—Todo mundo nessa família é irresistível? – perguntou já subindo as escadas em direção ao quarto do casal.

—Cheguei família. Todo mundo de pé. – Edward entrou gritando pela família. Ele tinha acabado de chegar do trabalho.

—O que foi papai? – Will estava segurando Flash, o garoto não largava o hamster.

—Vamos passear. – bagunçou os cabelos do filho.

—Pra onde? Podemos levar o Flash?

—Ainda não sei, mas o dia está lindo, temos que aproveitar.

—Vou colocar meu tênis. – saiu em disparada.

—Sem correr dentro de casa. – Bella alertou.

—Vamos passear. – o pequeno explicou.

—Para onde?

—Qualquer lugar. – Edward deu um beijo na noiva. – Só quero ficar com vocês. Ainda não fizemos um passeio em família.

—Podemos fazer um piquenique.

—Excelente ideia. Vou tomar um banho. Podemos preparar os lanches? – ela assentiu. – Já desço para ajudar.

—Mãe, vou colocar minha roupa do Flash. – ele gritou do andar de cima.

—Pode dar uma olhada nele? – pediu indo em direção à cozinha.

[...]

—Nunca fiz um piquenique. – Will corria na frente dos pais. – Vai ser bem maneiro. – ele já tinha esquecido o fato de não ter sido autorizado a levar o hamster para o passeio.

—Filho, fique por perto. – Bella o avisou e foi escolher o local perfeito para sentarem.

—Vou brincar um pouco com ele. – Edward avisou pegando a bola de futebol.

—Tudo bem. Vou ficar aqui vendo vocês.

—Quer jogar? – Bella fez uma careta, esportes não eram a praia dela.

—Prefiro ficar aqui pegando um sol. – estendeu a toalha e se acomodou na grama.

—Tudo bem então. Will? – chamou e o pequeno veio correndo para poder brincar com o pai.

Eles passaram a manhã toda brincando, rindo e se divertindo no parque. Tinham sido horas preciosas e mal viram o tempo passar. Quando chegaram em casa, tinha dois homens parados na porta.

—Edward Cullen? – um dos homens perguntou parando em frente a eles.

—Sim. No que posso ajudar?

—O senhor está preso. – respondeu virando o braço dele e o algemando.

—Como assim? – Bella perguntou abraçando o filho.

—Por que estão prendendo o papai? – perguntando assustado.

—Vocês não podem levá-lo assim.

—Por favor, se afaste senhora. – um dos detetives ergueu o braço para detê-la.  

—Me afastar? Vocês que deveriam se afastar. Por que está prendendo o meu noivo?

—Ele está sendo acusado do assassinato de Jessica Stanley.

—Quem? – Edward perguntou confuso. – Deve ter havido algum engano. Ligue para o meu pai. – pediu a Bella enquanto os detetives ignoravam os protestos dele.

—Não se preocupe que vamos tirar você de lá. – gritou vendo o noivo ser levado.

Bella pegou o celular e ligou para o sogro, enquanto tentava acalmar o filho.

—Oi Bella, o que houve? – perguntou preocupado ouvindo ao fundo o choro do neto.

—Acabaram de prender o Edward. Estão acusando ele de assassinato.

—O que? Como assim?

—Eu não sei. Estávamos no parque e quando chegamos tinha dois homens aqui e o levaram. Por favor, nos ajude Carlisle.

—É claro Bella. Peça ao seu pai para tentar descobrir para onde o levaram, e eu vou entrar em contato com alguns amigos. E tente se acalmar. Nós vamos resolver isso.

[...]

Charlie estava conversando com alguns policias quando dois detetives entraram escoltando um homem. Ele ficou em estado de alerta e analisou bem o homem que estava algemado. Ele sabia que o gêmeo mau estava de volta e não queria ser enganado, mas agora que tinha conhecido os dois, ela sabia diferencia-los.

—O que está acontecendo. Por que o prenderam?

—Você o conhece?

—Sim. É o meu genro.

—Charlie, eu juro que não fiz nada. – Edward foi empurrado com violência na cadeira.

—Ei, vai com calma aí. – pediu irritado vendo o genro ser mal tratado.

—Ele está sendo acusado do homicídio de uma mulher em Forks.

—Eu nunca fui lá. – Edward se defendeu.

—Quando foi isso? – Charlie fez sinal para que ele se calasse.

—Há dois sábados. – informou olhando os arquivos.

