The Night We Met escrita por Morena


Capítulo 1
Noite


Notas iniciais do capítulo

EAI PESSOAL BELEZA? espero mesmo que gostem, me avisem o que acham da história, deem dicas mandem amor, essas coisas.
Fiquem ai com o primeiro capitulo
#pas



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1 - noite

Mãos e corpos por todo lado, enquanto a fumaça tapava qualquer sinal de uma saída daquele inferno. Empurro todo mundo perto o suficiente, até respirar o ar limpo daquela noite fria. Olho pra trás por um segundo, vendo rapidamente a porta grande escancarada da casa onde a festa acontecia, a dois passos de mim, as pessoas ocupando cada metro cúbico do lugar, rebolavam embriagadas ao som da música tão alta, que eu sentia dentro do meu peito a batida.

Suspiro outra vez, como quem sente o ar nos pulmões depois de muito tempo de baixo d’água, mas ainda assim, sentia que estava me afogando.

E a agonia e desespero bateram tão forte que tive que me sustentar em um pilar para evitar cair, mas isso não parou as lágrimas que desciam rapidamente pelo meu rosto. Um soluço vindo do fundo da minha garganta me assustou, me dei conta que as pessoas perdidas me olhavam com dúvida e certa preocupação. Típico de Louize chorar em uma festa.

Andei rapidamente até a calçada, tentando controlar minha respiração e parar as malditas lágrimas que não param de escorrer.

— Argh – Exclamo com a voz embreagada esfregando meu rosto com raiva, tentando secá-lo.

Continuo caminhando na escuridão da noite, sem saber nem onde estou indo, só querendo estar tão longe daquele lugar que eu esqueça aquela noite.

Que eu esqueça dele, e o que ele fez.

Meu namorado idiota desde o secundário e Melannie Jensen no armário das vassouras. Nus.

Ninguém precisou me explicar ou me dar uma aula do que acontecia, ou se repetia, não sei. Grito de raiva tão alto que um cachorro da vizinhança começou a latir, ando mais rápido. Que Deus me perdoe mas tenho certeza que ele me traía com ela a muito tempo, deve ter feito com a escola inteira. Quem pega uma consegue pegar mil. E aquele filho da puta tem lábia, nossa, só de pensar em tudo que eu fiz pelo amor e atenção dele, me sinto tão humilhada, tão suja.

Quando eu o conheci, no primeiro ano, Stephen era o tipo de menino que eu queria bem longe. Ele tinha escrito na testa “conquistador” e comprovou sua fama depois de me perseguir por um mês e meio até eu aceitar sair com ele, e quando percebi, me vi completamente louca pelo garoto de olhos profundos.

Tão apaixonada que me tornei cega e surda para todos os sinais e tudo que me falavam dele, todos os avisos e as pistas de que eu não o conhecia de verdade, vieram por fim a tona nessa maldita festa. Meu perfeito namorado sumiu no meio da noite por mais de uma hora, até que eu por fim fui procurá-lo.

Um arrepio passa por meu corpo e acabo de me dar conta que está muito frio, o oxigênio sai de mim como vapor. Me sinto uma chaleira, transbordando por dentro.

De todas as casas adormecidas daquela rua, apenas um lugar mantinha as luzes acesas, era um estabelecimento chamado ”Joe’s Pub”. Ótimo, um bar, era tudo que eu precisava agora.

Mesmo que eu não quisesse beber, aquele era o único lugar perto que eu poderia ir naquela hora da madrugada, já que minha carona pra casa estava ocupada trocando fluídos corporais com outra garota.

Além disso, eu não fazia ideia de onde estava, nunca tinha ido aquele bairro e meu celular estava sem bateria a horas.

Entro no lugar quase vazio e pouco iluminado, algumas mesas estavam ocupadas ao fundo e alguns bêbados se arriscavam a jogar dardos logo ao lado. Decidi ficar longe daqueles caras, me dirigindo ao balcão.

Completamente ciente de meus 18 anos e minha cara de bebê, olho para o barman com meu olhar mais seguro.

