A Breve História de Regulus Black escrita por Mrs Borgin


Capítulo 4
4. Mais uma carta para Walburga




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Mais uma carta para Walburga

Regulus estava cansado, mas muito curioso para ver como era a sala comunal da Sonserina, então apressou o passo para não se perder. Após descerem uma escadaria e andarem por um longo e sinuoso corredor, Rosier levantou a mão direita para que parassem. Estavam em frente a uma parede. Theodor cochichou:

— Parecemos um bando de idiotas aqui em frente à parede.

 O monitor aguardou que todos se aproximassem e então contou aos meninos a senha para a entrada: “cobra distraída vira troféu”. Neste instante uma passagem surgiu na parede e atrás dela, uma grande porta com duas serpentes entrelaçadas entalhadas na porta de madeira escura e um leve tom esverdeado.

— Bem, talvez não tão idiotas...

Emendou Theodor, mas Regulus estava olhando admirado a maçaneta de prata da porta, pois  se parecia muito com a de sua casa, mas não comentou nada sobre isso. A semelhança entre as maçanetas lhe deixou um pouco nervoso: lembrava a ele que estar ali era uma grande responsabilidade para um Black. Então Rosier abriu a porta, pediu que todos entrassem e apontou para o quadro de avisos colocado na parede à esquerda da porta de entrada da grande sala comunal. Avisou que precisavam ficar atentos ao quadro de avisos onde uma nova senha era colocada a cada quinzena.

Regulus olhou para o quadro de avisos, as tapeçarias nas paredes e as poltronas amplas de couro verde escuro, que embora tivessem um aspecto confortável, não lhe pareceram muito acolhedoras. A sala parecia fria de alguma forma, embora a temperatura fosse a mesma do restante do castelo. As janelas estavam escurecidas por que era noite e nada se via através delas, mesmo assim ele sabia que eram submersas no lago da escola. O som da água roçando nas janelas o distraiu um pouco mais. Rosier ainda não terminara de dar as instruções aos alunos do primeiro ano quando Regulus seguiu para a direita, onde havia uma porta:

— Hei, onde você vai garoto?  (Perguntou Rosier).

— Vou dormir. (Respondeu Regulus, indicando a entrada do dormitório dos garotos com a cabeça).

— Ah, então tá bom. (Falou Rosier um pouco admirado, levantando as sobrancelhas, pois ainda não havia dito onde eram os dormitórios).

Mas Regulus sabia exatamente onde era o dormitório dos meninos, pois toda a sala comunal era a exata descrição que seus pais faziam há tempos. Ele entrou no quarto e encontrou seu malão postado aos pés de uma cama, logo na entrada do dormitório. Sorriu ao ver as iniciais do seu nome no malão – R.A.B –  finalmente sentiu-se em casa.

Exausto, ele trocou de roupa e deitou sob as cobertas verde-esmeralda. Ouviu Theodor e os outros garotos chegando ao dormitório e fechou os olhos fingindo dormir. Não era o seu feitio agir desta forma, mas ele se sentia um pouco triste. Sabia o quanto seus pais desejavam que ele fosse para a Sonserina e estar ali lhe deixava orgulhoso. Mas nem por isso o peso da responsabilidade de uma família inteira para honrar deixou de lhe fazer pressão no peito. Se ao menos Sirius estivesse ali... Lembrou do professor Slughorn, depois do retrato de seu tatara-tataravô que muitas vezes lhe deu conselhos de como um Black deveria se portar para honrar a família.  Regulus temia não dar conta de tarefa tão nobre.

Ainda de olhos fechados, virou-se na cama. Ninguém mais conversava por ali, o que indicava que os outros também já deveriam estar em suas camas. Tinha sido um dia longo e exaustivo. Um minuto antes de dormir pensou em Sirius. Os momentos que passou com Sirius no vagão de serviço do trem foram muito significativos para Regulus. Era como se todas as pequenas disputas entre irmãos, suas diferenças tivessem sumido. Ele não sabia, mas oito andares acima, na torre da Grifinória, seu irmão pensava nele e sentia a mesma coisa.

Sirius levantou-se de repente e olhando para a janela pegou uma pena e um pergaminho de seu malão sem fazer barulho. Deixou a sala comunal da Grifinória e procurou um lugar iluminado pelo luar. Num piscar de olhos escreveu uma pequena nota, depois esgueirou-se pelos corredores até o corujal. E naquela noite mais uma carta foi enviada para Dona Walburga Black:

“Mais um honrado membro da família Black foi entregue aos braços de Slytherin. Parabéns para vocês. Um abraço do menos honrado filho. Sirius”


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