Blue ficou andando um pouco pela casa, na tentativa de explorá-la, mas não achou nada de muito interessante ia desfazer as malas quando se lembrou da lenda naquele lugar, diziam que o Monte perto da casa tinha um buraco que levava para um lugar que era cheio de monstros dos mais variados tipos, mas ninguém sabia se era verdade.

Blue: Paps eu vou dar uma volta lá fora.

Paps: * Ok Blue, coloque as galochas parece que vai chover*

Blue: Beleza.

Blue foi em direção ao seu quarto abriu uma das várias caixas que se encontrava lá e retirou um par de galochas azuis muito bonitinhas, ele os calço e foi em direção a porta e saiu.

Ele deu a volta na casa e não muito longe dali era visível um morrozinho, Blue não entendeu o por que do motivo dele ser chamado de “Monte”, mas cada doido com sua mania não é mesmo?

Blue começou a seguir a trilha que levava em direção ao “Monte” não demorou muito e ele finalmente chegou ao topo mas... não era como ele esperava não tinha nada de muito interessante lá apenas um monte de flores douradas similares aos do canteiro em frente ao Pink Palace, só que no monte elas estavam ótimas.

P.O.V Blue

Pelo visto aquele buraco não passa de um boato, para atrair pessoas a este lugar. Blue começa a se aproximar das flores e começa a sentir seu doce perfume, ele começa a se aproximar do centro daquele imensidão de amarelo mas de repente... alguém o puxa pelo braço.

???: Saia dai menino.

Blue se vira e vê que é a Sra. Dreemur com uma cara nada boa.

Sra. Dreemur:  Você tem ideia de que o que você estava fazendo era extremamente perigoso?

Blue: E-Eu não sei do que você esta falando.

Sra. Dreemur: DO BURACO.

Blue: M-Mas não tem nenhum buraco aqui.

Sra. Dreemur: Se você tivesse se aproximado um pouco mais teria caído dentro dele.

Ao falar isso a Sra. Dreemur se aproxima do campo de flores e afasta algumas delas com as mãos revelando algumas tábuas que tentavam tapar sem sucesso um buraco de tamanho mediano onde uma pessoa poderia passar sem nenhuma dificuldade.

Blue: Uau...

Sra. Dreemur: uhum, eu tinha pedido para taparem, mas não fizeram um bom trabalho, aí acabou nisso aí... melhor voltarmos seu irmão pode ficar preocupado se você demorar muito.

Blue não falou nada apenas acenou a cabeça e desceu o “Monte” com a Sra.  Dreemur ao seu lado não demoraram muito e logo estavam em casa de novo.

Blue: PAPS VOLTEI!!!

Paps: Oi Blue, olá Sra. Dreemur, como é que foi o passeio?

Sra. Dreemur: Foi muito revigorante... não é Blue?

Sra.Dreemur deu uma piscadinha para Bluebarry que logo entendeu o recado.

Blue: É Paps... foi legal.

Sra. Dreemur: Essa é a hora deu vazar, até mais tarde rapazes.

A Sra. Dreemur saiu e deixou os dois irmãos a sós, foi nessa hora que Blue percebeu que Papyrus estava de terno.

Blue: que roupa é essa Paps?

Paps: A empresa do papai precisa de mim, então vou ter que sair hoje e vou voltar bem tarde, eu estava arrumando a mala antes de você chegar.

Blue: Ahh... entendi.

Desde da morte de seu pai Papyrus havia ficado cada vez mais ausente, Blue não gostava nem um pouco mas entendia que alguém tinha que tomar conta de tudo que seu pai havia conquistado, Blue saiu da entrada e seguiu em direção a seu quarto e começou a desempacotar as suas coisas colocando tudo em seu devido lugar, pelo menos o que dava pra guardar, foi aí que Blue se lembrou que ainda não tinha olhado a caixa de brinquedos velhos.

Blue: vamos ver o que temos aqui...

Blue abriu a caixa e começou a retirar as coisas que tinha dentro dela nada de muito incrível alguns bonecos, umas pelúcias, algumas arminhas de brinquedo nada de muito diferente do que você pode encontrar numa caixa de brinquedos, Blue não teve muito interesse pela maioria deles, mas quando achou que tinha tirado tudo da caixa...

Blue: O que é isso?

