Sea You escrita por Bird


Capítulo 7
Você é um pirata, Percy


Notas iniciais do capítulo

Falsos alertas vermelhos e lerdeza do filho de Poseidon, alguém aí pediu o capítulo 7?
Desculpem a demora, todo aquele blá blá blá sobre as provas
Espero que gostem!



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— O que deseja, Clarisse? — Thalia se pronunciou, ganhando espaço no perigoso diálogo. 

— Nós estamos em busca de uma princesa. — Um sorriso quase cruel tomou conta de seu rosto e Percy sentiu sua espinha arrepiar-se. — Viemos de muito longe pela recompensa que Atena está cobrando. 

Então era isso, Annabeth pensou, sua mãe havia proposto uma recompensa por ela. Percy não se admirou afinal, Atena devia estar desesperada, com certeza. Foi uma atitude ousada, devia admitir. Tão ousada quanto invadir o baile real e sequestrar a princesa. 

Jackson pensou no que diria para capitã à sua frente. Se entregasse a princesa, teria uma despesa, graças a recompensa que não ganharia e além disso... Talvez a ausência de Annabeth o incomodasse um pouquinho, mas não era nada que ele não pudesse lidar, não é? 

Por outro lado, iria se livrar de um peso morto e um problema que ele não procurou. Antes dele terminar de apontar os prós e contras, Thalia se pronunciou. 

— A princesa do norte sumiu? — Ela fez uma falsa expressão, e a tripulação seguiu seus passos, sem exagerar. — Ela fugiu? 

— Foi sequestrada por um pirata. — O homem ao lado de Clarisse respondeu. Ele parecia menos rígido, e até soltou um pequeno sorriso. — Me chamo Chris Rodriguez, como se chamam? 

Percy e Thalia não perceberam, mas Annabeth havia saído de cena, se dirigido até os aposentos de Thalia para se esconder. Ela não fazia ideia dos interesses do navio, mas mesmo assim se preveniu para um ataque ou coisa parecida. 

— Somos os irmãos Read. — Grace adiantou-se. — Entramos na pirataria a pouco tempo, estamos a caminho do sul. 

Se Luke não a admirava o bastante, talvez estivesse se encantando cada vez mais. A maneira como ela trabalhava sob pressão e os olhares mortais da capitã era incrível. 

— Entraram na pirataria a pouco? — Clarisse questionou. — E o navio? Fora comprado? 

Ok, agora talvez estivessem um problema. Neptuno era um navio de anos de existência, quase tão velho quanto Percy, como explicariam o furto ou compra de uma embarcação de gerações? 

— Não. — Percy respondeu com uma voz firme, diferente da que os lábios ansiosos de Thalia pronunciariam. — Pertencia a um capitão com poucos homens, não tivemos tanto trabalho. 

Talvez alguns dissessem que Clarisse foi boba por dar ouvidos, ou que se deixou enganar pelos piratas, mas uma coisa era certa, ela não havia acreditado nas palavras do moreno. 

— A caminho sul, hein? — Rodriguez retomou o assunto. — Muitos crustáceos na viagem, tenham boa sorte! 

Clarisse não se despediu, apenas ordenou que içassem as velas e partiu pelo mar, ainda desacreditando das palavras de Percy, mas se poupando do combate e da dor de cabeça. Quando o navio se afastou, a tripulação comemorou, antes de levantarem novamente o ponto do destino da princesa. 

— Buscaremos a recompensa? — Travis questionou. — Apenas muito dinheiro para fazer os espanhóis se mobilizarem a procura de uma princesa nortenha. 

— Nós não íamos matar quem paga a recompensa? Não foi para isso que invadimos o norte, primeiramente? — Will perguntou.  

Grace revirou os olhos pelos questionamentos e desceu do deque, indo em direção a proa de Neptuno, afastando-se dos outros piratas que discutiam. Depois da visita de Clarisse e Chris, e da sobrecarga de decisões que Percy pedia seu auxílio, a pirata adoraria um pouco da paz que encontrava nas praias do sul. 

Depois que Thalia se retirou da discussão sobre o futuro da prisioneira, todos os olhares caíram sobre Percy. O pirata, já impaciente, apenas observou o debate com o olhar pesando em puro tédio. 

— E o plano de Thalia para usar a princesa como isca? Nós já descartamos ele? — Quanto mais pontos eram levantados enquanto eles discutiam, mais a sede de rum de Percy aumentava, juntamente com seu cansaço. 

O capitão continuou guiando o timão, ouvindo os piratas discordarem ora ou outra, pensando em como Annabeth se sentiria ouvindo todas essas sugestões para a morte dela e de sua mãe. 

— Chega! — Percy finalmente se pronunciou. — Eu e Grace vamos pensar em propostas melhores e os apresentamos para uma votação. Até lá, icem as velas a estibordo, estamos quase nas Caraíbas. 

Uma rápida movimentação aconteceu e logo as velas estavam altas, sendo preenchidas pelos ventos, levando Neptuno até as ilhas. Os piratas logo trataram de fazer outras atividades, como limpar o convés e desenrolar as redes para a captura de tartarugas. 

O vento nos cabelos do moreno e o pequeno momento de silêncio em sua cabeça foram o suficiente para fazê-lo pensar na princesa. Ele gostaria de obter a recompensa. Gostaria de se livrar dos problemas, e acima de tudo, adoraria matar Atena. Mas ele também pensava em Annabeth. Ele definitivamente não gostaria de vê-la triste. 

Percy amarrou a corda no timão e andou até a porta dos aposentos de Thalia, onde Annie havia se escondido durante a abordagem de Clarisse. Ele bateu levemente na porta, aproximando o ouvido da mesma para ouvir uma permissão, ou o que quer que fosse. 

— Entre. — E assim o pirata o fez, observando o rosto surpreso da princesa, que se encontrava debaixo das cobertas. — Oi. 

— Oi. — Ele deu um leve sorriso enquanto fechava a porta e observava o quarto, andando lentamente, sem destino algum. 

Depois de alguns segundos de silêncio, Annabeth perguntou: 

— O que vai acontecer, Percy? — Ouvir o medo de toda aquela incerteza acabou com ele. E mesmo sensibilizado com toda a situação, ele quase pôde ouvir a voz de seu pai. Você é um pirata, Percy. 

— Annabeth... Eu vou matar sua mãe. — Ele soltou o sorriso que mascarou toda dúvida. — Vou até Tortuga para aumentar minha tripulação e melhorar meu navio. Depois disso, eu vou matar a rainha. 

Definitivamente, ela esperava uma resposta diferente. A princesa vacilou um pouco antes de levantar, furiosa e ir em direção ao pirata. Ela parou a centímetros de distância, sentindo os olhos faiscarem e o ar em volta deles tencionar. 

— Eu... Eu me sinto tão ingênua em ter acreditado que você fosse diferente. — Uau, ele pensou, essa doeu. — Mas você é exatamente como os outros. Talvez um pouco mais charmoso, mas isso não significa nada. Ainda é arrogante e estúpido, como a maioria. 

Ele a prensou contra a parede, encarando a princesa como um predador. 

— Ninguém fala assim comigo, Annabeth. — Ele aproximou o rosto, sentindo seus hálitos se misturarem, até que ele parou e recuou. — Espera aí... Você disse que eu sou charmoso? 


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Notas finais do capítulo

ljciuhevevhe
Não vou nem comentar



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