O Beijo da Morte - Tomione escrita por Srt Florencio


Capítulo 11
Capítulo Dez - CONVITES INESPERADOS


Notas iniciais do capítulo

Aproveitem! ^^



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Tom Riddle poderia ignorar a existência de sua parte trouxa, mas às vezes ele não podia negar que era tanto trouxa quanto bruxo. Porque existia um ditado entre os trouxas que Riddle seguia ao pé da letra e Hermione via isso.

 “Mantenha seus amigos por perto e os inimigos mais perto ainda”? 

Tom estava aplicando isso com ela.

No começo foi sutil, se Hermione não estivesse observando cada passo que ele dava não teria percebido, porém ela viu. Era os olhares que eles trocavam durante as aulas, os acenos de reconhecimento em meio ao corredor.

 Tom Riddle estava tentando criar uma familiaridade com ela, algo que, em sua cabeça, ela não perceberia até que tivessem virado bons amigos. Mas ele não percebia que aquilo era exatamente o que Hermione queria, e que o tinha incitado a fazer sem que percebesse.

 Hermione vira seu plano desmoronar diante de seus olhos quando percebeu que parou no ano em que Voldemort começou a conquistar seu poder, entretanto agora ela via um novo leque de oportunidade a sua frente, ela conheceria o homem que Voldemort um dia foi, ela acabaria com ele depois de saber todos seus planos e como sua mente funcionava e então evitaria que Harry morresse, que Lupin e Tonks morressem, que Sirius morresse e o mais importante Lilian e Tiago Potter jamais teriam partido e seu melhor amigo nunca precisaria viver com os detestáveis tios.

— Você parece pensativa hoje — comentou Isla enquanto as duas dividiam uma mesa na biblioteca.

— O professor Dumbledore passou algumas atividades extras, só estou concentrada — se defendeu Hermione. As duas não eram amigas, mas tinham certa familiaridade desde que se conheceram no Expresso de Hogwarts que as permitiam conversar normalmente e dividir momentos como aquele.

— Não acho que seja isso mesmo, todos estão comentando sobre sua rivalidade com Druella Rosier e como, apesar de Tom Riddle defender seu grupo, ele parece não estar a fim de fazer nenhum movimento contra você, na verdade parece que ele está interessado.

 Hermione estremeceu.

— Interessado de que forma? — perguntou.

— É difícil dizer com o Riddle, ele nunca está pensando o que você acha que está, mas ele parece estar prestando bastante atenção em você e ele conversa com você por aí, o que é algo que a maioria das pessoas nunca o viu fazer sem ser com seu grupo seleto de amigos, a não ser que você tenha entrado para o grupo, é claro.

— Não, não entrei, Riddle e eu temos muitas atividades juntas, fizemos dupla em uma aula de Slughorn e vimos que temos algumas coisas em comum na sala de aula, mas não passa disso.

— Você sabe que isso não ajuda em nada com seu assunto com Druella, não é? Rolam boatos de que ela gosta dele.

— Não tenho interesse nenhum em tentar melhorar minha relação com Druella, ela só me parece mais um menina mimada que sempre tem o que quer — Enquanto falava Hermione observou Tom Riddle entrar na biblioteca como se fosse a única pessoa presente no lugar e caminhar diretamente para a Seção Restrita sem que ninguém levantasse um olhar em sua direção.

 Hermione não demorou para recolher suas coisas e tentar seguí-lo.

— Hermione? — chamou Isla.

— Sim? 

— Tome cuidado, talvez você esteja se metendo em um buraco fundo demais para você.

— Não se preocupe, sei exatamente onde estou me metendo. — E como sei.

 As diversas estantes e  prateleiras da biblioteca nunca foram tão frustrantes para Hermione como estava sendo naquele momento em que ela procurava avidamente por Riddle. Porque embora ele tivesse mantido aquele olhar sereno e despreocupado enquanto entrou na biblioteca ela poderia jurar que ele acenou em sua direção antes de seguir em frente, incitando-a a ir atrás.

 E se tinha uma coisa que Hermione adorava era um desafio.

— Perdida Thatcher?  

— Tanto quanto eu poderia estar em uma biblioteca — disse Hermione virando-se  para Riddle encostado em uma das prateleiras casualmente.

— Seu humor me surpreende às vezes — comentou ele arqueando as sobrancelhas — Mas por um momento pareceu que você me seguindo, novamente.

— Engraçado você dizer isso, porque posso apostar que você queria ser seguido.

— Eu ainda não sei quais são todas suas motivações Thatcher e estou mais do que disposto a descobrir, a única coisa que sei é que você parece bem interessada nas minhas reuniões com meus amigos.

“Amigos”

— Curiosidade ainda não é um crime, caro Riddle.

— Eu admiro sua coragem de admitir isso para mim, a maioria dos outros estudantes, inclusive aqueles do meu círculo, tem certa tendência a dizer apenas as coisas que acham que vai me agradar.

— É uma pena que não tenho nenhuma intenção de agradar você.

— E é exatamente por isso que agrada — comentou ele — Porque você não parece se importar muito com o que os outros pensam de você, o que eu penso de você.

 Era verdade, mas Hermione já sofrera e passara por coisas demais para se importar com coisas tão banais como fofocas que os estudantes adoravam passar pelos corredores de pedra do castelo.

— Eu dúvido que você tenha vindo até aqui para elogiar o que faço ou deixo de fazer.

— Você tem razão — concordou — Hoje, depois do último toque de recolher, na orla da floresta proibida estaremos te esperando, eu estarei esperando. Não se esqueça.

 E ele se foi, sem dar qualquer tempo para Hermione processar o que acabara de dizer.

Ele havia acabado de convidá-la para uma de suas reuniões com seus seguidores?

 Hermione não pôde evitar, um sorriso curvou seus lábios, ela estava apenas um degrau mais próximo de concluir seu plano, poderia parecer muito pouco para os outros, mas ela já estava quase dentro e depois que ela estivesse completamente entre o círculo de amigos de Riddle…

 Ele  não ia ter tempo de ver seu mundo desmoronar.

 Porque por mais que ele achasse diferente, não era ele que era o caçador pronto para capturar sua caça.

 Não, Hermione era quem o prenderia em uma armadilha.

E seu final seria pior do que ele destinou ao seus inimigos.

 


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