Friday the 13th - Part II escrita por Sensei Oji Mestre Nyah Fanfic


Capítulo 7
A Máscara de Hóquei


Notas iniciais do capítulo

Até que enfim o capítulo divisor de águas. Quando o assassino de Sexta-Feira 13 usa a sua icônica máscara.

Pra mim é o melhor capítulo da fanfic e das duas fanfics até agora. Acho que eu coloquei bastante terror aqui heueheuehe

Boa Leitura.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/744506/chapter/7

No capítulo anterior...

Crazy Ralph e Trish Jarvis tiveram um embate em Crystal Lake.

— Escute aqui, sua vagabundinha, eu não posso permiti-los que continuem nessa depravação. Jason foi para o outro lado do lago para matar todos.

— Jason Voorhees?

— Isso! Eu sou como um pai para aquele garoto. Fui eu quem o salvei de se afogar no lago. Estava pescando quando vi o garoto afundar. Mergulhei, salvei e o criei como se fosse o meu filho. Pamela não... não sabia. Ela me odiava. Ainda amava o infiel do Elias, sim amava.

— Do que o senhor está falando?

— Cala a boca! Ainda não terminei. Eu era apaixonado pela mãe do Jason, mas ela só tinha olhos para Elias Voorhees. Naquela época, o desgraçado a traía com Martha Kimble e teve uma filha com ela. Foi o fim para a minha amada. Teve que criar o garoto sozinha e teve que vê-lo se afogar no lago. Por isso ela matou vários monitores.

— Meu Deus. Ela matava inocentes pensando que o filho morrera. O senhor não contou a ela que ele estava vivo?

Ralph tentou de tudo para matá-la, mas acabou morrendo por Christian Dawson com um tiro na cabeça. Agora restou apenas um assassino e o pior de todos.

 

Tracy Jarvis lia um livro no seu quarto quando lembrou de falar com o seu filho. Foi ao quarto do menino, mas ele não estava lá. A princípio estranhou, mas presumiu que ele estivesse brincando fora. Foi chamar Trish, porém esta também não estava. Nenhum deles estava na casa.

Um trovão bem forte estrondou tudo. A chuva começou a cair intensamente.

Tracy tentou ligar a luz do quarto, mas a energia havia sido cortada ou caído. O andar de baixo estava completamente no escuro, principalmente agora que chovia. Desceu as escadas com uma lanterna até a sala. Saiu e foi ver o registro de energia que ficava numa casinha de depósito ao lado da casa. Viu algo vermelho no chão.

— Mas o que é isso — ela se agachou e percebeu um líquido vermelho misturado com a água da chuva.

Um rastro indicava até a casinha. Caminhou bem devagar, abriu a porta e puxou a cordinha da lâmpada. O registro fora destruído. Um rastro de sangue molhou suas botas. Atrás de uns entulhos, o corpo esfaqueado da empregada dos Lovecraft. Tracy ficou apavorada e tentou correr para dentro de casa. Viu pegadas que davam para dentro da sua casa. Voltou ao depósito, pegou uma caixa no alto da estante, tirou um pequeno revólver com munição e saiu. A tensão era grande. Decidiu entrar em sua casa e, se possível, atirar no intruso.

Dentro as marcas de pegadas com terra molhada. Alguém entrou assim que ela saiu ou fez isso antes? Não queria pensar, não queria acreditar que um maníaco estaria lá na sua casa. Jamais isso ocorrera.

Andou vagarosamente pela sala escura. A luz do relâmpago iluminou todo o ambiente. Passou pela cozinha e as salas do andar térreo; foi verificar a parte de cima. Cada degrau que subia era a dúvida aumentando em sua mente: será que o assassino estará lá? O rangido da madeira, a chuva caindo,  a escuridão ali dentro e a dúvida faziam com que uma atmosfera aterrorizante passasse pela cabeça dela.

Entrou no quarto de Tommy, no de Trish, no dela e no de hóspede. Respirou aliviada. Escutou, porém, um barulho vindo do banheiro. Foi verificar... olhou atrás da cortina do chuveiro, mas nada.

Foi imediatamente ligar para a polícia, mas a linha do telefone estava muda. Alguém havia cortado também.

Ficou perto da janela, com as costas escoradas no vidro enquanto tentava mais outra vez ligar. Uma pessoa com um saco de pano apreceu do outro lado, ou seja, fora da casa observando-a.

Tommy conseguiu sair daquele minúsculo cômodo. Caminhou pela sala, escura, até ver alguém deitado no chão e perto do sofá. Um relâmpago iluminou a casa fazendo com que o garoto visse um sujeito estranho passar pela janela. Imediatamente foi se esconder debaixo da mesa da cozinha. O sujeito abriu a porta facilmente, pois a empregada não trancara.

Ele viu um homem caipira, alto e bem forte, vestia uma jaqueta marrom bem desgastada, calça jeans bem suja de sangue e uma camisa preta por baixo, além de um saco de pano na cabeça. A roupa em si estava suja de terra e sangue. O homem puxou um facão e caminhou pela casa. O menino ficou bem quietinho no seu canto.

