O Beijo da Morte - Tomione escrita por Srt Florencio


Capítulo 5
Capítulo Quatro - PLATAFORMA 9 3/4


Notas iniciais do capítulo

Segundo minha pesquisa, Druella Rosier é mais nova que Tom Riddle, mas resolvi alterar sua idade para se encaixar na fic.
Espero que gostem ❤
NÃO ESQUEÇAM DE CONFERIR O TRAILER DA FIC:
https://m.facebook.com/story.php?story_fbid=1631948896843801&id=1033852303320133



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/745434/chapter/5

A estação 9 ¾ estava completamente lotada de pais e alunos quando a manhã de 1° de setembro chegou. Alguns dos pais tristes por verem seus filhos embarcarem na maria fumaça vermelha com a promessa de que voltariam a ser ver no Natal, outros completamente apáticos da situação, como se despedir-se de seus filhos não fosse algo que merecesse uma verdadeiramente importância.

Quem visse de fora provavelmente pensaria que os pais de Hermione se encaixavam nessa última opção o que, sinceramente, era muito bom para ela.

Não fazia questão de amizades, estava ali com um único propósito, mas querendo ou não as pessoas se aproximavam e ela não poderia negar. Se seus “pais” parecessem do tipo indiferente ela poderia muito bem dar razões para não falar deles.

Hermione olhou para a senhora Thatcher.

Alguma coisa dera errado quando ela executou o feitiço naquela família, ela sabia que eles estavam sob suas ordens e que continuariam assim até que retirasse a magia, mas eles simplesmente pareciam robôs sem vida que a seguiam de uma lado para o outro. Hermione atribuía isso a sua completa falta de noção em lançar uma maldição imperdoável.

No dia anterior, quando a elfa abrira a porta, Hermione não hesitara em apagá-la e ir até seus senhores para conseguir o que desejava. O Sr. e a Sra. Thatcher mal tiveram tempo de reagir antes de se encontrarem em uma névoa que comprometeu todos os seus sentidos.

E para deixar tudo mais verídico Hermione implantou memórias de sua infância nas mentes de ambos, fazendo-os acreditar, realmente, que Maeve Thatcher não fora a única filha que tiveram e que precisam ir naquele momento até o Beco Diagonal comprar o uniforme de Hermione antes que fosse tarde demais e ela não tivesse tempo de embarcar no Expresso de Hogwarts.

Em meio a confusão do Beco Hermione tentou observar os rostos identificar alguns que poderiam ser conhecidos porque estavam espelhados em seus descendentes nos anos futuros, mas a cacofonia e a movimentação era tão grande que ela não teve a chance de fazer nada além de comprar o uniforme em uma loja (não era Madame Malkin) e os materiais pedidos para aquele ano.

Agora ela estava ali, andando pelos corredores do trem que partiria nos próximos minutos, pronta para começar uma nova vida, como Hermione Thatcher, e acabar com o reinado de Tom Riddle que acontecia por dentro das paredes de pedra do castelo.

Quando encontrou uma cabine vazia guardou seu malão que pegara emprestado da irmã e fechou a porta.

Ela estava tão cansada… Não dormira nada na noite anterior enquanto se preparava para o começo das aulas, ela precisava de uma estratégia, sabia que não podia simplesmente chegar em Hogwarts e esperar ser aceita por Riddle.

Sabia que nessa época ele já era bem restrito com suas aproximações, ele já não era mais um jovem e sim um homem planejando cada novo passo que dava.

— Com licença — Disse alguém despertando Hermione — Mas todas as outras cabines estão lotadas, posso me sentar com você?

A garota piscou, o sono deixando todas as ações mais lentas, e fixou os olhos na garota encolhida na porta da cabine.

— Claro — Respondeu observando os cabelos loiros e opacos da garota caírem emaranhados sobre o uniforme.

Hermione ainda não usava suas vestes, estava com roupas que pegara do guarda-roupa de Maeve, entretanto, olhando a moça, imaginou que já deveria se trocar.