Ele viu um pequeno pacotinho junto de um caderno de desenho no fundo da caixa, ele colocou o pacote no chão e começou a folhear o caderno alguns desenhos eram muito bem desenhados enquanto outros pareciam rabiscos de uma criança, não pareciam ter sido feitos pela mesma pessoa, a maior parte dos desenhos bem feitos eram de flores douradas ou de um garotinho com uma garotinha logo do lado.

Blue: Que fofinho...

Os desenhos rabiscados pareciam seguir uma ordem cronológica o primeiro estava intitulado “nova casa” e o outro era: “Dia ruim na escola”, e o terceiro era: “minha nova irmã Chara”.

Blue: Chara...

Blue falou quase que num sussurro.

A maioria dos rabiscos retratavam coisas do dia-a-dia, mas quanto mais Blue mudava  os desenhos começavam a ficar cada vez mais esquisitos, como: “ o meu novo melhor amigo”, Blue não conseguiu identificar o que a criança havia “tentado” desenhar mas aquela coisa com certeza não era humana, e o segundo era: “A Chara não gostou”  o desenho parecia uma menininha segurando algo parecido com uma faca parecendo que iria atacar a coisa que  Blue ainda não sabia o que era, e o terceiro estava intitulado: “A proposta” , este era simplesmente um desenho de um enorme botão, Blue não conseguiu compreender o que a criança queria dizer com aquilo. Os desenhos acabavam ali, como se quem estava desenhando tivesse simplesmente perdido o interesse pelo caderno.

Blue: Que esquisito...

Foi tudo o que Blue conseguiu dizer, fechou o livro e se dirigiu ao pacote que ainda não havia aberto.

Blue: Mas que...!?

Quando Blue abre o pacote dentro dele havia um boneco que era uma cópia “quase” exata dele as roupas eram exatamente as mesmas ele tinha até o seu novo lenço amarrado no pescoço, mas ele tinha umas diferenças, o boneco não tinha “cabelo”, o tecido do “rosto” era de um branco cal muito estranho e sem falar nos assustadores olhos de botão e o enorme sorriso que o bonequinho esboçava.

P.O.V Blue

Será que o Paps está tentando me pregar uma peça?

"Não... pouco provável ele tá muito ocupado pra fazer uma coisa dessas, mas isso não pode ser coincidência alguém deve ter feito isso...mas...quem?"

P.O.V Blue off

Blue pega o boneco desce as escadas ainda atordoado com toda a loucura que ele havia visto num dia só, ele segue em direção a sala e vê Papyrus quase terminando de arrumar suas coisas, Blue começa a se perguntar se pergunta ou não sobre o boneco ele fica um bom tempo se remuendo e então fala:

Blue: Ei Paps além do lenço você comprou mais alguma coisa pra mim?

Papyrus nem olha para o Blue, mas responde.

Paps: O lenço não está “BONE” o bastante pra você?

Blue: SEM PIADAS PAPS!!! É que eu achei esse boneco muito esquisito naquela caixa de brinquedos ainda agora.

Blue ergue a “cópia” em direção a Papyrus, mas ele não tira os olhos da sua mala.

Paps: Eu não comprei nenhum brinquedo pra você Blue... E agora eu realmente não posso falar com você, estou super atrasado.

Blue fechou a cara e largou o boneco no chão e começa a pisar forte no mesmo com a intenção de fazer Paps se virar pra ele, a madeira velha começava a fazer um som incrivelmente irritante, Blue não estava nem um pouco afim de parar, nessa hora Paps solta um suspiro cansado se vira para Blue e fala.

Paps: Ok... você ganhou, o que você quer?

Blue: Quero que você dê uma olhada nesse boneco estranho que eu achei.

Paps: Mas que boneco?

Blue: Esse aq...

Blue olha pro chão mas o boneco havia sumido.

Blue: Mas... ele tava aqui... Paps ele sumiu.

Paps: Que maravilha, agora você esta imaginando coisas.

Blue: Eu não estou, ele realmente estava aqui.

Paps: JÁ CHEGA BLUE!!! Eu estou realmente sem tempo pra isso.

Blue:...Ok.

Papyrus terminou de arrumar suas coisas e saiu pela porta sem dar xau, pouco tempo depois dava para ouvir o ronco de um carro se distanciando, nessa hora parecia que tudo havia ficado cinza para o Blue tanto que até começou a chover, um tempinho depois alguém bate de leve na porta.

???: Blue sou eu, Sra. Dreemur posso entrar?