O nadador e o assistente escrita por phmmoura


Capítulo 32
Capítulo 32




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/744572/chapter/32

— B-bem vindo de volta, Nelson. — Cris bocejou e cumprimentou o nadador quando ele abriu a porta do quarto.

O assistente ainda estava com uma cara de sono, mas mostrou um grande sorriso ao ver Nelson.

— O-oi, Cris… — Pensei que conseguiria falar com ele normalmente, mas só consigo pensar no que ele fez comigo hoje de manhã… Como falo com ele depois daquilo?

— Bom di… como você… oi…

— Oi de novo… — Cris riu e seu sorriso aumentou enquanto esfregava os olhos. — Sabe, você tem uma fixação por bananas, né?

Nelson percebeu que ainda segurava uma banana não comida do café da manhã. Ele corou e pressionou os lábios.

— Eu… Eu… trouxe pra você — disse no instante em que pensou na desculpa, jogou a fruta para o assistente. Não tem como ele tirar sarro disso, tem?

— Claro, claro — disse Cris, pegando ela no meio do ar. — Valeu, mas agora eu acho que você gosta de me dar umas bananas.

Nelson tentou tampar seu sorriso com a mão enquanto observava o assistente comer a fruta. Ei, Cris, você precisa mesmo comer uma banana devagar enquanto me encara? E não precisa comer desse jeito erótico! Eu nunca vi alguém lamber uma banana antes de comer!

Era o que ele queria dizer. Mas ficou quieto. Apesar do que pensava, o nadador continuou observando. Droga… Não consigo parar de olhar…

— O que foi, Nelson? — perguntou Cris com a voz inocente falsa.

— O que…? Digo, nada…

— Você parece meio vermelho… Não está ficando doente, né? — A voz estava cheia de preocupação.

O assistente saiu da cama e se aproximou do nadador enquanto colocava uma mão na testa de Nelson.

O nadador engoliu em seco e desviou o olhar. Não precisa chegar tão perto para medir minha temperatura, precisa? As maçãs do rosto de Nelson ficaram um pouco vermelhas enquanto seu coração batia mais alto.

Perto… estamos tão perto… Não é a primeira vez, e nem chega perto do que a gente já fez, mas depois de tudo… Não consigo olhar ele nos olhos sem meu coração explodir… Realmente me apaixonei por ele…

Após o que pareceu ser um longo tempo, Cris tirou a mão. Ele pressionou um dedo contra os lábios e cantarolou.

— Não parece mais quente… O que estaria te deixando vermelho…

Como se você não soubesse, pensou Nelson, ainda evitando contato visual. E pare de usar essa vozinha fofa e inocente, é pura falsidade! Você sabe que eu não resisto!

Nelson roubou um olhar para Cris. Seus olhares se encontraram por um instante. O nadador sentiu seu coração bater mais rápido. Ele continuou olhando por um instante, então seu olhar baixou até os lábios do assistente. Aqueles belos e pequenos lábios que poderiam mostrar o mais fofo dos sorrisos ou soltar o comentário mais pervertido possível.

Quero beijar ele…

Antes que pudesse parar, o nadador já estava se inclinando devagar.

Cris notou. A alegria em seu rosto se transformou em surpresa, depois em vergonha. Mas ele não se afastou. O assistente fechou os olhos e se inclinou para frente.

Nelson fechou os olhos também. Então os lábios dos dois se encontraram.

No começo, foi um beijo leve. O primeiro de um casal.

Não acredito que estou beijando o Cris, pensou Nelson, explodindo de felicidade por dentro. Ele queria gritar para o mundo todo o quão feliz estava. Mas, ao mesmo tempo, jamais queria separar seus lábios dos de seu fofo assistente.

Antes que percebesse, ele envolveu Cris com as mãos. Uma nas costas do assistente e a outra na nuca, beijando o homem com uma fração de toda a paixão ardendo dentro de si.

Cris deixou a casca de banana cair no chão e retribuiu o abraço de Nelson. Ele agarrou o cabelo do atleta apaixonadamente.

Cego pela excitação, o nadador levou o assistente até a cama. Sem desgrudar os lábios, ele empurrou o outro homem contra o colchão. Estava sobre Cris, mas no instante seguinte, o assistente era quem estava por cima.

Nelson puxou o outro homem para mais perto. Ele nunca queira soltar o Cris. Não tinha nada mais em sua mente, exceto o Cris. Não tinha natação. Não tinha piscina. Não tinha competição. Não tinha medalha. De bronze, prata ou ouro.

Só havia o assistente por quem se apaixonara. Sou um idiota por não ter me apaixonado por ele antes! Perdemos tanto tempo que poderíamos ter aproveitado… a gente poderia ter feito tanto… mas não mais! Eu não vou perder mais um único segundo com este homem!

