. O som estrangulado de sua garganta fez o vampiro sentir-se triste. Mais ainda quando ouviu a jovem mulher que amou dizer:


— Eu... lhe... perdoo. 


E então, o fim. Com um simples movimento do homem-frio, quase indolor, o corpo da jovem humana caiu em um baque surdo na madeira polida. Jasper respirou fundo, ainda anestesiado com os sentimentos intensos da castanha. Encarou o corpo ainda quente ali, certamente, se pudesse, estaria chorando no leito de morte da senhora. 


Ele a quebrou como uma das frágeis bonecas de porcelana que enfeitavam a estante. 


E nem mesmo estava arrependido.

 


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Notas finais do capítulo

Foi com certeza a história mais bad que ja escrevi rs
Me digam o que acharam! Beijo beijo!



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