A Breve História de Regulus Black escrita por Mrs Borgin


Capítulo 41
41. Natal




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Natal

A viagem de trem para Londres foi bastante divertida. Regulus passou de cabine em cabine conversando e brincando com todos, pois não queria e não poderia ficar em um lugar só, pois era muito requisitado. Havia a cabine do pessoal do clube, dos companheiros de quarto, do time de quadribol, e uma cabine repleta de meninas, incluindo Alice e Lily, que graças a ele se tornaram grandes amigas. O mais novo dos Black passou por todas elas diversas vezes, acompanhado de Amifidel e Snape que teve aquela viagem como uma experiência única em sua vida, nunca havia sorrido tanto, tampouco tinha lembranças de ter sido tão bem recebido por onde quer que passasse: seu jeito sempre tenso de andar havia sido substituído por uma leveza sem igual.

Estavam os três na cabine das meninas novamente, onde davam risadas e comiam doces, enquanto faziam graça para as garotas, imitando os trejeitos dos professores, isso fez Regulus lembrar sua primeira viagem para Hogwarts, porém desta vez eram eles e não Sirius e James que estavam sendo o centro das atenções das meninas. Foi quando Crouch Jr. passou por ali e lhes lançou um olhar de reprovação. Ele sentiu como se estivesse fazendo algo errado, sabia que agia tolamente, mas sabia que era um direito seu: estava sentado no chão, encostado nas pernas de Alice, que fazia cafuné em seus cabelos negros e sedosos. “Eu seria um tolo se estivesse andando de mal-humorado junto com Crouch pelos corredores”, pensou. Serviu-se do quinto sapo de chocolate que carregava consigo, ofereceu um para Alice, então subitamente parecia que estava chovendo estrelas. Ao seu lado, sentado aos pés de Lily, Severus estava acenando a varinha fazendo chover minúsculos papeis cintilantes sobre ela, que ria enquanto os recolhia com as mãos. Era uma imagem muito bonita de se ver. Principalmente porque até então Regulus não podia sequer imaginar que o amigo fosse capaz de abrir um sorriso tão largo.

Quando chegaram na plataforma 9 ¾, Sirius e Regulus encontraram seus pais esperando por eles. Sra. Walburga não parecia muito feliz, pois estava se preparando para trocar alguns berros com seu filho mais velho. Sirius rapidamente compreendeu a expressão facial de sua mãe e mudou de ideia. Ele sabia que seria uma estupidez brigar com sua mãe na frente da escola inteira, ela sempre conseguia dar a palavra final e ele seria humilhado. Então preparou seu melhor sorriso e cumprimentou seus pais, abraçando-os. Regulus chegou em seguida e repetiu o gesto do irmão. Então Sirius perguntou:

— Sobre aquele assunto, mãe, a senhora pensou se poderia me deixar ir para Godric’s Hollow? Sabe, James está me esperando... – ele apontou com a cabeça para James que já estava na companhia dos pais na saída da plataforma, olhando para Sirius.

A senhora Black inspirou profundamente antes de responder. Regulus entendeu que este era o momento perfeito para escapar de ser envolvido em uma discussão constrangedora e correu para o encontro de Alice, para se despedir dela e das outras meninas que conversavam animadamente próximo da frente do trem:

— Meninas, vim só me despedir de vocês! - Ele disse, sorrindo para todas e parando brevemente seu olhar em Alice. – Boas festas! – e ele beijou todas as garotas que estavam lá, no rosto, olhando-as nos olhos com um sorriso maroto que fez muitas delas suspirar. Regulus estava, a cada dia que passava, mais charmoso.

Quando terminou de se despedir viu que a conversa já havia terminado, então voltou para junto de sua família. Já dentro do carro, Sirius perguntou:

— Porque você não me ajudou?

— Porque não iria adiantar nada, você sabe... E além disso, não teria graça nenhuma passar as festas em casa sem você.

— E quem disse que vamos passar as festas em casa? – perguntou o pai, olhando pelo retrovisor.

— Aonde vamos, papai? – perguntou Regulus.

— Bramshill, é claro! Seu avô disse que tem uma surpresa para vocês!

— Quando? Agora? – perguntou Sirius, animado. Regulus ficou pensando se a animação súbita do irmão era pela surpresa do avô ou tinha um sotaque francês. Orion respondeu, interrompendo seus pensamentos:

— Primeiro vamos para casa. Vamos passar a véspera de Natal com a família de sua mãe, virão todos para nossa casa. Kreacher está cozinhando há dias!

— Kreacher? E Flofy?

— Ah, ela está cuidando da limpeza da casa. Kreacher se deu bem com as panelas e está muito honrado em preparar o seu primeiro banquete. – disse a mãe, olhando pela janela. Eles já estavam quase chegando em casa.

Mal haviam entrado na casa e já conseguiam sentir o aroma delicioso que vinha da cozinha. Realmente Kreacher estava se esmerando, os garotos nunca haviam sentido aroma igual, enchia a boca de água e lhes abria o apetite. Então os dois correram escadaria acima, sem notar que havia um novo espaço vazio e extremamente limpo entre as cabeças decapitadas dos antigos elfos da casa.

— Como será que está a prima Narcissa agora que saiu da escola? – assuntou Regulus.

— Deve estar do mesmo jeito de sempre: pomposa... E talvez mais bonita, já que não faz mais nada na vida além de cuidar da aparência... – respondeu Sirius, desdenhando.

Fazia tempo que Sirius e Regulus não encontravam com as primas, era natural que sentissem curiosidade em saber como elas estavam. Mas os dois mantinham um entendimento mútuo e calado que os fazia não comentar sobre Bellatrix e Andromeda.

No horário marcado, chegaram os avós Pollux e Irma, acompanhados de Cygnus e Druella e da filha Narcissa, que vinha com seu noivo Lucius Malfoy, que olhava constantemente o relógio como se tivesse outro compromisso.

O jantar em família sem as piadas sarcásticas de Bellatrix ou a risada alegre de Andromeda eram incrivelmente tedioso. Mais cedo que o combinado, Walburga ordenou a Kreacher que servisse a sobremesa. Isto pareceu aliviar a expressão no rosto de Lucius, que comentou após saborear um prato bem servido com uma fatia de bolo de chocolate coberto com ganache:

— Se minha encantadora noiva e sua família me permitir, tenho um compromisso marcado com... er... os Lestranges e outros companheiros... – então ele apertou o antebraço como se algo doesse por baixo da manga comprida de suas vestes. – acho que já estou atrasado. – disse, franzindo a testa preocupado. – Senhora Walburga, meus parabéns pela noite encantadora e a maravilhosa ceia. Sr Orion. Meus sogros, vovô e vovó. Meninos. – ele disse acenando com a cabeça e já se levantando, então deixou a mesa acompanhado de Narcissa, que se despediu dele no corredor.


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