A Herdeira do Lord das Trevas escrita por Triple Authors


Capítulo 3
Capítulo 3 - Expresso de Hogwarts


Notas iniciais do capítulo

Sei que algumas partes são iguais as dos livros, mas tudo se passa na mesma época da ida de Harry para Hogwarts.



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Três semanas haviam se passado desde a visita ao Beco Diagonal. Desde que tia Alexia voltou para os Estados Unidos há trabalho, Cali ficava em seu quarto com Plio a coruja por companhia, enquanto ficava lendo seus livros até tarde da noite ouvia um bater de asas de Plio que entrava pela janela com algum rato morto pendurado em seu bico esperando ouvir elogios por parte da dona pela caçada noturna.

No último dia de agosto se perguntava sobre a sua ida à estação no dia seguinte, estava na sala de estar da mansão deitada no sofá com uma grande ave negra que ressonava tranquilamente ao seu lado, Cali protegeu o rosto das asas de Plio que levantou voo se assustando quando a porta da frente foi aberta com força por uma mulher alta e morena que entrou resmungando.

Tia Alexia o que faz aqui? Pensei que estivesse do outro lado do oceano agora - perguntou enquanto pegava Plio de cima da estante.

Não vou mais precisar ir para os Estados Unidos -  falou mal humorada, — Fui transferida para a França.

— E isso é ruim? - perguntou mas se arrependeu quando a tia lhe lançou um olhar furioso 

Tia Alexia se esquivou quando passou ao lado de Cali quando uma ave nervosa quase a bicou fazendo Cali rir silenciosamente e acariciar a cabeça de Plio quando a tia saiu da sala.

Amanhã é dia primeiro de setembro— falou Cali enquanto a tia passava a pena pelo pergaminho que parou para lhe olhar seriamente.

Eu sei, irei com você para pegar o trem, de qualquer forma terei de ir a Londres amanhã mesmo.

— Por que a senhora vai a Londres?

— Tenho que ir ao Gringotes – rosnou tia Alexia enquanto apertava a pena com a mão.

Na manhã seguinte Calista levantou de sua cama cedo conferiu o malão outra vez para ter certeza de que não estava esquecendo nada desceu as escadas arrastando a mala com dificuldade enquanto segurava a gaiola de Plio.

Não arranhe o piso — tia Alexia falou e pegou a mala colocando no porta malas do Ford Escort

— Vamos de carro? – perguntou Cali

— Meio de transporte trouxa é mais seguro

Chegaram à estação de King`s Cross, após a tia colocar a mala no carrinho Cali o empurrava com Plio que piava chamando a atenção dos trouxas que passavam. Pararam diante as plataformas nove e dez.

Venha - falou tia Alexia enquanto conduzia Cali pelos ombros

— Mas como?

Tia Alexia a empurrou delicadamente pelas costas — Vamos.

Cali acompanhou a tia quase correndo fechou os olhos se preparando para a batida na barreira, mas ela não aconteceu e continuou a acompanhar a tia.

Não vai conseguir chegar até o trem com os olhos fechados - riu tia Alexia

Cali os abriu e avistou a locomotiva vermelha a vapor apinhada de gente na estação. Um letreiro no alto informava Expresso de Hogwarts, 11 horas. Cali passava se esquivando das várias pessoas que conversavam enquanto corujas piavam e gatos se trançavam em suas pernas enquanto o som de malas pesadas arrastadas eram ouvidas.

Preciso ir agora, pode me escrever se quiser - tia Alexia falou quando conseguiram um lugar vago para o carrinho

Eu vou - ela rapidamente respondeu

Depois da tia ir embora Cali ainda ficou olhando os outros na plataforma depois de algum tempo vendo os estudantes se despedindo de suas famílias percebeu que o trem partiria em poucos minutos, passou por um garoto de rosto redondo que estava resmungando com uma senhora.

Vó, não encontro meu sapo

— Ah, Neville – Cali ouviu a senhora suspirar antes de se afastar

Passou também por um grupo de garotos que espiavam uma caixa de um garoto de cabelo rastafári que de dentro saiu uma perna comprida e peluda causando um pânico entre as pessoas mais próximas.