— Meu nome é Isla Rowle, a propósito — Exclamou estendendo uma das mãos.

— Hermione Thatcher — Se apresentou.

Viu Isla franzir o cenho.

— Nunca ouvi falar dessa família, é nascida trouxa?

— Não, nós só passamos muito tempo em outro continente para se lembrarem de nós. E você, é nascida trouxa?

— Sou — Respondeu simplesmente.

O silêncio caiu sobre elas.

Hermione se levantou.

— Preciso trocar minhas vestes — Não ficou para ouvir a resposta de sua acompanhante, mas quando se virou para lançar um último olhar a cabine viu os olhos de Isla presos em sim, como se fosse um objeto interessante de estudo.

O uniforme daquela década era completamente diferente do que Hermione estava acostumada.

Não era uma capa preta.

As meninas eram obrigadas a usar uma saia de pregas que ia até os joelhos, camisa branca de botões, juntamente com um suéter, blazer e gravata.

Quando Hermione se olhou no espelho a realidade a abateu, tinha mesmo voltado no tempo, estava de volta a Hogwarts, uma Hogwarts que ainda não vira a destruição de Segunda Guerra Bruxa, uma Hogwarts que hospedava em seus corredores o que estava para ser o pior bruxo das Trevas, e ela precisava completar sua missão, precisava acabar com Voldemort da forma que fosse, mesmo que isso a destruísse. Aquela era sua última chance, não podia falhar.

Hermione não queria voltar para sua cabine, sentia  que a outra ocupante só estava esperando para que pudesse enchê-la de perguntas.

Decidiu simplesmente andar a esmo, a verdade era que ela queria ver Riddle antes que chegassem ao castelo, ela precisava olhar para ele e se lembrar de tudo o que a esperava em seu tempo, para se convencer que tudo o que estava fazendo era por causa de um bem maior ou suas ações voltariam para atormentá-la e ela ainda não estava pronta para isso.

Os corredores do expresso estavam vazias, mas Hermione conseguia ouvir as conversas entusiasmadas que vazavam das cabines. Escutar todas aquelas pessoas felizes não parecia condizer com o estado de espírito em que se encontrava, o peso que carregava em suas costas.

— Olha por onde anda, sua idiota! — Disse uma garota quando Hermione esbarrou nela de forma inconsciente.

— Me desculpe — Respondeu Thatcher, porque ela era isso agora.

— Olha aqui, sua sujeitinha, pensa mesmo que pode fazer uma coisa dessas e sair com um simples pedido de desculpa? — Os olhos da garota brilharam maliciosamente —  Talvez você devesse aprender uma lição — Ergueu sua varinha.

— Nada de feitiços no trem, Druella — Comandou alguém atrás da garota.

Druella se virou para enfrentar o rapaz que as interrompeu.

E lá estava, Hermione nunca tinha o visto, mas sabia exatamente que era ele. Os cabelos negros cuidadosamente arrumados, os olhos escuros (tão diferentes dos vermelhos que Hermione conhecia) parecendo conhecer todos os segredos que ela escondia, a pele pálida, o broche de monitor brilhando em seu peito.

Ele era bonito, não restavam dúvidas disso.

Não era de se surpreender que todos caíssem em seus encantos com tanta facilidade. Com certeza Riddle sabia usar sua aparência em seu favor.

— Mas…

— Eu disse nada de feitiços no trem — Repetiu.

Druella bufou e deu um olhar completamente venenoso antes de sair, mas Hermione podia jurar que ouviu a garota murmurar um “me aguarde” sob a respiração.

Hermione olhou para o rapaz a sua frente.

E descobriu que ainda não estava pronta, ainda não conseguia lhe encarar e colocar aquela máscara inexpressiva se não quisesse se desmanchar em frente ao seu inimigo.

Deu meio volta e foi embora.  


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E então, o que acharam? Comentários são sempre bem-vindos!