—Impossível ter sido ele. – Charlie tomou os arquivos das mãos dele. – Estávamos no jogo dos Seattle Mariners, nesse dia. Ele até pegou a bola do jogo e apareceu no telão.

—Tem certeza disso?

—Acha que estou mentindo? – Charlie encarou o detetive e só desviou o olhar quando o telefone tocou. – Fica calma filha... Ele está aqui e está bem, mas peça ao Carlisle para vir o mais rápido possível. – desligou o telefone e voltou a atenção para a conversa.

—As testemunhas disseram que viram um homem, com a descrição dele, com a vítima e achamos uma carteira de motorista, do acusado, no local do crime.

—Deve ter sido o Anthony. – Edward respondeu sem acreditar que o irmão tivesse cometido um homicídio.

—Quem é Anthony?

—É o meu irmão gêmeo.

—Não diga mais nada Edward. – Carlisle chegou à delegacia em tempo recorde e precisou de poucos minutos para tirar o filho de lá.

 [...]

—Que confusão foi essa? – Charlie perguntou a Edward e Carlisle, os três estavam do lado de fora da delegacia.

—Não faço a menor ideia. Não acredito que o Anthony tenha matado alguém. Está certo que ele já aprontou muito nessa vida, mas homicídio? Ele não faria isso.

—Não quero acreditar nisso, mas todas as provas apontam para ele.

—Meu filho não pode ser um assassino. – Carlisle levou às mãos a cabeça.

—Precisamos falar com ele, mas antes vou ligar para a Bella. – Edward avisou. – Oi amor.

—Como você está? – perguntou preocupada.

—Estou bem, não se preocupe com nada. Eles já me soltaram.

—Por que te prenderam? O que o Anthony aprontou dessa vez?

—Ainda não sei, mas vou descobrir. Vou para a casa dos meus pais resolver isso.

—Quer que eu vá também?

—Não, fique aí com o Will. – ele não queria que o filho visse mais nenhuma confusão. – Posso falar com ele? – Bella passou o telefone para o garoto. - Oi campeão.

—Oi papai. Você está bem? Eles te machucaram? – perguntou fungando.

—Ei, não chore, por favor. O papai está ótimo. Foi só um mal entendido e eles já me pediram desculpas.

—Jura?

—Juro sim. Eu vou à casa do vovô pegar umas coisas que deixei lá e depois vou para casa e aí assistimos a um filme, tudo bem?

—Posso escolher? – perguntou mais animado.

—Claro que pode. Eu te amo filho e cuide da mamãe.

—Também te amo. – quando Edward encerrou a ligação, Carlisle colocou a mão sobre o ombro dele e fez um pedido.

—Primeiro, vamos ouvir o seu irmão. Todos merecem o beneficio da dúvida, mesmo aqueles que não dão nenhum motivo para acreditar neles.

—Vou tentar me controlar, mas se ele tiver armado para cima de mim, eu vou quebrar a cara dele e ninguém vai me impedir. – alertou tentando controlar a raiva.

—Qualquer coisa, me liguem. – Charlie pediu e entrou na delegacia.

[...]

—O que aconteceu? – Esme perguntou preocupada. Carlisle tinha saído correndo de casa sem dar explicações.

—Fui preso. – Edward explicou encarando o irmão que estava jogado no sofá.

—O que o Senhor Perfeição aprontou? – perguntou rindo.

—Você que aprontou. – apontou para o irmão. – Quem é Jessica Stanley?

—Como sabe esse nome? – ele se levantou visivelmente alarmado.

—Me prenderam pelo assassinato dela. O que tem a dizer? – cruzou os braços para não bater no irmão.

—Não conheço ninguém com esse nome. – foi em direção à porta, mas Carlisle impediu a passagem dele.

—Você não vai a lugar algum. Senta aí e nos conte tudo. – Carlisle ordenou e Anthony não teve alternativa, a não ser sentar no sofá.

—Queremos a verdade. Não vou mais passar a mão na sua cabeça. – Esme alertou. Ela se culpava por sempre ter defendido o filho, mas se ele tivesse mesmo cometido aquele crime, ela o entregaria para a polícia.

—É uma longa história.

—Temos muito tempo Anthony. Ninguém vai sair daqui até falar tudo. – ele olhou de um para o outro e depois caiu no choro. – Não vamos cair nessa. Fale a verdade. – Edward exigiu e quando Anthony ergueu o rosto, ele viu que o choro era verdadeiro.

—Foi um acidente, eu juro. – se ajoelhou em frente ao irmão. – Você precisa me ajudar, Edward, por favor. Estou implorando.