Cali continuou a empurrar o carinho com rapidez até que encontrou um compartimento vago no final do trem após colocar Plio começou a fazer esforço para empurrar a mala em direção a porta do trem depois de ter quase a deixado cair três vezes parou para respirar.

Precisa de ajuda? - escutou uma voz feminina atrás de si

Se virou e viu uma garota loira um pouco mais alta que Cali, ela pegou a mala sem esforço nenhum a surpreendendo.

Obrigado — ofegou Cali olhando a garota colocar a mala num canto do compartimento.

Sou Sam, Sam Williamson - ela falou sorrindo estendendo a mão

Calista Riddle Dellenvigne— respondeu sorrindo de lado aceitando a mão estendida — Uau— exclamou quando sentiu o cumprimento forte da mão da garota

É seu primeiro ano em Hogwarts também?

— É – ambas tinham a mesma idade.  

Bom, preciso me despedir da minha família

Após a saída da loira alta, Cali a observou de longe na porta do trem abraçando uma mulher loira e alta assim como Sam e um garoto também loiro parecia ser irmão mais novo. Quando ouviu uma mulher ruiva e gorda ao seu lado.

Fred? Jorge? Vocês estão ai?— ela gritou

Cali teve que se afastar quando dois garotos ruivos idênticos quase a atropelaram — Desculpa— disseram em coro e pularam para fora do trem. Ouviu brevemente a conversa dos gêmeos com outros ruivos. — Harry Potter— a garotinha ruiva disse

Calista pensou no que a ruivinha disse já havia ouvido falar de Harry Potter tia Alexia apenas disse que ele era famoso por derrotar um bruxo poderoso.

Mas como um bebe derrotou um bruxo poderoso - sussurrou para si mesma

Falando sozinha baixinha— falou debochada uma garota morena para Cali ela era bem alta e corpulenta — É melhor se sentar o trem já vai partir. - falou passando por Cali quase a empurrando

Adeus filha— falou uma mulher na plataforma se aproximando da garota alta, — Se cuida Margo— a mulher era muito alta e abraçava a filha — Meu beijo filha— falou quando a garota se virava para o trem

Mãe para com isso— sussurrou a garota

Tudo bem, me escreva toda semana, e venha me visitar nas férias e tenha um excelente primeiro ano em Hogwarts, beijo filhinha.

Primeiro ano? A garota parecia ser do quarto. Pensou Cali

Qual é a graça?— ouvia a voz da garota, o sorriso de Cali sumiu 

Nenhuma— falou baixo sem graça, a garota parecia acanhada pelo modo que a mãe a tratou — Filhinha é?  - debochadamente falou e saiu em disparada quando a garota se virou furiosa

Quando voltou para a cabine aonde estava a sua mala o trem já estava saindo, ao abrir a porta se surpreendeu havia um garoto de cabelos negros olhando pela janela que olhou rapidamente para Cali com os olhos muito verdes.

Olá— ele falou baixo

Não quero lhe incomodar, mas minha mala está aqui— ela falou apontando para o canto onde sua mala estava ao lado da dele

Me desculpe, pensei que estivesse vazio— o garoto falou passando a mão pelo cabelo

Posso me sentar com você?

Claro, sente-se— ele apontou o acento ao seu lado

Calista se sentou sentindo o olhar insistente do garoto sobre si quando olhou para aqueles olhos verdes sentiu uma ardência em seus olhos e uma vontade de puxar sua varinha como se quisesse machucar alguém.

Está tudo bem?— ele perguntou tirando Cali do transe que rapidamente escondeu a varinha nas vestes

Sim estou— falou tentando se convencer de que estava bem

Muito prazer sou Harry Potter— ele falou lhe estendendo a mão sorrindo

Após entreabrir os lábios e não conseguir falar nada aceitou o cumprimento dele.

Calista Riddle Dellenvigne— falou e puxou a mão delicadamente ainda não conseguia olhar nos olhos dele

Quando Harry foi abrir a boca para falar a porta da cabine foi aberta e um ruivinho entrou.

Tem alguém sentado aqui?— perguntou ele apontando para o acento a frente — O resto do trem está cheio.

Harry acenou que não com a cabeça lhe indicando o acento, e Cali nada respondeu estava ainda pensativa.