Kara havia pego as cervejas minutos antes. Deu vontade dela ir ao banheiro antes de voltar ao quarto. Ela foi ao banheiro da parte de baixo.

John se levantou da cama e foi ao banheiro ao lado. Fez xixi e retornou ao quarto. Viu marca de água no chão, mas não se preocupou e voltou a se deitar.

— Eu sou um homem de sorte. Um ex-virgem. Agora aqueles idiotas da faculdade não vão mais poder me zoar. Nunca mais caio num trote daqueles imbecis.

Encostou a cabeça no travesseiro e ficou olhando para o teto. Escutou uma respiração pesada como se fosse embaixo da cama. Uma mão apareceu debaixo da cama e tampou a sua boca. Um facão atravessou seu peito de baixo para cima. Jatos de sangue pelo quarto.

Tommy conseguiu sair da casa são e salvo. Depois do que viu ali dentro, não queria mais voltar tão cedo. Ouviu um grito de mulher e logo foi se esconder embaixo da kombi.

Kara viu John banhado em sangue sobre a cama. Ela gritou alto, bem alto e saiu correndo. O homem apareceu por trás dela e a agarrou. A moça se debatia para que o assassinou a soltasse. Num certo momento ela empurrou o intruso pela escada e ambos rolaram degraus abaixo. O saco de pano saiu da cabeça dele e foi parar num canto qualquer.

— Droga... minha perna...

Ela se levantou e foi mancando para a saída. Tentou chamar ajuda, mas não viu ninguém. Teve a ideia de entrar na kombi e sair dirigindo. Pegou a chave no porta-luvas e tentou dar a partida. Olhou para o lado e viu o assassino na porta.

— Ah meu Deus! Você é um monstro! Não! Socorro! Alguém me ajude!

Tommy escutava tudo embaixo do carro. Viu o homem arrastar a mulher para dentro da casa. Ele tinha uma força absurda, pois ela se debatia incansavelmente. Engoliu em seco, suava frio mesmo fazendo frio e chovendo. Respirou fundo e tentou sair dali.

— Merda.

Viu a porta abrir. Voltou para debaixo do carro, mas deixou a sua máscara de hóquei cair.

O assassino se aproximou bem perto onde Tommy estava. A chuva molhava o maníaco, fazendo com que o sangue na roupa dele fosse para a terra molhada e escorresse até onde a criança se escondia. Percebeu a máscara bem aos seus pés. Tommy viu quando o homem apanhou o objeto, ficou analisando e pôs em seu rosto. A máscara encaixou perfeitamente na cabeça deformada dele.

Jason viu-se no reflexo no pára-brisa do carro. Com certeza aquela máscara lhe caiu melhor que o saco. Pegou o facão e foi embora. Tommy ficou em estado de choque mesmo após o serial killer ir embora.

...

O trio que resolveu sair para Forest Green ficou atolado na estrada de terra. Debbie tentou fazer o carro sair do atoleiro, mas não teve sucesso.

— A gente está preso? Não acredito nisso, amiga.

— Sabia que essa ideia de irmos para o outro lado era uma estupidez — resmungou Liam. — Agora que está chovendo e anoitecendo as coisas estão piores.

— Os dois podem calar a boca? Se o papai tivesse voltado com o barco seria até mais fácil. E ainda tu queria vir com aquela kombi pobretona. Já pensou? Pelo menos aqui é um carro de gente rica hahaha.

— Amiga, você está bêbada demais. Já não fala coisa com coisa — reclamou Chantal.

Debbie fez pouco caso das reclamações dos amigos. Os dois vestiram suas capas de chuva e saíram do veículo.

— Aonde vão?

— Voltar pra sua casa. Ou pedir uma carona para a cidade, sei lá. Vamos, Liam. Não vamos ficar aqui para sermos insultados por uma menina rica e mimada.

— Seus idiotas. Estamos longe da estrada e longe da minha casa. O acampamento está lá logo mais à frente. Vão se perder se forem para esse lado.

Liam e Chantal pararam por um momento e pegaram o caminho para Crystal Lake. Debbie tamborilou os dedos no volante, aguardando que os amigos se arrependessem e voltassem ao carro.

— Bando de pobretões de classe média. Vou ficar aqui mesmo e não saio. Quero só ver quantos minutos vão aguentar nessa chuva.

...

Tommy se tremia de frio e de medo. Queria sair daquela situação o mais rápido possível. Aguardou alguns minuto, para ter a certeza que o assassino fora embora, e saiu debaixo do carro. Olhou para os lados como se sentisse que alguém o observava. Claro que estava em choque e não era para menos.

— Wolf. Garoto, onde você tava?

O cachorro latia ininterruptamente. Praticamente levou o garoto de volta para casa. Jarvis foi ver se a sua mãe estava bem.

— Mamãe? — ele viu o chão sujo de terra. Percebeu uma das janelas da sala quebrada. Tentou entender tudo aquilo.

Wolf chegou até uma porta que dava ao porão da casa. O garoto abriu e desceu as escadas. Sua surpresa foi grande ao ver Tracy morta com o pescoço cortado profundamente.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Friday the 13th - Part II" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.