A Breve História de Regulus Black escrita por Mrs Borgin


Capítulo 1
1. Cartas para Walburga


Notas iniciais do capítulo

Mantenho nessa história os nomes originais em inglês.



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Cartas para Walburga Black

A caminho de Hogwarts, em uma cabine com mais quatro garotos, aparentemente um pouco mais velhos, estava um menino de cabelos negros e pele clara, sentado próximo à janela, com uma pena e pergaminho na mão, escrevendo, calado, fazendo pequenas pausas para observar o comportamento dos outros garotos.

Um garoto em sua frente, que usava roupas novas, que, no entanto, apresentava alguns sinais de remendos, lia avidamente o livro texto de Defesa Contra as Artes das Trevas, aparentemente alheio ao estardalhaço dos outros três. Próximos a porta e sentados displicentemente estavam outros dois: um garoto de óculos e cabelos rebeldes e outro muito bonito, de cabelos pretos levemente compridos, sorriso largo e traços perfeitos. Ambos faziam uma pequena disputa, transfigurando partes de um rato tentando deixá-lo o mais bizarro possível, isso sem tirar os olhos da porta, pois quanto mais garotas passavam e espiavam curiosas, mais eles caprichavam para conseguir resultados melhores. Em frente aos dois estava o dono do rato, um garoto baixinho e feio, muito parecido com o próprio bichinho de estimação. Ele não ousava pegar sua varinha para tomar parte da brincadeira, entretanto se divertia vendo o que os dois faziam, ria sacudindo o corpo todo e nem piscava os olhos, como se não pudesse perder um só detalhe.

“Oi, mãe!

Essa viagem parece interminável, então resolvi lhe escrever.  Já conheci algum pessoal aqui que parece ser legal, mas o Sirius me obrigou a ficar aqui na cabine com ele e seus amigos.  Ele me ameaçou com a varinha, mãe! Disse que era sua obrigação de irmão mais velho me levar para o caminho do bem... Mas creio que este caminho do bem seja algo que inclua um monte de garotas assanhadas, porque ele e seus amigos babacas não param de jogar charme para toda garota que passa por aqui... E elas toda hora vêm aqui na nossa cabine, com desculpas tão esfarrapadas quanto as roupas do amigo dele, o Remus – que aliás parece ser a pessoa mais acertada aqui. Na verdade é o único que me dá alguma atenção, os outros só querem saber das garotas (e elas nem me enxergam, parece que sou invisível!). Sobre aquilo que você me pediu, mãe: agora que estou conhecendo os amigos do Sirius não vejo porque eles possam ser uma ameaça para nós: o Peter é alguém que lambe o chão que o Sirius e o James pisam, o James só fala em garotas e quadribol e é sangue puro como nós, o Remus só quer saber de estudar, mesmo aqui no trem eu já o vi consultar uns três livros diferentes. Acho que até chegarmos na escola já não vai ter mais nada que os professores possam ensinar para ele.

Bem, como eu ia dizendo, tem um pessoal da Sonserina que parece bem legal, mas eles nem chegam perto aqui da cabine...

Putz, esta comida aqui do trem é uma porcaria. Queria que você tivesse deixado o Monstro vir me servir aqui.”

Neste momento Sirius se levantou sorrateiro e tomou a carta da mão do irmão, sob os protestos de Regulus e Remus, que lhe dizia que o irmão mais novo tinha direito a um pouco de privacidade. Sirius fingiu não ouvir. Juntou sua cabeça com James e os dois riram muito. Sirius comentou:

— ótima ideia sua escrever para nossa querida mãezinha... Mas sua carta precisa alguns ajustes. Me empresta sua pena, Remus.

Remus, contrariado, estendeu-lhe o braço e entregou a pena. Sirius e James riram à beça, enquanto Peter tentava, em vão, ver o que os dois estavam fazendo. Mas os dois, além de serem mais altos e estarem em pé, protegiam o papel com o corpo:

— Pronto, irmãozinho. Pode passar a limpo.

Disse Sirius, estendendo a carta para o irmão, enquanto devolvia a pena para o amigo. Regulus viu o resultado da carta, contrariado:

“Oi, mãe!

Essa viagem parece interminável, então resolvi lhe escrever.  Já conheci algum pessoal aqui que parecem ser legais, mas o Sirius me (obrigou) convidou a ficar aqui na cabine com ele e seus amigos.  (Ele me ameaçou com a varinha, mãe! ) Disse que era sua obrigação de irmão mais velho me levar para o caminho do bem... Mas creio que este caminho do bem seja algo que inclua um monte de garotas (assanhadas, porque ele e seus amigos babacas não param de jogar charme para toda garota que passa por aqui... E elas) que toda hora vêm aqui na nossa cabine, (com desculpas tão esfarrapadas quanto as roupas do amigo dele, o Remus – que aliás parece ser a pessoa mais acertada aqui. Na verdade é o único que me dá alguma atenção, os outros só querem saber das garotas (e elas nem me enxergam, parece que sou invisível!).) Sobre aquilo que você me pediu, mãe: agora que estou conhecendo os amigos do Sirius não vejo porque eles possam ser uma ameaça para nós (: o Peter é alguém que lambe o chão que o Sírius e o James pisam, o James só fala em garotas e quadribol e é sangue puro como nós, o Remus só quer saber de estudar, mesmo aqui no trem eu já o vi consultar uns três livros diferentes. Acho que até chegarmos na escola já não vai ter mais nada que os professores possam ensinar para ele.  ) São todos muito legais.

(Bem, como eu ia dizendo, tem um pessoal da Slytherin que parece bem legal, mas eles nem chegam perto aqui da cabine...)

Putz, esta comida aqui do trem é uma porcaria. Queria que você tivesse deixado o Monstro vir me servir aqui e passar talquinho no meu bumbum.

Não vejo a hora de chegar a Hogwarts. Tenho certeza que vou ser sorteado para Grifinória  como meu irmão. Beijos. Regulus

Regulus fez menção de rasgar a carta e Sirius, em pé, à sua frente, avisou:

— Nem ouse rasgá-la. Melhor você copiar como está, estou te avisando.

Com muita raiva no olhar, Regulus copiou a carta com quase todas as alterações de Sirius – apenas se deu o direito de não escrever sobre o talco e a Grifinória, pois precisava manter uma certa dignidade.


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