Blue quase teve um infarto ao ouvir aquela voz.

Blue: O-Olá alguém falou alguma coisa?

...

Blue: Isso não tem graça...

...

Blue entra em casa e fica se perguntando se alguém realmente tinha falado alguma coisa ou ele que estava ouvindo coisas. Depois ele se lembrou da pequena porta da sala.

“E se a voz tivesse falando daquela porta. Talvez aquele sonho seja mais real do que aparenta”
 

Ele olha para a os tapetes enrolados que novamente tapavam a portinha. Blue se ajoelha de frente para a porta e começa a tirar os tapetes da frente.

“Será que vocês são reais?”

Blue ia abrir a porta só que ele percebe que a chave não estava mais lá, Blue começa a olhar ao redor e nada. A porta não tinha maçaneta então só podia ser aberta com a chave.

Blue: Será que Paps a guardou na gaveta de novo?

Blue entra na cozinha e abre a gaveta do armário, tinha um monte de chaves lá, mas nenhuma delas era a chave que ele procurava.

“Pense Blue se você fosse o Paps, onde você a colocaria? O Papyrus é bem mais alto que eu então provavelmente esta em algum lugar onde eu não alcanço, mas talvez ele consiga alcançar.”

Blue ia saindo da cozinha para olhar nos outros cômodos, mas ele vê algo brilhando por cima da porta, ele olha pra cima e vê que a pequena num gancho que ficava em cima da porta.

Blue: Bem esperto Paps tá de parabéns.

Blue pega uma das cadeiras da mesa e arrasta para perto da entrada, sobe em cima da cadeira mas ainda esta muito alto para ele alcançar, Blue fica na ponta dos pés agora ele consegue encostar na chave, mas ainda não a pegou.

Blue: Paps se eu me machucar espero que entenda que é por uma boa causa.

Blue sobe em cima do encosto da cadeira que começa a desequilibrar. Blue tenta se manter em pé no encosto, ele estende o braço para pegar a chave. Blue não ia desistir até tirar a chave de lá num último esforço ele dá um pequeno pulo.

Blue: Peguei mwe heheheheheh.... AHHHHHHHHHH!!!

Blue perde o equilíbrio de cima da cadeira e cai de cara no chão.

Blue: Oie*estende a chave no ar*

Blue se levanta ajeita seu lenço que entortou um pouco e tira a sujeira que prendeu em suas roupas.

“Agora eu vou te abrir sua portinha danada mwe hehehe”

Blue volta para a sala e fica encarando a chave por um momento.

“Será que vale a pena?”

O menor coloca a chave na portinha e fecha os olhos, ele tinha medo de abri-los e se deparar com a parede de tijolos de novo, Blue gira a chave escuta o estalido de novo e sente a porta se soltar, mas dessa vez ao abrir a porta ele sente uma pequena brisa passar por ele.

Blue: *abre um dos olhos* Será que?

Blue abre o outro olho e tem uma enorme surpresa, o corredor roxo estava lá. O menor estava boquiaberto aquilo com certeza não era um sonho, pois ele não havia dormido e tinha certeza que sua saúde mental estava ótima.

Blue: Não é um sonho...

Blue ia entrar pela passagem, mas se lembrou que Papyrus poderia trancar a porta de novo. O que ele poderia fazer para evitar que isto acontecesse?

Blue: JÁ SEI!!!

Blue fecha a portinha e tira a chave da fechadura, corre pro armário e abre uma caixa das caixas, dentro dela tinha vários equipamentos de costura como tesouras, linha, agulhas de vários tamanhos, pedaços de tecidos, entre outras coisas. Ele tira de dentro da caixa um rolo de barbante e uma tesoura, Blue começa passa a chave pelo barbante e usa a tesoura para cortar uma boa quantidade da linha fazendo um colar.

Blue: Acho que deve funcionar.

Blue coloca o colar e o esconde dentro do lenço para que Papyrus não percebesse.

“Agora estou pronto para ir. Você não esta muito ocupado com seu trabalho Paps? agora quero ver como você vai reagir quando eu não estiver em casa mwe hehehehe”

Blue abre a portinha e a passagem ainda esta lá agora ele podia confirmar que ele realmente “não” estava louco. Ele já conhecia o trajeto de cor então não estava mais tão surpreso como das outra vezes, Blue já esperava ver Temmie na outra caverna mas dessa vez... ele não estava lá.

“Que estranho Temmie estava aqui das outras vezes, por que será que ele não apareceu dessa vez?”