— Oi, Rony

Cali voltou a realidade quando os gêmeos que quase a atropelaram entraram na cabine, só então reparou no outro ruivo mais novo com uma mancha preta no nariz.

Escuta aqui, vamos para o meio do trem. Lino Jordan trouxe uma tarântula gigante. - disse um gêmeo

Certo—resmungou Rony.

Harry— disse o outro gêmeo —, nós já nos apresentamos? Fred e Jorge Weasley. E este é o Rony, nosso irmão, e você? - se virou para Cali.

Sou... Ah, Calista Dellenvigne— respondeu pausadamente

Os gêmeos ruivos sorriram — Vejo vocês mais tarde, então.

— Tchau— disseram Harry, Rony e Cali. Os gêmeos fecharam a porta da cabine ao passar.

Você é Harry Potter mesmo?— Rony deixou escapar.

Apesar de Harry confirmar e ainda ter mostrado a cicatriz Cali percebia que ele não gostava dessa fama

— Então foi aí que Você-Sabe-Quem...?

— Foi, mas não me lembro.

De nada?— Rony parecia bem empolgado

— Bom... Lembro de muita luz verde, mas nada mais.

— Você-Sabe-Quem? O Voldemort? - perguntou Cali fazendo Rony a olhar com espanto

Você não tem medo dele?— Rony ainda espantado olhava para Cali e Harry ao mesmo tempo

Deveria— respondeu sorrindo quando Rony ameaçava falar Harry o interrompe.

— Todos na sua família são bruxos?

Depois de uma longa conversa sobre a família de Rony, Cali já estava com as perna apoiadas no acento da frente com os braços cruzados. Até que Rony meteu a mão no bolso interno do paletó e tirou um rato cinzento e gordo que estava dormindo fazendo Cali se encolher rapidamente no acento ao lado de Harry.

— O nome dele é Perebas e ele é inútil, quase nunca acorda. Percy ganhou uma coruja de meu pai por ter sido escolhido monitor, mas eles não podiam ter... quero dizer, em vez disso ganhei Perebas.

Cali e Harry perceberam que as orelhas de Rony ficaram vermelhas provavelmente ficou sem graça por quase ter dito que sua família não tinha muito dinheiro.

— ... E até Rúbeo me contar, eu não sabia o que era ser bruxo nem quem eram meus pais nem o Voldemort.

 E outra vez Rony estava pasmo — Vamos mudar de assunto? Por que não falamos de Hogwarts— desconversou Cali

— Aposto que vou ser o pior da classe. - desabafou Harry

— Não vai ser não. Tem uma porção de gente que vem de famílias de trouxas e aprende bem depressa.

Enquanto conversavam, o trem saiu de Londres. Agora corriam por campos cheios de vacas e carneiros. Por volta do meio-dia e meia ouviram um grande barulho no corredor e uma mulher toda sorrisos e covinhas abriu a porta e perguntou:

— Querem alguma coisa do carrinho, queridos?

Cali nem teve tempo de responder pois Harry havia se levantado passando em sua frente voltando pouco depois com os braços cheios de doces.

— Que fome, hein?

— Morrendo de fome— respondeu Harry, dando uma grande dentada na tortinha de abóbora.

Você vai mesmo comer isso?— perguntou Cali comprado algo do carrinho vendo os sanduiches de carne enlatada que Rony havia trago

Troco com você por um desses— propôs Harry, oferecendo um pastelão de carne. — Tome...

Você vai comer só isso?— perguntou Rony para Cali que segurava algumas varinhas de alcaçuz

Minha tia me mataria se me visse comendo muito doce

— Mas e os seus pais? - Rony perguntou enquanto analisava bem os feijõezinhos de todos os sabores.

Eu... não sei aonde eles estão? – respondeu e olhou para o lado oposto de Harry quando ele a encarou

Estão... mortos? - Harry hesitou um pouco

Não, não estão não — respondeu imediatamente, — Apenas não sei aonde estão, sumiram quando eu era bem pequena desde então moro com a minha tia Alexia.

