Blue abriu a porta e se deparou com a Sra. Dreemur toda encharcada, embora tivesse começado a chover a pouco tempo ela tremia com um pouco de frio enquanto segurava uma marmita.

Blue: Oi Sra. Dreemur entra.

Sra. Dreemur: obrigada Blue.

Blue: como a senhora ficou tão molhada embora tenha acabado de começar a chover.

Sra. Dreemur: eu também não sei, eu mau sai de casa e já estava toda molhada.

Blue: eu vou pegar uma toalha para a senhora.

Sra. Dreemur : eu vou acender a lareira se não eu morro congelada.

Blue foi em direção ao armário o abriu e começou a vasculhar uma das várias caixas que estavam lá dentro e retirou uma toalha branca muito bem dobrada. Ele voltou para a sala e viu a Sra. Dreemur tentando se esquentar perto do fogo baixo que ela tinha feito.

Blue: Toma...

Sra. Dreemur: obrigada

A Sra. Dreemur pegou a toalha e começou a secar seus cabelos grisalhos, Blue observava em silêncio tentando pensar em algo pra dizer, mas não lhe via nada em mente.

Sra. Dreemur: você achou aquela caixa de brinquedos que eu te falei?

Blue: A-Achei sim...

Essa era a hora de Blue de perguntar pelo boneco que ele havia encontrado, mas o medo da resposta de certa forma o impedia.

Sra. Dreemur: você gostou de algum?

Blue:...

Sra. Dreemur: Blue?

Blue: E-Eu achei alguns…interessantes.

Sra. Dreemur:  não entendi?

Blue: Deixa pra lá... Aqueles brinquedos eram seus?

Sra. Dreemur: *espanto* A-Alguns sim... outros não.

Blue: E de quem eram os outros?

Sra. Dreemur: Eram do...do... você não viu algum boneco “diferente” né?

Blue não gostou de como a conversa havia ficado tensa do nada ele realmente não estava gostando nem um pouco daquela atmosfera, logo tentou mudar de assunto.

Blue: O que você trouxe nessa marmita?

Sra. Dreemur: Ahh... Torta de caramelo com canela, quer experimentar?

Blue:*sorrindo* quero sim.

A Sra. Dreemur foi em direção a cozinha e logo voltou com dois pratos e dois garfos, abriu a marmita e colocou um pedaço bem robusto em cada prato. Assim que o cheiro invadiu as narinas de Blue ele começou a salivar, mal o pedaço chegou ao prato de Blue e ele já começa a devorá-la como se não ouvesse amanhã...ou dor de barriga, né?

Blue: Esta...muito... boa.

Sra. Dreemur: *sorrindo*que bom que gostou.

Depois de comer Blue e a Sra. Dreemur começaram a conversar e a trocar histórias, eles pareciam até velhos amigos que se conheciam durante anos.

Blue: então você mora aqui desde de que você era pequena?

Sra. Dreemur:  Sim, admito que não tinha muita coisa para se fazer pôr aqui, eu costumava fazer muita bagunça pela casa. E você Blue, aposto que você adora arrumar uma bagunça, não é mesmo?

Blue: Verdade, eu costumava encher bastante a paciência do meu pai, agora eu acho que estou quase deixando o Paps maluco.

Sra. Dreemur: O Papyrus nunca mencionou o pai de vocês para mim, como ele está?

Blue odiava quando perguntavam sobre seu pai, aquele era um assunto um pouco delicado pro menor que se limitou apenas a dizer...

Blue: Morto...

Sra. Dreemur: M-Me desculpe não deveria ter tocado no assunto...

Blue: Ele tinha me prometiso*soluço* que ia me levar para passear depois do trabalho*soluço* mas ele não cumpriu a promessa...

Sra. Dreemur começou a se sentir culpada por tocar num assunto tão delicado, não podia fazer muita coisa por ele, então se limitou a dar um abraço no menor. Blue começou a chorar baixinho no ombro da Sra. Dreemur e a apertar um pouco o abraço, eles ficaram um bom tempo assim até que Blue adormeceu nos braços da mais velha, ela colocou Blue nos braços e o levou até o seu quarto, o colocou na cama em formato de carrinho, o cobriu e deu-lhe um delicado beijo na testa.

Sra. Dreemur: Seja forte pequeno e não deixe que “ele” te pegue.

A Sra. Dreemur saiu do quarto e deixou Blue sozinho dormindo tranquilamente, ela só não sabia que havia algo o observando.