A Breve História de Regulus Black escrita por Mrs Borgin


Capítulo 42
42. O segredo de Madame Leloush




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O segredo de Madame Leloush

Na manhã seguinte bem cedo, após o café da manhã, a família Black se reuniu em frente a grande lareira da cozinha cavernosa de sua casa. Monstro e sua mãe, Floffy, estavam parado no lado oposto da cozinha, olhando para a família, com seus olhos brilhando e ambos estavam apertando as mãos na roupa, parecendo preocupados.

Sirius, Regulus e sua mãe estavam usando suas capas de veludo preto. Dona Walburga olhava para os filhos orgulhosa, pensando o quanto eles estavam bonitos, mesmo com sono e com algumas migalhas de pão sobre a roupa – o que ela rapidamente espanou. Regulus bocejou e Sirius estava se forçando a manter os olhos abertos, enquanto se apoiava nos ombros do irmão. A mãe beijou os filhos nas bochechas e esperou que seu marido terminasse de abotoar seu sobretudo. Então ela anunciou:

— Hoje vamos usar a rede de flu. – anunciou Walburga. – Lucius comentou que não seria seguro usar meios de transporte trouxa por estes dias e...

— Como assim não é seguro? – perguntou Sirius.

— Isso não é assunto para crianças. – sentenciou Orion. – Agora, vamos.

Eles entraram um a um na lareira e após alguns rodopios chegaram na casa dos avós que os aguardavam com um largo sorriso no rosto, que não escondia totalmente uma expressão preocupada. Enquanto a avó os limpava usando um feitiço que causava cócegas, Orion perguntava ao seu pai:

— Como estão as coisas por aqui?

O avô franziu a testa e disse:

— Me acompanhe.

Os dois foram até a janela e olharam em direção à casa dos Leloush, conversavam aos cochichos. Sirius e Regulus se aproximaram cautelosamente para não chamar atenção dos adultos e se esconderam embaixo da mesa próxima da janela. Queriam saber o que estava acontecendo.

— Madame Leloush recebeu a visita de alguns bruxos do Ministério ontem de manhã. Depois veio até mim e pediu que eu a ajudasse a esconder alguns livros de registros, alguma coisa do tempo em que ela trabalhava no Ministério na sessão mágica dos registros de nascimentos. O estranho é que me pediu para que o fizesse juntamente com seu marido trouxa, pois ela não queria e não podia saber onde estavam. Disse a ela que se quisesse guardar algo, seria mais seguro o Gringottes, mas ela disse que não queria que ninguém do nosso povo poderia ter a menor ideia do que havia acontecido aos livros. Me pediu para guardar e não contar a ninguém. Conto a você, meu filho que é um bom oclumente assim como eu. Não comente com Walburga, para a segurança dela.

— O senhor sabe o que tinha nos livros? – perguntou Orion.

— A curiosidade sempre foi minha fraqueza, meu filho. – respondeu Arcturus com um leve sorriso no rosto. Ambos continuavam com o olhar fixo nos contornos da casa dos vizinhos, fracamente visíveis devido à neblina. – Como eu disse, são livros de registro dos nascimentos das crianças com sangue mágico, datados de 1853 até agora. Contém nomes e endereços de todos e suas famílias.

— E onde estão agora?

— Na floresta...

Neste momento Regulus teve uma vontade súbita de espirrar, prendeu o nariz para que o ar não escapasse, enquanto Sirius segurava sua boca. Regulus já estava ficando com o rosto vermelho e os olhos lacrimejavam quando Sirius fez um gesto indicando que eles deveriam sair dali para não serem pegos.

Os dois meninos saíram debaixo da mesa sem fazer o menor barulho e foram para o hall de entrada o mais rápido que conseguiram. Então Regulus tirou a mão do nariz e Sirius soltou-lhe a boca, mas já era tarde demais: Regulus desmaiou e caiu no chão, fazendo barulho quando sua cabeça atingiu o assoalho de madeira, o que chamou atenção de todos.

Os pais e os avós correram para acudir e levaram Regulus para deitar. Orion, que era médico do Saint Mungus, cuidou do filho com um feitiço. Regulus acordou assustado, com a família toda em volta, olhando-o preocupados.

— O que aconteceu, filho?

Regulus olhou para Sirius e depois respondeu:

— Nada... ahn, eu não sei. – o pai o olhou no fundo dos olhos e ele já sabia o que iria acontecer, Orion não era somente um bom oclumente, mas um grande legilimente, então ele desviou o olhar e mentiu – Sir, desculpe, vou ter que contar. – Sirius arregalou os olhos em resposta - Eu disse a Sirius que conseguia prender a respiração por mais tempo que ele e então começamos a prender a respiração juntos e eu passei mal. Sirius sempre me vence.

— Meninos, que ideia mais absurda! – disse Orion, aliviado em saber que eles não haviam feito algo realmente perigoso, tampouco ouvido a conversa. – Não façam mais isto!

— Não vamos fazer, pai. – disseram os meninos juntos.

— E agora, podemos ir brincar? Gostaríamos de ver Simone e Sophie... – perguntou Regulus.

— Eu pensei que eu poderia ter o prazer da companhia dos meus netos pelo menos esta manhã – disse Arcturus, com um sorriso suave no rosto.

— Já que está tudo bem por aqui, eu e Walburga vamos cuidar do almoço. – Disse Melania, pouco antes de deixar o quarto acompanhada de sua nora.

Regulus e Sirius passaram a manhã inteira no quarto, num campeonato de xadrez de bruxo com o pai e o avô. Volta e meia os garotos lançavam olhares ansiosos para a janela, para além da cerca onde certamente estariam Sophie e Simone. O pai e o avô os estavam mantendo lá no quarto por algum motivo o que só fazia aumentar a curiosidade dos dois.

Após o almoço, Orion disse aos garotos:

— Sei que vocês estão ansiosos para encontrar suas amigas, pois bem, vou com vocês. Quero alugar um cavalo de Leloush para seguir as trilhas da floresta.

Querer andar a cavalo era um comportamento muito incomum mesmo para Orion que era dado algumas esquisitices como dirigir carros. Sirius e Regulus trocaram olhares e sussurraram um para o outro:

— O que está acontecendo? – perguntou Regulus.

— Muito estranho, né? – Disse Sirius.

— Vamos, garotos? – chamou Orion, pegando sua capa de viagem e colocando um chapéu. – Agasalhem-se. Está frio lá fora.

Após colocarem seus casacos e tocas, calçarem as botas para neve, os irmãos Black saíram pela porta da frente da casa dos avós, seguindo o pai que andava com um ar preocupado, na frente dos dois.


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