A casa dos Black sempre pareceu ser um lugar de exploração satisfatória, você pode encontrar de livros centenários a um besante, por exemplo. Sem as crianças, entretanto, o lugar é preenchido pelos murmúrios entediantes de Sirius e a frustração de ter que permanecer trancafiado em um único lugar.

Costumo checar Sirius, às vezes. Uma companhia é sempre bem-vinda. Mas já não é a mesma coisa, afinal, você costumava passar os seus dias aqui, com ele. Agora, enquanto está por aí em missões valiosas, não há mais alguém para manter Sirius ocupado.

Eu esquento algo para comermos, dispensando o auxílio do Monstro — ele sabe como me deixar nervosa. E então passamos algum tempo sentados na mesa de jantar, comendo vagarosamente em silêncio. Por parte porque estou com os pensamentos longínquos demais para qualquer tipo de diálogo, e também porque tenho receio que Sirius comece a divagar sobre você, deixando-me ainda mais preocupada e fantasiosa.

Sirius, porém, não gosta de silêncio. Talvez ele não esteja disposto a cair em pensamentos, como eu. Contudo, ele começa a tagarelar sobre seu passado, e isso é tudo que eu tenho de você aqui comigo. Depois, ele se cala. E então voltamos ao marasmo do silêncio.