Remus sopesa a ideia de fingir um desmaio apenas para não precisar encará-lo enquanto se encontrava no estado deplorável pós-teste (o que sempre fazia com que ele parecesse um mendigo esfarrapado e com grandes e profundas olheiras), mas logo percebeu que ele não era tão covarde (e, bem, ele era um péssimo ator, o que tornavam suas chances de fingir um desmaio de modo convincente bastante pequenas).

Suspirando, ele voltou-se para encarar o garoto e, sim, lá estava ele: The Cute Guy em toda sua beleza e olhos acinzentados e cabelos compridos e escuros e sorrisos maliciosos.

Remus quis morrer. Ou beijá-lo.

Ambas opções eram bastante irresistíveis.

— Oi. — Ele cumprimentou, a voz soando um pouco mais aguda do que teria gostado, mas era melhor do que nada.

— E aí? — Sirius sorriu para ele e então indicou uma das mesas vagas próximas do carrinho de Frank. — Senta comigo?

Remus precisou de toda a força para não deixar escapar algo ridículo como “deito, sento, corro, faço qualquer coisa com você, querido”, porque, bem, ele não estava tão desesperado (ele estava, mas ninguém precisava saber).

— Claro. — Disse e o acompanhou, sentando-se em frente ao garoto que, por muito tempo, parecera um sonho distante.