Blue começa a caminhar pelas ruínas que parecia bem mais vazias que das outras vezes ele ainda não tinha visto nenhum monstro ainda, quando Blue começa a se aproximar da casa de Asgore os monstros começaram a aparecer, seus comportamentos não tinham mudado eles só estavam parecendo bem mais fracos ou só estavam cansados, Blue não tinha certeza. Mais pra frente Blue se encontra com Asgore regando uma velha árvore que não tinha nenhuma folha que ficava bem em frente de sua casa.

Asgore: Olá meu pequeno como vai?

Blue: Olá Asgore tudo bem?

Asgore: Eu estou ótimo só estava regando minha velha companheira aqui.

Asgore bate de leve no tronco da árvore e esboça um sorriso carinhoso como se a árvore fosse uma velha amiga.

Asgore: Que tal entrarmos? Não gostaria de tomar uma xícara de chá de flor dourada?

Blue: Eu nunca provei desse chá, acho que vou experimentar.

Asgore: Eu garanto que você vai adorar.

Asgore coloca o regador no chão e entra em sua casa. Blue sem escolha decidi entrar também, estava tudo exatamente como das outra vezes, ele pode ver Asgore entrando na cozinha, então decide segui-lo, assim que entra ele vê Asgore usando um tipo de magia de fogo enquanto segurava duas xícaras com água, não demora muito e começa a sair uma fumaça fina de dentro delas, o mais velho termina colocando um sachê de chá em cada xícara.

Blue: Legal...você tem super poderes?

Asgore:*risadas* não pequeno isso é apenas magia, eu não costumo usar muito, apenas para cozinhar ou fazer chá.

Blue: Ahhhh... Mas ainda assim é bem legal. Todos os monstros tem magia de fogo?

Asgore: Não meu pequeno, cada tipo de monstro tem um poder único de sua própria espécie.

Blue: Que legal.

Asgore entrega uma das xícaras para Blue e os dois vão para a sala. Asgore beberica um pouco do seu chá e começa a ler um livro, Blue não gostava do chá tão quente ele gostava de esperar o chá esfriar um pouco, por isso decidi andar pela casa enquanto espera. O menor percebe que tinha alguns retratos em cima da lareira de Asgore e por curiosidade começa a olhar cada uma das fotos, em quase todas as fotos Blue percebeu que estava Asgore com uma mulher e uma criança cabra que parecia ter a mesma idade de Blue.

Blue: Ei Asgore quem são essas pessoas com você na foto?

Asgore: É a minha mulher e o meu filho.

Blue: Eu nunca vi eles por aqui onde é que eles moram?

Asgore: Acho que você nunca foi em hotland não é?

Blue acena que não com a cabeça.

Asgore: Fica depois de waterfall é lá que eles moram.

Blue: Por que você não esta lá com eles?

Asgore: Eu e minha mulher meio que brigamos, pois nós tínhamos opiniões diferentes sobre...sobre...um certo assunto, então decidi me afastar um pouco porque eu não achava que a decisão dela era a mais certa a se tomar.

Blue: Entendi...

Asgore: Não se preocupe Blue eu não sinto nenhum remorso dela, eu ainda a amo muito só que eu gostaria que ela percebesse que ela não esta fazendo a escolha certa.

Blue: Não se preocupe Asgore eu também acredito que ela também irá notar seu erro.

Asgore: Quer ver um truque bem legal?

Blue: Quero sim.

Asgore se levanta da poltrona onde estava sentado e estende uma das mãos, o peito de Blue começa brilhar e uma pequena luz azul claro surge de frente para Blue e assume a forma de um coração.

Blue: Que legal Asgore, mas, o que é isso?

Asgore: Essa é a sua alma a própria culminação do seu ser, a cor das almas dos humanos varia de acordo com suas personalidades, a sua alma é azul claro quer dizer que você tem a alma da paciência.

Blue: Legal, qual é a cor da sua alma Asgore?

Asgore: As almas de todos os monstros é exatamente a mesma, meu pequeno.

A Alma de Blue volta a se esconder em seu peito, e o peito de Asgore começa a brilhar, mas quando a alma de Asgore toma forma não é como a alma de Blue, era um coração de cabeça para baixo de cor branca.

Blue: Quer dizer que todos os monstros tem essa alma?

Asgore: Sim, esta alma Blue é a alma da magia, é a alma que nós monstros temos.

Asgore recolhe sua alma e volta a se sentar na sua poltrona para terminar de beber seu chá, Blue se toca que seu chá já devia estar bem mais frio e começou a tomar também. Asgore estava certo aquele chá era realmente muito bom.