Friday the 13th - Part II escrita por Sensei Oji Mestre Nyah Fanfic


Capítulo 4
Vingança




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Sexta-Feira, 13 de abril de 1984

Tommy acordou no meio da noite por causa de um pesadelo que teve acerca de alguém o perseguindo com a sua máscara de hóquei. O menino saiu do seu quarto e foi ao andar de baixo, na cozinha, pegar um copo de leite. Fez o que tinha de fazer. Viu Christian sentado no sofá da sala fazendo algo estranho.

Tommy se aproximou vagarosamente, viu o hóspede limpando um revólver com uma flanela. O garoto se assustou, a princípio, pois pensou que Dawson fosse apenas um mochileiro.

Horas depois...

Tracy colocou o café na mesa por volta das seis da manhã. Depois de ter caminhado, a mulher acordou os filhos. Sempre era assim.

— Alguém viu o Chris?

— Não — respondeu o garoto secamente.

— Ele agradeceu a hospitalidade, mas preferiu ir embora. Tentei convencê-lo a ficar, mas parecia apressado — respondeu Tracy.

— Talvez tenha sido melhor assim — disparou o menino.

Tracy se ausentou da cozinha deixando os filhos sozinhos.Trish perguntou ao irmão o porquê dessa arrogância com o ex-hóspede. Ele explicou sobre a arma.

— Não pode ser.

— Eu vi. Não acreditei quando vi, mas vi. Não fala pra mamãe.

Trish ficou impactada com a notícia. Pensou que Chris fosse apenas um estudante ou algo assim. Portar uma arma de fogo, não era nada inocente.

Floresta de Lakeville

Christian caminhou pela floresta, passando por um riacho e um pântano. Armou a barraca perto de uma ravina e ficou sentado num tronco enquanto descascava uma laranja.

Uma foto com a sua irmã o deixou extremamente triste. Ainda era um adolescente quando soube que a irmã mais velha, Sarah Dawson, morrera assassinada em casa. Por anos investigando e soube acerca de Pamela Voorhees que havia morrido no fatídico dia do massacre. Mais algumas investigações e chegou a um nome: Jason Voorhees. Chegou a vê-lo no verão do ano passado, porém não teve coragem de chegar perto. O caipira era muito deformado e só de olhar para ele, dava náuseas.

O desejo de vingança. Durante anos quis matar o suposto assassino de Sarah. Estava na hora de fazer isso.

— Está na hora de fazer isso — ele mirava com o seu revólver.

...

Um carro parou em frente à casa vizinha dos Jarvis. Um homem de meia-idade saiu dele e entrou na casa.

— Papi!

— Filha. Então esses são os seus amigos?

— Sim. Estamos registrando um documentário sobre Crystal Lake... Não faz essa cara. O senhor comprou o terreno?

— O que você acha? — ele mostrou o documento da escritura. — Agora faremos um bom negócio naquele lugar.

— Ah papai! Estou tão feliz! — disse abraçando-o.

Donald Lovecraft pediu licença aos universitários e subiu ao seu quarto. Debbie ficou eufórica.

— Vamos recomeçar o documentário.

— Aí, não vou voltar para aquele lugar. Depois do susto que me deu...

— John é um cagão mesmo. Chantal e eu iremos contigo. Afinal, faz parte do trabalho da faculdade — disse Liam.

Os três saíram para a cidade. Debbie achou a kombi do colega uma porcaria, mas resolveu pegar a carona. John e Gary ficaram na casa.

Trish e Tommy passeavam com o cachorro por uma trilha na floresta quando viu Crazy Ralph passar ao longe com mais alguém. Os dois ficaram escondidos até eles passarem. A moça, ao ver Jason, teve uma crise de pânico.

— Que foi? Parece que está passando mal.

— Não é nada. Já passou.

Christian apareceu por trás dos dois. Estes se assustaram com a presença do rapaz.

— O que faz com um revólver? — perguntou ela.

— Calma. Não vou machucá-los. Isso é uma precaução. Digamos que sou um caçador. O que fazem aqui?

— Meu irmão e eu estamos passeando com o Wolf. Esta trilha é costumeira para nós.

— Por que você fugiu de casa? - disparou Tommy.

— Eu não fugi, pois avisei à sua mãe. A verdade é que vim acampar, portanto melhor, pra mim, armar uma barraca e dormir entre as árvores.

Trish não parava de olhar para o caminho que Crazy Ralph passara. Naquela direção havia o lago.

— Tudo bem contigo?

— Tudo. Vamos, Tommy. Até mais.

Christian viu Trish e Tommy irem embora com o cão.

...

