Sento-me e reflito sobre a situação atual; você realmente quer que nos casemos. O quão surpresa eu poderia me encontrar agora em que reflito sobre o pedido com calma?

Sinto que todas as palavras que escrevi foram, de fato, úteis. Sinto que todos os momentos em que insisti foram devidamente escutados e ponderados. Sinto que as coisas finalmente estão se encaixando, como deveriam ter acontecido há anos — quantas vezes preciso te dizer, Remus, que se não dependesse dessa sua cabeça dura já estaríamos juntos há tempos?

De qualquer forma, acho que nunca me encontrei tão feliz como agora. Era como se todo o sufoco que passei, todas as noites mal dormidas, todas as preocupações e inseguranças tivessem finalmente valido a pena.

É claro que você ainda tem receio de me tocar, de me beijar e de ficar perto de mim, principalmente quando a lua-cheia se aproxima — é como se você possuísse uma praga da qual fosse transmissível, eu detesto como você lida com isso. Mas esse é um processo do qual estamos superando juntos, com o apoio de todos ao nosso redor — meu pai ainda sopesa sobre o assunto, mas sua proteção não anula a felicidade —, juntos, Remus, é como superamos, certo?