— Me vê uma vodca com coca, por favor. – O homem careca e cansado me olhou de cima a baixo, desde meus saltos extra altos, minha meia arrastão, minha saia curta demais e minha blusa frente única. Tinha uma grande chance de ele achar que eu sou uma prostituta, admito, mas ele só ficou ainda mais cansado e se virou de costas pra mim, voltando com um copo longo com uma bebida escura e um canudo.

Me senti muito orgulhosa por ter passado por uma adulta, e bebi meu drinque como recompensa. Mas para minha completa surpresa – talvez não tão grande assim -, era apenas coca-cola.

— Ei, não foi isso que eu pedi moço! – Digo indignada ao homem.

— Talvez daqui a uns cinco anos eu complete essa bebida pra você garotinha.- Cinco anos?? Quão nova ele achava que eu era??

— Põe um pouco de álcool pra garota Joe, ela tem cara de quem precisa. – Disse um homem (que eu nem vi sentar ao meu lado), com um ar de intimidade para o barman, que revirou os olhos e ajeitou um pano sujo no ombro.

— Tudo bem, mas é a sua conta em risco Rick. – O homem ao meu lado piscou cúmplice, enquanto nós dois observávamos o careca servir uma quantidade boa de vodca no meu copo, agora quase transbordando.

— ...Obrigada. – Disse um pouco envergonhada, ele sorriu galante, um sorriso confiante e perfeito, combinando com o resto do rosto. Os cabelos penteados selvagemente para trás, formando um topete ruivo escuro que eu sentia vontade de tocar, os olhos pequenos e negros repletos de sardas quase invisíveis e a boca muito rosada, o único defeito dele era uma cicatriz na sobrancelha esquerda, que chegava quase ao olho.

— De nada..

— Lou. – Completei me encolhendo. Odiava meu nome, por isso sempre me apresentava com a abreviação. – Rick, não é? – Lembro, bebendo a bebida forte que meu refrigerante havia se tornado.

— Isso, prazer. – Estende a mão, que seguro com a minha, para senti-la ser beijada logo depois. Meu rosto fica quente e digo pra mim mesma que é o álcool. Ele ri da minha cara, devolvendo-me a mão. Eu sabia que ele era mais velho, parecia estar quase na casa dos trinta, mas ele estava me dando atenção e eu realmente precisava me sentir atraente no momento, mesmo que por um segundo, depois dos chifres enormes que entornaram minha cabeça.

— Nunca te vi por aqui, você é da cidade? – Pergunto, querendo prolongar a conversa. Não sei exatamente por que disse isso, já que eu nunca estive por aqui e nem sabia que bairro era esse, mas ele pareceu gostar do meu interesse, pedindo um whisky para si.

— Nascido e criado, mas estive fora por muito tempo, provavelmente um pouco antes de você andar perdida pelas madrugadas daqui. – Agora eu estou oficialmente vermelha, mas ele, novamente, parece achar engraçado, desviando seu sorriso para o copo a sua frente.

— Eu não costumo fazer isso ok? – Não sei porque sentia que devia me explicar, apesar de ter saído um pouco rude.

— Ei, não precisa se explicar pra mim, acredito em você – Ele levanta as mãos em rendição, o que me faz rir. – Quer me contar o que te trouxe ao Joe’s a essa hora?

— Depois de mais uns dois desses. – Respondo bebendo metade de uma vez da minha bebida. – Mas o que traz você aqui?

— Só... acho que ainda não quero voltar pra casa.- Rick abaixa os olhos, parecendo perdido em pensamentos.

— Pode-se dizer que eu também – Contando com o fato que eu devia dormir na casa do meu namorado essa noite.

— Bom então, vamos evitar nossas casas juntos. – Ele bate seu copo no meu, ambos agora vazios, e pede outra rodada.


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Notas finais do capítulo

E ai? o que acharam? Gostaram do Rick? comentem bastante pra eu saber o que vocês tão pensandoooo



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