Rony estava deitado ao sofá, em uma péssima pose, ainda com roupas de sair, roncando baixinho.

Hermione fechou a porta de entrada do apartamento em silêncio. Sabia por Ginny que Harry não estava lá, então não preocupou-se com isso. Observou o ruivo sequer mexer-se, enquanto ela deixava a sua bolsa em cima da mesa de centro e sentava-se na poltrona à frente para observá-lo.

Começava a crescer uma rala barba no queixo dele, de um tom um pouco mais claro que o de seus cabelos. Sem poder evitar, sorriu, tentada a passar a mão por ali. Sabia que ele não acordaria com facilidade — sempre teve sono pesado —, então passou sua mão por seu braço.

Conteve um grito ao ter o seu pulso agarrado.

— Vigilância constante — Rony murmurou com a voz rouca pelo sono.

— É, esse emprego está te fazendo muito bem — Hermione sorriu, quando notou que seu cenho franzido, acariciando o seu pulso para tentar reconhecer.

Assim que escutou sua voz, ele abriu os olhos.

— Mione? — perguntou, confuso.

— Ou talvez nem tanto — brincou.

Aguardou enquanto ele levantava-se, reclamando das dores que começava a sentir no pescoço e costas.

— Eu nunca mais durmo aqui — disse, retundo.

— Já escutei isso antes.