Amaldiçoei todos os deuses que conhecia, xinguei mentalmente todos os bruxos dos quais eu respeitava; por que você precisava se infiltrar em missões perigosas e quase suicidas? Oh, você está a me excruciar nessa semana, com todos esses atos preocupantes, você precisa tanto se mostrar extremamente útil? Pra quem quer provar que você é corajoso o suficiente?

Droga, Remus, todos sabemos que há coragem dentro de você, todos viram o quão corajoso você é recusando-me por não querer que eu me machuque com sua condição – apesar de eu achar isso burrice, não coragem.

Para quem eu vou escrever agora que você não está sentado na mesa lendo seu jornal? Para quem vou deixar bilhetes contando noites de afago que tivemos?

Eu sei, parece egoísta. Afinal, todos estão arriscando suas vidas agora, e é por um bem maior. Eu entendo isso. Só não gostaria que fosse justamente você quem estivesse lá fora, apenas com auxílio da sua varinha e levando-me em seus pensamentos.

Eu só quero que você chegue seguro em casa, na nossa casa. Talvez eu não esteja aqui, afinal, também tenho missões quase suicidas para concluir. Mas meus bilhetes lhe esperarão, com toda a angustia que há em mim.