Com uma expressão selvagem, ele tirou a camisa do assistente. Enquanto Nelson via o corpo esbelto, desejou lamber e beijar cada milímetro que seus lábios pudessem alcançar.

A paixão de Nelson o dominou. Ele beijou o pescoço de Cris. Depois foi descendo. Beijou e chupou um mamilo enquanto apertava o outro.

— Ah! — gemeu Cris. Ele tentou conter pressionando os lábios, mas foi tarde demais.

Nelson parou por um segundo para olhar para o rosto do homem que se apaixonara. Aquelas bochechas vermelhas e expressão envergonhada eram além da conta. Ele beijou a barriga de Cris e segurou o assistente por sua fina cintura.

Cris sempre foi bom em esconder suas reações. Mas não conseguia fazê-lo enquanto beijava Nelson. Seu corpo o entregava.

Quando Nelson notou a protuberância pressionada contra si, ele deslizou uma mão para entre as pernas.

Mas antes que chegasse lá, o assistente agarrou seu pulso e sentou sobre o nadador.

Arfando e suando, apesar do quarto gelado, e de rosto vermelho, Cris sorriu.

— Espera… Não podemos…

Nelson sentiu o coração doer. Seu próprio membro ficou menos duro com aquilo.

— Não…?

— Não faça essa cara… Não podemos agora… — O assistente mostrou um sorriso amarelo. — Acredite. Quero você mais do que qualquer coisa. Estive esperando muito por isso, tanto que só quero trancar a porta e fingir que só temos nós dois no mundo.

Cris se inclinou para beijar Nelson.

O nadador foi recíproco ao ato, e o beijo ficou mais e mais intenso. Mas, então, eles separaram seus lábios.

— Sinto o mesmo — disse Nelson, sorrindo. — A gente perdeu tanto tempo porque eu fui idiota e não notei meus sentimentos antes… Eu só quero ter você pra mim agora…

Cris colocou um dedo nos lábios do nadador.

— Hoje não. Digo, mais tarde. Não está se esquecendo de algo importante hoje?

— Não tem nada mais importante do que você — disse Nelson, puxando Cris para perto, a fim de beijá-lo.

O assistente tocou os lábios gentilmente, mas então, se afastou. Suas maçãs do rosto estavam com uma tonalidade de vermelho.

— Você sabe como deixar um menino com vergonha.

— Aprendi com o melhor — disse Nelson, sorrindo.

Cris riu.

— Você não tem ideia do quão feliz eu fico em ouvir você dizer isso. Mas você tem seu torneio hoje. É importante demais pro seu objetivo, o seu futuro. Se eu impedisse isso… Se ficarmos juntos aqui e agora, isso vai atrapalhar… E não quero ser um estorvo para você…

— Eu não ligo pra isso, eu…

— Você liga. Acredite em mim, sei o quanto você se importa com a natação. E você não é o único. Eu quero vê-lo nadando hoje. Não importa o quanto eu deseje você agora, não quero vê-lo jogando tudo fora…

— Ainda que seja por você? — perguntou Nelson, em voz baixa, com o sangue voltando para o devido local lentamente.

— Sim… ainda que seja por mim. Se fosse por qualquer outra pessoa, eu estaria nem aí. Mas eu estive ao seu lado por tanto tempo. Estive me esforçando com você e me sentiria culpado se arruinasse tudo por minha causa…

Nelson arregalou os olhos quando se lembrou.

— Eu jamais te culparia… você sabe disso, não sabe? Eu não sou que nem o nadador que você trabalhou antes.

— Você não precisa me dizer o que eu já sei. — Cris beijou-o levemente e sorriu. — Estou começando a imaginar que você acha eu te amo por você pela sua cara.

— Não foi? — Nelson mostrou um sorriso. Mas logo ele sumiu, seu rosto corou. — Espera, você me ama?

Cris ficou com um tom alarmante de vermelho e olhou para baixo.

— Você não percebeu? Eu sabia que era lento, mas isso é exagero — murmurou ele.

O assistente respirou fundo e olhou nos olhos do nadador.

— Eu te amo — disse, pronunciando cada palavra.

Então, ele deitou em cima de Nelson, envolveu seus braços no atleta e enterrou o rosto no peito para esconder suas maçãs do rosto vermelhas.

Nelson colocou os braços em volta do corpo esbelto e abraçou o mais apertado que podia.

— Que tal celebrarmos sua vitória só nós dois depois da competição? — sugeriu o assistente em voz baixa após um tempo. — Podemos até passar o resto do dia aqui.

— Parece perfeito — disse Nelson, sorrindo do fundo do coração.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "O nadador e o assistente" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.