A Breve História de Regulus Black escrita por Mrs Borgin


Capítulo 18
18. Sr. Filch




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Sr Filch

Nos dias seguintes, a alegria havia tomado conta de Regulus. Apesar dele não ter mais visto Alice desde a festa, isso não o estava incomodando. Era com extremo bom humor que ele deixava a aula tediosa de História da Magia:

— Finalmente acabou! – Regulus disse, sorrindo, ao sair da sala.

— O que terminou? – perguntou uma voz seca, às suas costas. Regulus virou-se para encará-la. Neste momento avistou o novo zelador da escola, Argus Filch, que o olhava severamente. E atrás do zelador, a janela estava molhada pela neve que derretia.

— A neve, senhor Filch. Olhe: está derretendo! Finalmente vamos ter um pouco de sol...

Sr. Filch olhou pela janela e comentou, já se afastando:

— De fato.

Assim que o senhor Filch desapareceu na multidão de alunos que ganhava os corredores, seus amigos Jack, John e Theodor se juntaram a ele.

— Onde vocês estavam? – regulus perguntou, franzindo as sobrancelhas.

— Nós estávamos esperando você se livrar do zelador... figura sinistra ele, não? Parece que foi contratado para cuidar dos alunos bagunceiros... – disse Theodor.

— É, ouvi falar que foi em homenagem ao seu irmão e os amigos dele... Parece que os professores não estavam dando conta de mantê-los na linha, então arrumaram reforços. Dizem que esse Filch é chegado a castigos físicos...

— Hei, o novo zelador acaba de começar a trabalhar aqui, não faz nem uma semana e vocês já sabem de tudo isso?

— Foi o Snape que contou que ouviu seu irmão, Sirius, gritando na sala do zelador, algo do tipo: “o que você está pensando que eu sou? Um elfo doméstico? Vai passar minhas mãos a ferro, seu imbecil?” Mas uma garota da Grifinória disse que ouviu Sirius gargalhando, dizendo que os castigos do zelador pareciam cócegas se comparados ao de sua mãe... é verdade?

Todos olharam para Regulus, que franziu a testa e riu.

— Minha mãe é cão que late mas não morde... se bem que para os elfos o tratamento dela é outro... Talvez Sirius estivesse falando disso - Regulus ponderou. - Ou apenas não quisesse mostrar que estava sentindo dor. Sirius é orgulhoso demais.

Os quaro garotos estavam indo para a aula de Feitiços quando avistaram alguns garotos da Grifinória à frente, andando sem pressa alguma, fechando o caminho. Regulus subitamente reconheceu um dos garotos, um loiro magrelo, como sendo um que o havia rido de Alice quando ela não estava conseguindo praticar feitiços, no dia em que a conheceu. Isto lhe deu uma ideia:

— rápido, escondam-se!

Os garotos esconderam-se atrás da posta de uma sala de aula vazia.

— O que você vai fazer? – sussurrou Theodor.

— Você já vai ver. – sussurrou Regulus, que pegou sua varinha e aguardou.

Quando os garotos chegaram perto o suficiente, Regulus acenou a varinha e falou:

Locomotor Wibbly.

No mesmo instante as pernas do garoto loiro perderam a força e ele tentou se sustentar em pé alguns segundos, desempenhando uma dança esquisita até que colapsou no chão. Seus amigos já de varinha na mão procuraram ver de onde viera o feitiço:

— tem alguém querendo brincar... – disse um garoto, magro e alto, de cabelos negros encaracolados, olhando para os lados.

Nesta mesma hora Filch apareceu no corredor, ao lado de Snape e outros alunos do segundo ano.

— Você vai brincar na minha sala!

Disse Filch, puxando o garoto pelos cabelos negros.

— Mas não fui eu, não fui eu!

Snape olhou para o chão e viu o garoto loiro ainda sem conseguir se sustentar em pé. Rapidamente ele pegou sua varinha e desfez o feitiço. Ao seu lado, Lily sorria, orgulhosa do amigo.

Eles continuaram andando. Então Severus viu, pela fresta da porta, Regulus Black espiando e acenou com a cabeça disfarçadamente ao passar.

Após o almoço, Regulus deixava o salão principal quando recebeu um bilhete, entregue por Snape, que sussurrou:

— Aqui não.

Regulus acenou com a cabeça e seguiu no meio da multidão. Já havia quase subido todos os degraus para o terceiro andar quando seus amigos o alcançaram:

— Oi, Reg. O que o Snape deu a você? – perguntou Theodor.

— Um bilhete, Ami. Ainda não li. Vem cá.

Eles seguiram pelo corredor e então ele abriu o pedaço de pergaminho:

“Clube de duelos. 22h, corredor do 5º andar.”

—Hum, Hum.

Eles ouviram Filch pigarrear às suas costas.

— O que vocês têm aí, garotos?

— Nada, não. – apressou-se Theodor, virando-se e mostrando as mãos.

— E você, garoto?

Regulus não teve dúvida, colocou o bilhete na boca e virou-se, mostrando as mãos.

Sr Filch olhou-o dentro dos olhos.

— Você deve estar escondendo alguma coisa que não quer me mostrar. Mostre-me seus bolsos.

Regulus mostrou os bolsos vazios e seu material escolar.

— Eu sinto que você tem alguma coisa escondida em algum lugar. Mostre, garoto, abra sua boca.

Agora ele estava realmente em apuros.

— Ã-ã. – Regulus sussurrou, negando com a cabeça enquanto engolia o papel molhado. Depois, com muita má vontade, ele abriu a boca e mostrou que estava vazia.

— Eu vou falar com o Professor Slughorn. Creio que você não deveria fazer a gente passar por tal humilhação...

— À vontade, garoto. Estou de olho em vocês.

Então os garotos se afastaram, apressados. Quando estavam longe de Filch, pouco antes de entrar na aula de Transfiguração, Theodor perguntou:

— O que você fez com o bilhete?

— Engoli.

— E agora?

— Bem, acho que vai ser digerido...

— Mas e o clube?

— Fique calmo: 22h, 5º andar. Decorei. Agora vamos para aula senão vamos acabar conseguindo uma detenção e bye-bye clube...


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