Sea You escrita por Bird


Capítulo 5
Não dá sorte ter mulheres a bordo


Notas iniciais do capítulo

Trouxe mais um capítulo pra vocês :)
Espero que gostem



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— Antes de qualquer satisfação. — Will interrompeu Travis. — Devemos pedir desculpas por quebrar as regras do capitão e o código de conduta. 

— Vocês fizeram bem em quebrar o código. — Thalia disse enquanto subia no bote, sendo seguida por Annabeth, que aceitou a ajuda de Percy para subir. 

— Hãn? — Travis se surpreendeu. 

— Ela está certa. — Percy tirou a dúvida. — Eu me precipitei com aquela ordem. 

Luke subiu e logo depois, Percy. Thalia pegou mais dois remos que estavam guardados abaixo dos bancos e entregou para Luke, que ajudou os piratas a remar sem reclamar. 

— E quem são esses dois? — Travis perguntou. 

— Uma possível prisioneira e um possível pirata. — Percy respondeu, encarando seu navio com orgulho, quase contemplando sua herança.  

— Contanto que ele ajude a tirar as lapas quando chegarmos à Tortuga, será bem-vindo. — Will resmungou cansado quando chegaram perto do casco do navio. — Quer dar as ordens, capitão? 

Um sorriso devasso rasgou o rosto do moreno com a proposta. 

— Baixem logo a porcaria das cordas seus cães sarnentos, o capitão está de volta. — Ouviu-se a celebração da tripulação com "Ahoys", e sem demora, cordas foram atiradas até o bote e amarradas nas extremidades, erguendo o mesmo da água.  

Percy pôde ouvir uma reclamação ou outra sobre o peso, afinal eram seis pessoas a bordo, mas ele não se importou. Quando pisou suas botas no convés, palmas e gírias piratas tomaram conta de seus ouvidos. 

Era sempre uma festa quando um pirata, principalmente o capitão, voltava de um saque com vida. Thalia, Annabeth e Luke desceram do bote, e Travis e Will prenderam-no na lateral do navio por enquanto, para guarda-lo abaixo do convés depois da farra.  

— Basta! — A celebração parou. — Antes do rum e antes de Tortuga, tenho um aviso. 

Percy subiu as escadas, até o timão, ficando mais alto para que todos pudessem o ver. 

— Este é Luke Castellan. — O pirata apontou para o loiro que estava entre Travis e Thalia. — Ele ajudou a mim e minha irmã na fuga do castelo, e deseja se juntar a nós. 

Ouviu-se burburios anônimos, mas finalmente, Beckendorf tomou a frente. 

— Qualquer homem que ajudou meu capitão, me ajudou também. — Gritos em concordância foram audíveis e Luke recebeu em sorriso aliviado de Thalia, o primeiro desde as masmorras. 

— Ótimo, temos mais um verme para diminuir minha porcentagem do ouro. — Percy resmungou e eles riram. — Agora, esta é Annabeth Chase, filha de Atena

A discussão foi maior, definitivamente. Sugestões para matá-la em vingança a morte de Poseidon, arquitetada por Atena, era o que não faltava. Amarrá-la ao poste. Fazê-la andar na prancha. Deixá-la numa ilha com nada mais que uma bala. 

Annabeth só se encolhia cada vez mais ao lado de Thalia, e mesmo a pirata não se deixando amolecer na maioria das vezes, teve a empatia de subir ao lado de Percy no convés. 

— Seus vermes sem cérebro. — Ela atraiu a atenção. — Ela é da realeza, e mesmo que eu odeie dizer isso, ela não tem culpa dos atos estúpidos de sua mãe. 

Os piratas repensaram.  

— Podemos subornar Atena, ou simplesmente usar ela como isca para uma armadilha. — Thalia sugeriu. — Até termos um plano e até o navio ser restaurado e reabastecido em Tortuga, nada acontecerá com ela sem que alguém visite Davy Jones no fundo do mar. 

A ameaça foi considerada por todos, então Thalia chamou Annabeth para ir com ela até seus aposentos e hospedar a princesa, mas não sem antes ser desafiada. 

— Não dá sorte ter mulheres a bordo. — Ela ouviu a voz de Ethan. 

— Então nós deixaremos você em Tortuga. — As vaias tomaram conta de seus ouvidos junto a um sorriso venenoso que se formou em seus lábios. Ela caminhou até seus aposentos com Annabeth em seu encalço e quando elas entraram, Annie conseguiu entender a personalidade forte de Thalia um pouco melhor. 

Tinha uma cama grande, com adornos de ouro, baús empilhados com joias transbordando e garrafas de vinho tinto empilhados em colmeia, como uma adega particular. Seu quarto não era tão grande, mas Annabeth nunca diria que era pequeno. Era perfeito para ela. 

Thalia foi até os vinhos e abriu um deles. Annabeth ajudou pegando duas taças e as duas sentaram na cama para beber. Assim que a pirata a serviu, teve a liberdade de agradecer. 

— Obrigada. 

— Não há de quê. 

— Não... Quero dizer, obrigada por fazer eles esquecerem aquelas ideias sobre me matar, me deixar numa ilha... — Thalia bebeu um gole de sua taça. 

— Eles são sempre assim, você sabe como são os homens. — Annabeth sorriu. 

— Então estamos em trégua? — Ela levantou a taça para brindar. 

— Nunca estivemos em guerra, princesa. — As duas brindaram, esquecendo as discussões nas prisões e ameaças de morte. 

Ouviu-se música e cantoria do lado de fora do quarto, mas Thalia simplesmente guardou o restante do vinho na adega e jogou as taças ao lado da cama. Ela abriu as pequenas janelas e sentiu a brisa marítima preencher o quarto.  

— Você não vai para a festa lá fora? — Annabeth perguntou quando viu a pirata tirar suas botas. 

— Não me agrada em nada estar rodeada de piratas pingados e música sem dança. — Ela diminuiu a luz da lamparina e entrou debaixo do cobertor — Além do mais, não estou aguentando ficar de olhos abertos. 

A princesa assentiu e tirou seus sapatos também, deitando-se e refletindo. Thalia era totalmente o oposto do que ela achava que seria. Tinha conceituado a pirata em sua cabeça como uma mulher sem nenhum luxo e ambição, mas Thalia demostrava querer sempre do bom e do melhor. 

Annabeth não conseguiu dormir naquela noite, tanto pela música, quanto por sua mente barulhenta, que não parar de trabalhar numa maneira para escapar daquele navio. Com os raios de sol que invadiram o quarto, a música cessou. Mas ainda sim, ela escutava pequenos murmúrios, e curiosa como é, decidiu ver do que se tratava. 

Sentou na cama e saiu do quarto nas pontas dos pés, só para abrir a porta e encarar um Percy no timão, cantarolando uma música baixinho. Ela fechou a porta atrás de si com um ruído, fazendo-o se assustar e a observar. 

— Eu te acordei? 


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Notas finais do capítulo

O que acharam? O próximo está quase pronto ♥



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