O trio foi para a cidade Lakeville a fim de filmar o resto do documentário. Ficaram por um bom tempo pela manhã entrevistando os moradores.

— Segundo alguns moradores, o garotinho que morreu afogado no lago chamava-se Jason Voorhees. Logo a mãe dele viu tudo naquele dia — Debbie explicou as entrevistas enquanto voltava na kombi de Liam. — Sabe o que isso significa?

— Que ela teve outro filho pra compensar o que perdeu? — opinou Chantal.

— Claro que não! Pensem um pouco. A mulher ver o filho morrendo afogado no lago enquanto os monitores não fazem nada. O que ela faz? Se vinga matando-os no ano seguinte. E em todos os anos ela faz de tudo para boicotar a abertura do acampamento. Parece até roteiro de filme de terror.

— Debbie, defitivamente você inventa as coisas — discordou Chantal.

Lakeville - 14:00

Trish não tirou da cabeça o fato de ver aquele homenzarrão andando pela floresta. Era atormentada pela presença dele. Um ser asqueroso que era horrendo tentando persegui-la.

Levantou-se do sofá e saiu de casa. Queria esclarecer algo com o mochileiro misterioso.

Debbie e seus amigos chegaram em casa à tarde. A moça teve duas visitas inesperadas. Duas irmãs gêmeas, que eram amigas da dondoca, apareceram na casa graças ao seu convite.

— Rapazes, estas são Kara e Mara. Elas são minhas amigas de infância. Convidei as duas para a festinha que faremos daqui a pouco.

Kara era a mais liberal e loquaz. Ela achou John bastante atraente e se aproximou dele. O rapaz era bastante tímido. Por outro lado, Mara era recatada demais e o oposto da irmã. Gary tentou de tudo para se aproximar dela.

— E aí, gatinho? Mora onde?

— Eu? Numa outra cidade longe daqui — respondeu John bastante corado.

Debbie fez questão de reunir os amigos para uma festinha em casa. Seu pai pediu para ela não exagerar na sua ausência.

— Vou dar uma olhada em Forest Green com o engenheiro. Divirtam-se.

Donald pegou o seu barco e atravessou o lago onde se encontrou com o engenheiro.

Ao som de clássicos do rock e pop dos anos 80, os universitários se divertiam. Bebidas como cerveja e refrigerante rolaram solta.

— À Crystal Lake! — esbravejou Debbie bebendo cerveja.

...

Trish continuou com dúvidas acerca da motivação de Christian em carregar uma arma de fogo. Ele não se parece um caçador e, se fosse tal, escondeu esse fato. Por que esconder?

Caminhou pela floresta até achar uma ravina perto de um riacho. Viu a tenda amarela armada e adentrou. Vasculhou nas suas coisas até encontrar uma foto dele, criança, ao lado de uma mulher. No verso da fotografia, uma frase. "Ao lado do meu maninho querido".

— O que faz aqui? — Christian apareceu com uma faca na mão. Trish pediu para ele manter a calma. — Não devia invadir a privacidade dos outros. Não fiz isso ontem quando me hospedei na sua casa.

— Fale a verdade. Quem é você? O que veio fazer aqui? Por acaso é irmão desta mulher? Já foi minha professora.

Christian olhou bem para Trish, pediu para ela sentar no tronco ao lado. O rapaz respirou fundo e falou:

— Sou o irmão mais novo da professora Sarah Dawson. Estou aqui para me vingar.

— Vingar de quem?

— Jason Voorhees. Ela estava no dia dos assassinatos há cinco anos. Sobreviveu, mas meses depois fora morta com vários golpes de facadas. Desde então eu tenho me empenhado a caçar o assassino dela. Há um ano eu descobri o seu nome: Jason Voorhees.

Trish negou veementemente. Apesar de não saber detalhes da história do lago, ela sabia do nome do menino. Jason supostamente morrera há mais de vinte e cinco anos.

— É Jason mesmo. Alguns moradores me disseram que um velho caipira havia criado o menino. Ano passado eu tentei matá-lo, mas seu rosto era incrivelmente deformado. Não tive coragem sequer de me aproximar.

— Meu Deus. Eu já o vi antes.

— Como?

— Uma noite eu discuti com meus pais e saí à floresta como forma de puni-los. Fiquei escondida numa árvore, quando um homem passou perto de mim e tentou me sequestrar. Eu vi o seu rosto horrível e deformado. Corri o máximo que pude e nunca mais o vi. Será que é o mesmo?

— Não sei. Ele está por aí, e vou pegá-lo.

Christian tinha determinação.


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Notas finais do capítulo

Será que Christian vai conseguir se vingar da morte da irmã?



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