A Breve História de Regulus Black escrita por Mrs Borgin


Capítulo 95
95. Tijolos e pó de flu




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Tijolos e pó de flu

— Você não vai acreditar, Severus! A resposta para o nosso problema sempre esteve debaixo do nosso nariz! – disse Regulus, mais tarde naquela mesma noite, quando a sala comunal estava, finalmente, deserta.

— E qual é? – perguntou o outro, olhando para dentro da lareira.

— Esta lareira não está com a chaminé destruída e submersa? – perguntou animadamente.

Severus olhou para ele, franzindo a testa, desconfiando que, mais uma vez Regulus havia se empolgado sem razão. Regulus continuou:

 - Então, vamos reconstruí-la colocando pó de flu na massa do cimento. Aí ela voltará a funcionar!

— É uma ideia interessante... Mas como vamos fazer sem que ninguém perceba?

— Amanhã tem o jogo da Corvinal contra a Lufa-lufa, podemos trabalhar enquanto todos estão assistindo ao jogo!

— E a sua namorada? Ela não vai ficar procurando por você?

— Eu não tinha pensado nisso... – disse Regulus, levando o dedo indicador à boca, batendo levemente e repetidas vezes sobre os lábios enquanto pensava. – Vamos precisar de ajuda. Os outros não esperam que façamos tudo sozinhos e eles apenas desfrutem dos resultados, não é?

— Bem, não custa tentar. – disse Severus, entrando na lareira e olhando para cima. O buraco da chaminé era um poço negro sem fim. – Não temos outra ideia e nosso prazo acaba depois de amanhã. Reconstruir a lareira vai ser o jeito. Vamos reunir os rapazes.

Cinco minutos depois lá estavam Crouch, Amifidel, Jack, John, Mulciber e Avery, bastante sonolentos e mau humorados. Regulus e Severus explicaram o plano detalhadamente.

— Pelo menos dois de nós vão trabalhar na reconstrução da chaminé propriamente dita. Precisa ser alguém que voe bem na vassoura, pois o local é de difícil acesso e só dá para chegar voando. Eu sugiro Avery e Mulciber, nossos batedores. – Avery e Mulciber se entreolharam e concordaram com a cabeça. Seguiriam a sugestão de Regulus.

— Por que você não vai? Você também vive se gabando de voar bem... Por acaso não quer sujar as mãos? – perguntou Crouch, desdenhoso.

— Black vai ficar no estádio fingindo assistir ao jogo com Alice, observando a movimentação dos professores e funcionários. Ao menor sinal de que alguém possa estar se interessando pelo que acontece no Lago Negro, ele mandará um sinal.

— Você quer dizer que Black vai ficar namorando enquanto nós trabalhamos duro? – perguntou Crouch.

— Se você tivesse uma namorada ou qualquer outra pessoa que notasse sua ausência a ponto de sair procurando você por todos os cantos, Crouch, você também ficaria no estádio! – respondeu Severus, irritado. Crouch se calou. – Posso voltar ao plano? – ele perguntou, olhando para os outros. Todos responderam “sim” com a cabeça. – Ótimo. Como no Lago Negro tem sereianos e grindylows, vamos precisar de alguém que jogue o feitiço da desilusão sobre a lareira, enquanto outros dois ficam de guarda espantando os grindylows. Sugiro Amifidel e Crouch para ficarem de guarda e eu faço a proteção mágica no entorno. Jack e John ficam responsáveis pela fabricação do cimento, na beira do lago. Todos de acordo?

— Erm... Não tenho certeza se sei o feitiço para espantar grindylows... – disse Amifidel – mas posso ficar abastecendo Avery e Mulciber com cimento. – ele emendou, rapidamente, antes que os outros concluíssem que ele não serviria para entrar no novo clube caso não ajudasse.

— Eu posso espantar os grindylows. E me entendo bem com os sereianos, já vi meu pai falando a língua deles... – disse John.

Severus o olhou com desconfiança.

— Se você está dizendo... Então ficamos assim, Avery e Mulciber na reconstrução, Ami e Jack na beira do lago fazendo cimento, John e Crouch... Crouch, você sabe o que fazer caso os grindylows apareçam, não é?

— Ora, não faça perguntas estúpidas, Severus! Claro que sei! – reclamou Crouch, revirando os olhos.

— Ótimo! Eu vou lançar os feitiços protetivos em torno da lareira aqui na sala comunal e em torno da chaminé, depois vou ficar à espreita para que ninguém se aproxime. Black, você já sabe que sinal irá mandar?

Regulus sorriu.

— Tenho um acima de qualquer suspeita...

— E o que seria? – perguntou Crouch.

Regulus sacou sua varinha e acenou-a, fazendo aparecer um coração vermelho brilhante no teto, com as iniciais A+R no seu interior.

— O que vocês acham?

Crouch abriu a boca, apontou seu dedo indicador para dentro, fingindo que iria vomitar, Jack e John imitaram o gesto.

— Acho que vai servir... – disse Severus, erguendo uma sobrancelha.

— Eu acho uma ótima ideia, Reg! – disse Amifidel – Assim ninguém vai perceber e você continua no seu disfarce.

Regulus ficou incomodado. Namorar Alice não era um disfarce. Mas ele não iria discutir naquele momento. Tinha outras preocupações.

— Certo. Já temos um plano. E cimento? Pó de flu? E tijolos para construir a lareira? Onde vamos conseguir tudo isso?

Os garotos se entreolharam. Ninguém havia pensado no assunto. Após alguns minutos de silêncio, Regulus respondeu sua própria questão:

— Provavelmente há tijolos caídos no fundo do Lago Negro em torno da lareira destruída. Duvido que alguém os tenha removido de lá.

— Ótimo. E quem vai pegar e quando? – perguntou Avery, indicando que não seria ele a fazer isso.

— Eu pego. Daqui a pouco. E o cimento?

— Eu acho que se fizermos uma pasta qualquer e adicionarmos à ela o pó de flu já vai funcionar. Depois é só coloca-la entre os tijolos com o feitiço aderente. Só precisamos do pó de flu.

— Boa ideia, Ami! Pó de flu eu tenho! Eu trouxe uma boa quantidade em minha mala, por precaução. – disse Severus, sorrindo pela segunda vez naquela noite. – Tudo combinado, então.

— Eu vou pegar os tijolos. Quem vai comigo? – perguntou Regulus. O restante dos garotos olharam-se uns para os outros para ver quem se prontificava. Naturalmente o frio do lado de fora não estava nada convidativo.

— Avery e eu já vamos enfrentar as criaturas do Lago Negro amanhã enquanto você vai estar namorando no estádio. Nós vamos dormir, precisamos poupar energia. – disse Mulciber, levantando-se e seguindo para seu dormitório. Avery nem se deu ao trabalho de responder e acompanhou Mulciber.

Os garotos que restaram ficaram em silêncio por alguns instantes.

— Eu vou com você – disse Amifidel.

— Eu também. – disse Severus.

— Bem, já que vocês dois vão, acho que nós podemos poupar nossas forças para amanhã. – disse Jack, indo em direção aos dormitórios. John e Crouch o seguiram em silêncio.

Regulus olhou para os outros:

— Pensei em voar sobre o lago e usar um feitiço para chamar os tijolos para fora do Lago sem ter que mergulhar... está um pouco frio hoje...

— Certo. Vamos buscar as vassouras. – disse Amifidel, levantando-se e caminhando para a porta de saída, seguido de perto por Regulus e Severus.


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