The Night We Met escrita por Morena


Capítulo 5
Simple As This


Notas iniciais do capítulo

aaaa ta ai o novo capitulo pessoal, é um meio termo antes do proximo hothot, um pouco de passado da Lou com o Stephen pra vcs terem uma noção maior de como ele é
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Eu lembro do dia em que eu tive minha primeira vez com Stephen. Eu tinha quinze anos e tinha ido acampar com alguns amigos dele pelo fim de semana no bosque da cidade ao lado, perto do rio. Nós iriamos dividir a barraca, já que aquele ponto quase todo mundo achava que nós já havíamos feito, mas até então nosso relacionamento não havia passado de carícias ousadas no cinema. Eu tinha muito medo. Medo que doesse muito, que algo desse errado e eu engravidasse, medo de tanta coisa, até mesmo de sangrar até morrer.

Stephen como bom homem, me pressionava constantemente, por isso eu sabia que aquela primeira noite eu teria que estar pronta para o que viria. Era praticamente uma viagem de casais, já que quase todos os meninos levaram namoradas, que eram meninas da escola com quem eu não tinha muito contato, mas eram sempre simpáticas e me tratavam com muito respeito quando nos encontrávamos. Eu estava sozinha sentada ao lado do fogo, era uma noite quente, mas mesmo assim eu não conseguia evitar ficar hipnotizada pelas chamas, concentrada em meus próprios pensamentos, quando elas voltam com toalhas na cabeça e nos ombros.

— Louize, você precisa ir para a beira do rio, é a unica coisa que salva essa mata cheia de mosquitos – Disse Vanessa, uma menina alta de cabelos crespos, agora úmidos pela água. Ela, assim como as outras reclamava desde que chegamos sobre os animais do bosque, principalmente dos mosquitos. Quem convida pessoas assim a um acampamento?

— Obrigada pela dica. – Elas entram em suas respectivas barracas, enquanto os meninos ainda estavam pela mata procurando por mais galhos para acender mais a fogueira.

Fico cansada de não fazer nada, então decido seguir o conselho das meninas, pegando uma toalha e me enfiando entre as árvores em direção ao rio.

A luz da lua era a única iluminação da água, mas meus olhos rapidamente se acostumaram. Eu não havia levado biquíni, então entro com minhas roupas intimas, deixando minha calça e blusa em um galho. Entrei aos poucos, me acostumando com a temperatura, até enfim mergulhar e tentar relaxar em meio a toda a tensão que aquela noite trazia. Fechei os olhos e me concentrei no barulho dos bichos na natureza, que eu achava divino.

Sinto dedos firmes me pegarem pela cintura e o terror toma todo meu corpo, me deixando tensa. Começo a gritar e nadar desesperadamente para longe, mas as mãos me seguram mais forte e tapam minha boca. Me viro em sua direção e percebo que era o idiota do Stephen provavelmente querendo me dar um ataque no coração.

— O que você pensa que está fazendo seu maluco? – Disse irritada, batendo no braço dele e espirrando água pra todo lado no processo. Ele ri de leve, franzindo os olhos de um jeito fofo, ainda agarrado em minha cintura.

— Você que é maluca nadando no meio da noite nesse rio. Um crocodilo poderia ter te comido! – Ele diz com uma falsa preocupação.

— Não existem crocodílios nesse rio. Além do mais, você também está nadando aqui. – Uso minha voz presunçosa que eu sei que ele odeia, só para vê-lo revirar os olhos e se aproximar mais, disfarçando um sorriso travesso.

— Eu vim resgatar minha namorada. Como eu viveria sem esse seu rostinho lindo e esses olhos tão azuis? – Ele fala baixinho, perto da minha boca, acariciando meu rosto.

Me dou conta da nossa proximidade e do fato de que só meu sutiã separava minha pele da dele, já que ele também estava sem camisa. Tinha medo de saber o que mais ele tinha tirado.

A luz da lua acariciava a pele alva de seus ombros, fazendo de seu rosto apenas uma sombra se aproximando cada vez mais. Seus cabelos negros eram uma penumbra molhada, brilhante e sedosa. Tentava me concentrar neles para não pensar na mão dele tocando minha lombar, passando tempo demais no cós da minha calcinha.

