Quando Astoria saiu de casa para fugir daquela loucura de roupas e realidade em que sua irmã tinha sido trocada por uma alien — os trouxas tinham teorias bem interessantes sobre extraterrestres —, não esperava reencontrar Draco Malfoy.

Aquela implicância inicial já não existia mais. Embora tivesse ficado frustrada por causa do cumprimento inicial, sua frustração não era para tanto. Apenas inicial, como em todas as vezes em que conhecia amigos e colegas que já conheciam Daphne, ou mesmo seus pais antes.

Draco estava sozinho, o que a fazia pensar em todas as vezes em que o via sarpar entre o Salão Comunal e as aulas desacompanhado no seu último ano em Hogwarts, totalmente contrário do que era antes, sempre bajulado.

Perguntava-se se a morte de Crabbe o afetava. Passaram anos como amigos, embora não agissem como tal. Draco parecia se importar com as pessoas, embora fizesse de tudo para não demonstrar esse lado.

Mas por que esconder isso?

Seria culpa de seu pai? Após a guerra, Lucius Malfoy pareceu encolher-se em sua própria insignificância e finalmente Narcisa assumiu o posto de matriarca da família. Com mulheres como ela, se houvesse uma sociedade matriarcal seria bem melhor, disso Astoria não tinha dúvidas.