Ao acabar de falar ouviu Harry se engasgar depois de morder a ponta de uma bala cinzenta, — Pimenta?— perguntou ela vendo Harry ficar muito vermelho

Os campos que passavam agora pela janela estavam ficando mais silvestres. As plantações tinham desaparecido. Agora havia matas, rios serpeantes e morros verde-escuros.

Ouviram uma batida à porta da cabine e o menino de rosto redondo, por quem Harry e Cali passaram na plataforma nove e três quartos, entrou. Parecia choroso. — Desculpem, mas vocês viram um sapo?

Não— respondeu Cali seguida de Harry e Rony que sacudiram a cabeça o garoto chorou

Perdi ele! Está sempre fugindo de mim!

— Ele vai aparecer — consolou Harry.

— Vai — disse o menino infeliz. — Se você vir ele...— E saiu.

Não sei por que ele está tão chateado— disse Rony. — Se eu tivesse trazido um sapo ia querer perder ele o mais depressa que pudesse. Mas, trouxe Perebas, por isso nem posso falar nada. O rato continuava a tirar sua soneca no colo de Rony. — Ele podia estar morto e ninguém ia saber a diferença— disse Rony desgostoso. — Tentei mudar a cor dele para amarelo para deixar ele mais interessante, mas o feitiço não deu certo. Vou-lhe mostrar. Olhe...

Depois de puxar uma varinha muito gasta da mala e erguê-la a porta da cabine foi aberta outra vez por uma garota seguida do dono do sapo perdido.

— Ninguém viu um sapo? Neville perdeu o dele.

A garota tinha os cabelos castanhos muito cheios e os dentes da frente meio grandes com um tom de voz mandão.

— Já dissemos a ele que não vimos o sapo— respondeu Rony

— Você está fazendo mágicas? Quero ver.

Sentou-se ao lado Cali e Rony pareceu desconcertado

Pigarreou. — Sol margaridas, amarelo maduro, muda para amarelo esse rato velho e burro. - Ele agitou a varinha, mas nada aconteceu. Perebas continuou cinzento e completamente adormecido.

— Você tem certeza de que esse feitiço está certo? — perguntou a menina. — Bem, não é muito bom, né? Experimentei uns feitiços simples só para praticar e deram certo. Ninguém na família é bruxo, foi uma surpresa enorme quando recebi a carta, mas fiquei tão contente, é claro, quero dizer, é a melhor escola de bruxaria que existe, me disseram. Já sei de cor todos os livros que nos mandaram comprar, é claro, só espero que seja suficiente, aliás, sou Hermione Granger, e vocês quem são? Ela disse tudo isso muito depressa.

Cali levou as mãos as têmporas para massageá-las sentindo uma fina dor aguda depois que a garota terminou com a falação.

— Sou Rony Weasley.

— Harry Potter.

— Verdade? Já ouvi falar de você, é claro. Tenho outros livros recomendados, e você está na História da magia moderna e em Ascensão e queda das artes das trevas e em Grandes acontecimentos do século XX. E você? - olhou para Cali

— Calista Dellenvigne - respondeu e parou de massagear a testa pela dor que diminuiu.

É mesmo? Já ouvi falar parece que seu sobrenome e famoso

— Também já ouvi falar papai uma vez me disse que estudou com um tal de Marcus Dellenvigne eles eram famosos por serem descendentes de Godric Grifinória— falou Rony 

Quem? — perguntou Harry

Godric Grifinória, um fundador de Hogwarts— respondeu Rony abocanhando um pedaço de bolo de caldeirão.

Ai meu Deus agora me lembrei já li sobre você num livro de descendentes famosos, Calista Gaunt Riddle Dellenvigne— Hermione falou empolgada.

— É eu sei que meus sobrenomes são famosos - Cali resmungou

Sobrenomes?— Harry parecia ainda mais confuso

— Minha tia Alexia disse que tenho o sobrenome dos meu pais Riddle do meu pai e Dellenvigne da minha mãe que nunca conheci, mas Gaunt acho que pertence aos meus avós.

