Caso Arquivado. escrita por Jeongguk2


Capítulo 7
Capítulo VII — Pessoas mudam.


Notas iniciais do capítulo

Decidi postar mais um capítulo de Caso Arquivado, e eu espero do fundo do coração que gostem! Não sei se haverá mais capítulos ainda esse ano, mas tudo que vier será recebido de bom amor! (?)

Boa leitura.



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Capítulo VII. 

Já havia se passado três semanas desde que Iori pediu uma folga longa para o chefe. É claro, que seus colegas estranharam tal atitude repentina, até porque, Iori era o mais dedicado. 

E hoje, seria o grande dia da volta do Konoka. Todos estavam ansiosos — é claro que todos significa Yumeko, para a volta do homem. Ele fazia uma grande falta com sua inocência exuberante, e seu cheiro doce. 

— Está tão tedioso ficar aqui... Sem Iori-kun não tem graça! — Miyamoto exclamou para si mesma, dando uma mordida na rosquinha que Nara trouxe para si, desde o afastamento de Iori ambos se tornaram grandes amigos, quem sabe, um casal? 

— É. Eu confesso, que mesmo não indo muito com a cara daquele panaca, ele faz uma grande falta. — Nara disse, dando um gole no seu café e se sentando ao lado de Yumeko — O que está escrevendo, minha jornalista preferida? 

— H-Hm, eu estou escrevendo sobre o caso das crianças desaparecidas do orfanato Yamano. Pelo que me contaram, três crianças estão desaparecidas faz algumas semanas. 

— É aquele mesmo orfanato onde ocorreu os estupros e homicídios? 

— Sim. Pelo que vi, esse orfanato está em um fio para ser demolido, mas o diretor está fazendo o máximo para tentar deixa-lo de pé. Parece que é a única coisa que lhe dá dinheiro. — A mulher disse, folheando os papeis a procura de alguma pista ou resposta para escrever no seu jornal. — Eu estou sem ideias do que escrever... Sem Iori é tão irritante ser eu. 

O rosto de Nara ficou um pouco corado, mas não por vergonha, longe disso; era raiva, irritação. Desde que Iori ficou afastado, teve a chance de se aproximar de Yumeko como queria, já que a mesma só ficava ao lado do mesmo. Mas, até mesmo afastado, ele era um incômodo para si! 

— Eu tenho um caso para resolver agora, depois nos falamos. — Inventou uma mentira qualquer e saiu do escritório, suspirando baixo e jogando o café no lixo. 

‘‘Pessoas estranhas...’‘ Yumeko disse para si mesma, voltando sua atenção para o folheto. 

— Miyamoto. Quanto tempo. — Ouviu uma voz rouca, mas reconheceu de longe; era Iori. A ruiva se virou animada para o mesmo, com um grande sorriso no rosto, mas o desfazendo ao ver o homem.

Ele estava diferente. Não era um simples diferente, era totalmente diferente. Seus olhos agora emitiam uma olheira e tinham um delineado preto, seus cabelos estavam bagunçados e arrepiados, dando um contraste sexy na opinião de Yumeko, e suas roupas eram despojadas. Além de que na camisa, emitia um desenho corporal de abdômen, o que não tinha antes — e se tivesse, ela nunca percebeu. 

Aquele realmente era Konoka Iori, o homem que conquistou seu coração com a inocência e delicadeza? 

Quatro e nove, quarta feira de 2009. 

O silêncio na delegacia de fazia presente, desde pequenos murmúrios a respirações ofegantes. Enquanto todos observavam Iori, o mesmo estava desligado do mundo na frente de seu computador, estudando sobre o caso 428. 

Mesmo que ele tivesse sido arquivado, Iori prometeu á si mesmo resolver aquilo. Não era um caso qualquer, não era todo dia que aparecia um ato de canibalismo com mais de dez vítimas na delegacia. 

Já se tornou um incômodo todos o observando, mas ele teria de acostumar. Confessaria uma hora ou outra, que estava gostando de tanta atenção para si.

— Hm... Iori-kun, eu-

— Agente Konoka, por favor, Yumeko. Estamos em trabalho. — Ditou firme, enquanto anotava algumas coisas em sua pasta. — O que foi, Miyamoto? 

