Olívio não sabia há quanto tempo estava com a carta de Percy em mãos. Talvez houvesse passado apenas minutos, talvez horas inteiras. Não conseguiria dizer e, para ser honesto, não se importava muito. Havia muita coisa passando por sua cabeça naquele momento. Isso para não mencionar os sentimentos que se misturavam caoticamente em seu peito e se embrulhavam em seu estômago.

Para o bem e para o mal, nunca havia se sentido daquela forma. Em seus 17 anos, nenhuma pessoa havia conseguido bagunçar tanto sua cabeça e seu emocional quanto Percy Weasley. E ali estava o idiota lhe deixando uma carta – com uma sextilha, por Merlin! – e pedindo que o quisesse de volta. Às vezes, o goleiro achava que o monitor-chefe precisava aumentar o grau de seus óculos. Como podia ser tão malditamente cego? Como alguém tão inteligente conseguia ler as situações de uma forma tão equivocada?

Era óbvio que Olívio também o queria. Será que precisaria acender uma candeia para que o namorado compreendesse que tudo o que desejava era ficar com ele? Mais do que isso,  Wood vivera em negação por muito tempo e finalmente sentia-se pronto para aceitar quem era. Percy era uma parte importante disso.