Então você é de família inteiramente bruxa?— perguntou Harry

Não eu sou mestiça por parte de pai, mas pura por parte de mãe, foi o que eu soube pelo menos

— Já sabem em que casa vão ficar? Andei me perguntando e espero ficar na Grifinória, me parece a melhor, ouvi dizer que o próprio Dumbledore foi de lá, mas imagino que a Corvinal não seja muito ruim... – Hermione disparou a falar

— Estou em dúvida talvez Grifinoria ou Corvinal, talvez Sonserina

— Sonserina? Mas ela não é uma casa boa todos os seus bruxos foram das trevas o próprio Sonserino fundador da casa foi um bruxo de má fama eles são traiçoeiros e... - Rony se interrompeu ao ver o olhar serio de Cali

Faço parte da família Gaunt, descendentes de Salazar Sonserina está querendo dizer que eu também sou uma bruxa de má fama traiçoeira, - falou o olhando ameaçadora, mas se acalmou vendo que ele estava assustado. — Só estou brincando sei que sonserinos tem essa fama e acho que concordo com você – sorriu para ele que retribuiu ainda um pouco assustado fazendo Harry e Hermione sorrirem levemente com a cara de Rony.

 — Em todo o caso, acho melhor irmos procurar o sapo de Neville. E é melhor vocês se trocarem, sabe, vamos chegar daqui a pouco. – falou Hermione e foi-se embora, levando o menino sem sapo.

Cali continuou pensando nas palavras de Rony que nem prestava atenção no que estavam falando apenas olhou para a porta da cabine que pela terceira vez foi aberta agora por três garotos.

Um loiro pálido e em seus lados outros dois bem mais fortes pareciam guardas costas,

Ah, este é Crabbe e este outro, Goyle — apresentou o garoto pálido displicentemente, — E meu nome é Draco Malfoy.

Rony tossiu de leve, o que poderia estar escondendo uma risadinha. Malfoy olhou para ele.

— Acha o meu nome engraçado, é? Nem preciso perguntar quem você é. Meu pai me contou que na família Weasley todos têm cabelos ruivos e sardas e mais filhos do que podem sustentar. – Se virou para Harry.  — Você não vai demorar a descobrir que algumas famílias de bruxos são bem melhores do que outras, Harry. Você não vai querer fazer amizade com as ruins. E eu posso ajudá- lo nisso. - Ele estendeu a mão para apertar a de Harry, mas Harry não a apertou.

Acho que sei dizer qual é o tipo ruim sozinho, obrigado. — disse com frieza.

Cali percebeu que Malfoy havia ficado irritado tanto que alfinetou ainda mais a discussão.

— Você se mistura com gentinha como os Weasley e aquele Rúbeo e vai acabar se contaminando.

Harry e Rony se levantaram. O rosto de Rony estava vermelho como os cabelos.

— Repete isso.

— Meninos parem - Cali se colocou entre eles

Ei, eu conheço você— falou Malfoy, — Minha mãe é amiga daquela mulher que você está sempre do lado

— Eu sei, também lhe conheço Malfoy, minha tia e sim amiga da sua mãe - falou com desdém odiava as amigas da tia

Pensei que sua tia tivesse lhe ensinado bem, não se deve sujar o nome de nossas famílias se misturando com essa gentinha— falou ele apontando para Rony

Calista se sentou cruzando os braços indicando Malfoy com a cabeça para Rony que estava a ponto de lhe dar um soco.

Quando parecia que Harry e Rony seriam esmagados por Crabbe e Goyle que berrou terrivelmente quando o rato prendeu os dentinhos afiados em sua junta. Talvez pensassem que havia mais ratos nos doces pois em um segundo os três sumiram e passos no corredor foram ouvidos. Hermione apareceu olhando para a bagunça.

— Já ouvi falar na família dele — disse Rony sombrio. — Foram os primeiros a voltar para o nosso lado depois que Você-Sabe-Quem desapareceu. Disseram que tinha sido enfeitiçado. Papai não acredita nisso. Diz que o pai de Draco não precisou de desculpa para se bandear para o lado das Trevas.— E virou-se para Hermione. — Podemos fazer alguma coisa por você.

— É melhor vocês se apressarem e trocarem de roupa. Acabei de ir lá na frente perguntar ao maquinista e ele me disse que estamos quase chegando. Vocês andaram brigando? Vão se meter em encrenca antes mesmo de chegarmos lá!

— Perebas andou brigando, nós não — disse Rony, fazendo cara zangada. — Você se importa de sair para podermos nos trocar.