— Eu sou uma idiota por me derreter com essas piadinhas suas não é? – Digo quase num desabafo, suspirando em seguida. Ele ri como quem diz “ai tolinha” e agarra meu rosto com as duas mãos.

— Você é uma idiota por achar que é uma piada. Sou completamente sincero quando digo que não vivo sem você. – Nenhum animal na volta ou até o barulho da água se movimentando foram capazes de se sobreporem aquelas palavras quase mudas que ele me dizia.

Olhando esse momento agora, aprendi com essa lembrança que você não pode acreditar em nada que um homem te fale se as calças dele não estão postas.

Com essa frase super clichê e mentirosa, Stephen conseguiu que eu esquecesse meus medos e entregasse meu bem mais precioso no meio do barro, na beira do rio de um bosque, com os amigos dele a dez metros de distância. Mas mesmo assim, eu demorei um ano e meio até transar com ele. Agora aqui estava eu, deitada no sofá da minha casa, nua com um cara que eu conhecia a menos de 24 horas e só sabia o apelido.

Rick, suado e ofegante me olhava com um misto de felicidade e cansaço, com uma almofada sobre o membro. Nesse instante, mais do que nunca, me tornei consciente do que estava fazendo. Eu seria capaz de transar com ele? Querer eu sabia que queria, mas a culpa de que fazer isso seria trair Stephen me atacou rapidamente. Mesmo sabendo que eu não fazia nada de errado estando ali, me tornei constrangida de minha nudez e falta de senso, me sentia irresponsável por ter feito o que acabei de fazer.

— Você vive aqui sozinha? – Ele pergunta baixo, se sentando melhor no sofá, para ficar mais próximo de mim. Visto sua camisa que estava no chão ao meu lado e encaro seus cabelos ruivos escuros bagunçados e tento me lembrar se fui eu que fiz isso.

— Vivo com minha mãe. Meu irmão vem aqui de vez em quando, ele mora em Nebraska com a namorada. – Reviro os olhos, odeio a Karen.

— E seu pai? – Essa era uma pergunta difícil. Respirei fundo e me ajeitei melhor em meu acento.

— Ele morreu a três anos de acidente de carro. O luto agiu de formas diferentes em cada um de nós, acho. Meu irmão foi o mais longe possível, minha mãe virou uma viciada em trabalho e eu...bem, eu namorei um babaca. – Dou de ombros. Eu sempre soube que tinha me deixado aproximar de Stephen por causa da minha carência, mas aceitar e fazer algo a respeito são duas coisas bem diferentes.

Rick riu de leve com a menção do meu ex-namorado.

— E foi por causa desse namorado que você estava no Joe’s ontem?

— EX- namorado. – Dou enfase. – E sim, ele estava me traindo em uma festa idiota da escola. – Faço uma cara de nojo, era estranho falar sobre isso.

— Festa da escola, nossa. Até eu ver você hoje de uniforme não havia me dado conta de que eu poderia ser um pedófilo por estar com você . – Ele parecia levemente preocupado, parecia ser algo que ele queria perguntar, mas não sabia como. Dou uma gargalhada com sua sinceridade. Achei que era a unica com preocupações a respeito da idade.

— Eu tenho 18 anos, se é o que você quer saber. Velha o suficiente para ser independente e responsável por minhas ações, mas nova demais para beber. – Ele solta um suspiro aliviado e ri.

— Dez anos de diferença, uau. Não parece tanto assim quando te vejo desse jeito. – Ele me olha sedutor. Parece que o que quer que estivesse acontecendo em baixo daquela almofada, ia começar a surtir efeito.

Penso de novo sobre querer ou não transar com ele, e me lembro do que acabei de dizer. Eu sou responsável por minhas ações. Eu sentia constantemente que ainda era uma criança com medo de tomar bronca da mãe por fazer algo errado. Sentada naquele sofá com um homem mais velho e maduro me fez sentir adulta e consciente do que eu queria.

E eu queria Rick. Agora.

 


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Notas finais do capítulo

vcs fantasmas, comentem oq tão achando pessoal
VAI NÃO SE ESCONDE VEM PRO SAPABONDE
se tiver comentários eu domingo o próximo
falem ai oq vcs tão achando da Lou e esse namoro que ela teve, como vcs acham que ela vai resolver tudo isso?



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