Yumeko abaixou a cabeça, suspirando. Fazia apenas duas horas que o novo Iori apareceu, e ela já estava com saudade do antigo. 

— Eu ia perguntar se você gostaria de sair comigo, para celebrar sua volta... 

— Desculpe, mas infelizmente irei passar o dia na delegacia estudando sobre o caso 428. — E o silêncio novamente reinou entre os dois, enquanto Miyamoto sentia seus olhos lacrimejarem, ela suspirou triste, saindo do local. 

A mulher andava tristemente em direção a sua sala, com os olhos sem vida. Sentiu seu braço ser puxado e virada em direção a parede, se chocando. 

— Ei, Miyamoto-chan. Não ligue pro que o babaca do Iori fala. Pessoas mudam, uma hora ou outra ele iria abrir os olhos. — Nara deu uma pausa, fazendo um carinho no rosto de Yumeko — Você quer sair comigo esta noite, como amigos? 

A boca da mulher se abriu, falando — ou tentando, um simples 'Sim', mas nada saia de sua boca. Apenas assentiu com a cabeça e sorriu, fazendo o coração de Nara se aquecer. 

Seis e quarenta e oito, quarta feira de 2009. 

Iori já estava há horas estudando sobre o caso, e a única coisa que conseguiu foi o nome, idade e descrição das vítimas. Estava cansado, mas não pararia agora. 

Se ninguém o ajudaria, ele mesmo se ajudaria. Se levantou, dando um gole no cappuccino que pegou na cafeteria próxima e foi em direção á sala de relatórios. Olhou para os lados e jogou o copo no lixo, abrindo a porta. 

Misteriosamente ela estava aberta, logo aquela hora. Talvez fosse um milagre lhe dando uma chance, o destino. 

Se agachou na frente das gavetas com os arquivos e procurou por alguns minutos o caso 428, achando um arquivo grosso, com relatos e afins. Sorriu contente e se sentou na cadeira ali próxima, abrindo a pasta. 

'’Caso 428  — O SEGREDO POR TRÁS DO CASO DO RIACHO. 

Fazia alguns meses desde que vítimas foram encontradas mortas das piores formas possíveis, no riacho de Tóquio. A cidade estava em pânico, todo dia era uma vítima nova, do exterior ou não. O caso foi colocado em mãos de Konoka Iori (agente número 099) e Hideki Hinata (agente número 102). Demos algumas semanas e dias a mais para eles resolverem o caso, o que foi falho. E então, a agente 102 pediu demissão, sumindo de vista de todos. Alguns dias depois, o agente 099 pediu folga longa, sendo concebido. O fato é, que depois do afastamento repentino de ambos, o caso foi ‘’arquivado’’ e entrou nas mãos dos detetives Toshio Keiko (27), que antes fingia ser apenas uma vítima, e Yuki Miyamoto (23), irmão mais novo da jornalista Yumeko Miyamoto. O caso foi até então, mantido em segredo, a população voltou ao normal, a paz ‘’voltou’’. 

Dia 20 de Agosto, Keiko veio á delegacia com um relatório sobre o caso. Um mês antes de tudo acontecer, o laboratório central de Tóquio fez um experimento com humanos vivos, o que era para ser a cura do câncer, se tornou uma epidemia no interior. Caipiras foram levados das fazendas natais, apenas para serem cobaias em um experimento que deu totalmente errado. Desde então, o Laboratório comprou a palavra do governo, e o caso foi mantido em segredo. O fato é, que possivelmente, a ‘’epidemia’’ vindo diretamente do laboratório, tenha chegado no riacho de Tóquio. Os agentes Toshio e Miyamoto ainda estão investigando o caso. A delegacia não se responsabilizará caso este arquivo cair em mãos erradas.’’

E então, Iori viu seu futuro se formando, com um simples arquivo, ele poderia formar as respostas, solucionar aquilo tudo, e finalmente ser o primeiro á resolver um caso de canibalismo em Tóquio. O problema, era que Toshio Keiko ainda era uma ‘‘vítima’‘ na visão dos policiais. 

As pessoas mudam, o tempo muda, e conforme isso, Iori se tornou outra pessoa. Talvez, a pessoa que resolveria o caso 428


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Notas finais do capítulo

Esse final ficou meio merda então me desculpem ~ Até a próxima!