Hermione antes de sair ainda irritou Rony dizendo que seu nariz estava sujo.

Vou lhes dar licença para se trocarem— falou Cali se retirando encontrando Hermione no corredor, — Garota, para que você foi lá no maquinista?

Eu precisava saber se estávamos chegando— ela respondeu cruzando os braços

Sei...— conversaram ainda por poucos minutos e foram interrompidas pelos meninos que abriram a porta da cabine já vestidos.

Melhor eu voltar para o meu acento agora— falou ela se retirando Rony ainda a olhava com cara amarrada

Cali se fechou na cabine quando os meninos lhe deram licença tentou não demorar muito para colocar as vestes negras de Hogwarts. Abriu a porta para eles entrarem quando terminou vendo Rony passando a mão pela capa parecia gasta e as vestes um pouco curta.

— Vamos chegar a Hogwarts dentro de cinco minutos. Por favor, deixem a bagagem no trem, ela será levada para a escola – uma voz ecoou pelo trem.

O trem foi diminuindo a velocidade e finalmente parou. As pessoas se empurraram para chegar à porta e descer na pequena plataforma escura. Então apareceu uma lâmpada balançando sobre as cabeças dos estudantes.

— Alunos do primeiro ano! Primeiro ano aqui!

Um rosto grande e peludo apareceu entre os alunos, cumprimentando Harry

— Vamos, venham comigo. Mais alguém do primeiro ano?

Aos escorregões e tropeços, eles seguiram Hagrid por um caminho de aparência íngreme e estreita, — É muito escuro aqui— Cali ouviu uma voz conhecida era Sam Williamson. Olhou em volta estava mesmo muito escuro.

Depois nenhuma voz era ouvida somente Neville que fungou duas vezes

— Vocês vão ter a primeira visão de Hogwarts em um segundo.— Hagrid gritou por cima do ombro —, logo depois dessa curva.

O caminho estreito se abrira de repente até a margem de um grande lago escuro. Encarrapitado no alto de um penhasco na margem oposta, as janelas cintilando no céu estrelado, havia um imenso castelo com muitas torres e torrinhas.

— Só quatro em cada barco! - gritou Hagrid, apontando para uma flotilha de barquinhos parados na água junto à margem.

Cali seguida de Sam e uma outra garota ruiva se juntaram no barco e um garoto baixinho se juntou a elas.

E a flotilha de barquinhos largou toda ao mesmo tempo, deslizando pelo lago que era liso como um vidro. Todos estavam silenciosos, os olhos fixos no grande castelo no alto. A construção se agigantava à medida que se aproximavam do penhasco em que estava situado.

Dá para acreditar que estamos aqui— falou a ruiva para Sam

Parece que é um sonho, não é mesmo Calista? - perguntou Sam 

— É verdade - concordou Cali.

— Abaixem as cabeças!— berrou Hagrid quando os primeiros barcos chegaram ao penhasco, todos abaixaram as cabeças e os barquinhos atravessaram uma cortina de hera que ocultava uma larga abertura na face do penhasco. Foram impelidos por um túnel escuro, que parecia levá-los para debaixo do castelo, até uma espécie de cais subterrâneo, onde desembarcaram subindo em pedras e seixos.

— Ei, você ai! É o seu sapo?— perguntou Hagrid, que verificava os barcos à medida que as pessoas desembarcavam.

— Trevo!— gritou Neville feliz, estendendo as mãos.

Então eles subiram por uma passagem aberta na rocha, acompanhando a lanterna de Hagrid e desembocaram finalmente em um gramado fofinho e úmido à sombra do castelo. Galgaram uma escada de pedra e se aglomeraram em torno da enorme porta de carvalho.

— Estão todos aqui? Você aí, ainda está com o seu sapo?—  Hagrid ergueu um punho gigantesco e bateu três vezes na porta do castelo.

A porta abriu-se de chofre. E apareceu uma bruxa alta de cabelos negros e veste verde-esmeralda. Tinha o rosto muito severo e parecia que não era uma pessoa a quem não se devia aborrecer.

— Alunos do primeiro ano, Professora Minerva McConagall— informou Hagrid.

