— Como as pessoas sabem?

Astoria levantou as sobrancelhas para Draco.

Ele provava cada mais ser péssimo para começar conversas. Estava sentada ao seu lado no banco havia minutos, sem falar nada, quando ele veio com essa.

— É uma pergunta coerente! — ele defendeu-se.

Ela suspirou.

Já tinha perguntado-se isso várias vezes.

— Acho que a gente sente — respondeu Astoria — Quero dizer, eu sinto.

Não pôde evitar lançar um olhar para ele, perguntando-se se ele também sentia. Uma alma gêmea podia ser unilateral?

— É, eu também — Draco disse, em voz baixa.

— Como você reagiu quando viu a frase? — ela perguntou, sem poder evitar ficar curiosa.

Ele girou o besante que tinha em mãos, encontrado sabe-se lá como.

— Como reagiria se encontrasse um "Pena que eu não possa dizer o mesmo" no seu tornozelo? É uma frase bem longa — Draco disse, solene — De qualquer forma, eu imaginava qualquer coisa menos um tom tão... irritado.

— Esperava o quê? Você gostaria de ser comparado ao seu pai? — ela franziu o cenho — "Nossa! Olhe só! É o filho de Lucius".

Ele fez uma careta.

— Sua irmã é tão ruim assim? Ela parecia ser mais simpática.

Ela segurou o riso pela comparação, sem poder evitar.