A Breve História de Regulus Black escrita por Mrs Borgin


Capítulo 5
5. Primeira aula de poções




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Primeira aula de poções

Era tarde de terça-feira, o dia estava ensolarado, embora ventasse bastante. Regulus ouviu a voz do irmão e parou, à saída do Salão Principal. James comentava com Sirius, enquanto desarrumava os cabelos, que o vento daria um toque especial ao treino de Quadribol que ele teria mais tarde. Sirius sorriu em resposta, virando a cabeça para cumprimentar o irmão, sem parar de andar:

— Oi, Reg.

— Oi, Sir.

E já tomando distância, ouviu a voz de Sirius perguntar, antes de ser envolvido por uma pequena multidão de garotas:

— Boas aulas, Reg?

— Boas.

Regulus respondeu, mas podia apostar que o irmão já não o escutava mais. Ficou parado por alguns minutos até que se deu conta que já estava completamente só. Tomou o corredor que levava à escadaria que descia às masmorras, apressando o passo, pois já não via nenhum de seus colegas de classe no corredor, o que deveria indicar que estava atrasado para a sua primeira aula de Poções.

Abriu a porta e entrou na sala tentando não fazer barulho para não chamar a atenção, mas uma garota da Corvinal que estava próxima do professor falou:

— Quer apostar que é mais um sonserino chegando atrasado, professor? O senhor deveria orientar seus alunos a cumprir horários...

Professor Slughorn olhou para ela e agradeceu, sorrindo:

— Obrigado, Srta Broadmoor, farei isso.

Então virou-se para Regulus e disse:

— Regulus Black! Aproxime-se, acredito que tenha encontrado com Peeves como o Sr Amifidel, mas vejo que teve melhor sorte.

Regulus olhou para o amigo que estava coberto com uma gosma esverdeada que o professor removia com a varinha, como se esta fosse um aspirador.

— Ah, sim. Tive mais sorte.

Respondeu Regulus quase sorrindo, achando que era melhor não tentar explicar porque havia se atrasado, uma vez que nem ele sabia muito bem o motivo.

Os alunos estavam todos em torno de um grande caldeirão. O professor começou a aula apresentando os instrumentos que iriam usar e os termos que eram próprios das aulas, bem como as regras. Depois os convidou para que se sentassem às bancadas e pegassem seus materiais. Naquela primeira aula eles iriam preparar uma poção simples para curar furúnculos. O aluno ou aluna que se saísse melhor ganharia um prêmio e 3 pontos para sua casa.

Regulus nunca havia preparado uma poção antes, mas já havia visto a mãe preparando várias. Ao contrário de Sírius, ele adorava ver a mãe com seu caldeirão. Rapidamente separou os ingredientes que iria precisar e colocou as presas de cobra no pequeno pilão, amassando-as com vigor. Não demorou muito para ter um pó fino e colocar as quatro medidas que precisava no caldeirão. Sem olhar para os lados continuou seguindo as instruções.

Do outro lado da sala, Srta Broadmoor corria para fazer sua poção, olhando todo o tempo para os lados para checar se alguém já estava seguindo a mesma instrução que ela. Para seu horror, Regulus estava alguns passos à frente e isso a aborreceu demais, então ela aumentou o fogo de seu caldeirão para que atingisse a temperatura que precisava, apagando-o em seguida, desta forma conseguiu alcançá-lo.

Havia uma fumaça malcheirosa que envolvia a sala como neblina, a maioria dos alunos não havia conseguido seguir propriamente as instruções e havia desistido de continuar, seja por não conseguir permanecer ao lado do caldeirão por conta do cheiro ruim, seja por ter sido orientado pelo professor a parar antes de causar uma forte explosão.

Quarenta minutos mais tarde só restavam três alunos ainda na disputa. Regulus era o único representante da Sonserina, o que fez com que os colegas de casa formassem um círculo em torno dele, torcendo em silêncio. Quando ele terminou a poção, foi como se tivesse capturado um pomo de ouro: os colegas da Sonserina fizeram tanta festa que o professor correu rapidamente para checar:

— Muito bom... Deixe-me ver.

Disse o professor, mexendo no caldeirão e pegando uma pequena amostra. Ele a examinava contra a luz quando Srta Broadmoor gritou:

— Terminei, professor!

Sughorn foi até sua mesa e repetiu o procedimento. O terceiro aluno que ainda não havia concluído sua poção se atrapalhou com a algazarra dos outros e deixou cair um ingrediente a mais no caldeirão, então sua poção começou a fumegar com forte cheiro de ovo podre e a zunir alto. Rapidamente o professor esvaziou o caldeirão. Depois foi até sua mesa e se sentou, aguardando que os alunos fizessem o mesmo.

— Estou impressionado com o resultado de hoje. É o segundo ano consecutivo que dois alunos conseguem finalizar a poção. Muito bom. Eu estava inclinado a dar os pontos para o Sr Black quando a Srta Broadmoor trouxe esta magnífica poção. Como todos podem ver, as duas parecem iguais tanto na cor quanto na viscosidade. Mas se examinarmos um pouco mais atentos, podemos ver que há a formação de alguns cristais no fundo do tubo de ensaio da amostra de Black. Mas (ele ergueu a voz, pois os alunos da Corvinal já estavam comemorando antes dele fazer sua análise final) como também podem ver, a poção da senhorita apresenta uma película em sua superfície, então tenho que dizer que para fins curativos, nenhuma das duas iria funcionar apropriadamente. Mesmo assim, o resultado foi excelente para uma primeira aula, então concedo dois pontos para Corvinal e dois para Sonserina. O prêmio será dividido entre os dois.

Então Slughorn pegou uma embalagem de feijõezinhos de todos os sabores e a dividiu magicamente em duas partes iguais. Pediu que os dois se aproximassem e se apresentassem.

De frente para Regulus estava a menina que havia anunciado seu atraso para a classe inteira. Para sua surpresa, era uma menina bonita, olhos amendoados de cor violeta e longos cabelos dourados. Ela não sorria para ele, parecia um tanto contrariada em ter que dividir o prêmio. Ele estendeu a mão, sorrindo levemente:

— Regulus Black, muito prazer.

— Rachel Broadmoor, prazer em conhecê-lo.

— Ótimo.

Disse o professor, entregando a cada um deles seu prêmio.

Assim que deixaram a sala, Theodor comentou:

— Você sabe quem é o pai dela?

— Não, não faço a mínima idéia.

Respondeu Regulus, sincero.

— É o famoso jogador dos Falcomouth Falcons, Karl Broadmoor! Puts, o cara é muito bom!

— E a filha dele é uma pentelha.

Respondeu Regulus, enchendo a boca com feijõezinhos coloridos, enquanto caminhavam para o terceiro andar onde teriam aula de Transfiguração.


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