— Obrigada Hagrid. Eu cuido deles daqui em diante.

Ela escancarou a porta. O saguão era muito grande as paredes de pedra estavam iluminadas com archotes flamejantes o teto era alto demais para se ver, e um a um subiram a imponente escada de mármore em frente que levava aos andares superiores. Eles acompanharam a Professora Minerva pelo piso de lajotas de pedra. Ouviam murmúrio de centenas de vozes que vinham de uma porta à direita, o restante da escola já devia estar reunido. Mas a Professora Minerva levou os alunos da primeira série a uma sala vazia ao lado do saguão. Eles se agruparam lá dentro, um pouco mais apertados do que o normal, olhando, nervosos, para os lados. — Bem-vindos a Hogwarts— disse a Professora Minerva. — O banquete de abertura do ano letivo vai começar daqui a pouco, mas antes de se sentarem às mesas, vocês serão selecionados por casas. A seleção é uma cerimônia muito importante porque, enquanto estiverem aqui sua casa será uma espécie de família em Hogwarts. Vocês assistirão a aulas com o restante dos alunos de sua casa, dormirão no dormitório da casa e passarão o tempo livre na sala comunal. As quatro casas chamam-se Grifinória, Lufa-Lufa, Cornival e Sonserina. Cada casa tem sua história honrosa e cada uma produziu bruxas e bruxos extraordinários. Enquanto estiverem em Hogwarts os seus acertos renderão pontos para sua casa, enquanto os erros a farão perder. No fim do ano, a casa com o maior número de pontos receberá a Taça da Casa, uma grande honra. Espero que cada um de vocês seja motivo de orgulho para a casa a qual vier a pertencer. A Cerimônia de Seleção vai se realizar dentro de alguns minutos na presença de toda a escola. Sugiro que vocês se arrumem o melhor que puderem enquanto esperam. O olhar dela se demorou por um instante na capa de Neville, que estava afivelada debaixo da orelha esquerda, e no nariz sujo de Rony, Harry nervoso, tentou achatar os cabelos. Enquanto Cali passou a mão pela franja tirando de cima de seus olhos, mas a arrumou para cobrir a cicatriz horrível que lhe atravessava o olho.

— Voltarei quando estivermos prontos para receber vocês— disse a Professora Minerva. — Por favor, aguardem em silêncio. E se retirou da sala.

— Mas como é que eles selecionam a gente para as casas?— Harry perguntou a Rony.

Devem fazer uma espécie de teste, acho. Fred diz que dói à cabeça, mas acho que estava brincando.

Acalma-se Harry você vai se sair bem— consolou Cali o vendo ficar pálido e se assustando quando ouviu gritos atrás deles

Uns vinte fantasmas passaram pela parede dos fundos. Brancos-pérola e ligeiramente transparentes, eles deslizaram pela sala conversando e entre si, mal vendo os alunos do primeiro ano. Pareciam estar discutindo. O que lembrava um fradinho gorducho ia dizendo:  — Perdoar e esquecer eu diria, vamos dar a ele uma segunda chance...

— Meu caro Frei, já não demos a Pirraça todas as chances que ele merecia? Ele mancha a nossa reputação e, você sabe, ele nem ao menos é um fantasma. Nossa, o que é que essa garotada está fazendo aqui?— Um fantasma, que usava uma gola de rufos engomados e meiões, de repente reparou nos alunos do primeiro ano. Ninguém respondeu.

— Alunos novos! — disse o frei Gorducho, sorrindo para eles. — Estão esperando para ser selecionados, imagino?—  Alguns garotos confirmaram com a cabeça, mudos. — Espero ver vocês na Lufa-Lufa!— falou o frei. — A minha casa antiga, sabe?

— Vamos andando agora— disse uma voz enérgica. — A Cerimônia de Seleção vai começar— A Professora Minerva voltara e um a um os fantasmas saíram voando pela parede oposta. — Agora façam fila e me sigam 

Cali ficou atrás de Rony e na frente de Sam e todos saíram da sala, tornaram a atravessar o saguão e as portas duplas que levavam ao Grande Salão.


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Notas finais do capítulo

O capítulo saiu um pouco grande, mas acho que deu pro gasto.
Não vou demorar muito para postar o proximo



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