Eu precisava de frieza. Racionalidade.

Minha decisão era certa, não?

Minha mente sopesa as palavras daqueles que deveriam ter cuidado de você.  Eles me deram a decisão, não queriam ter o trabalho de decidir sobre você.

Incrédula, autorizo que de sua morte venha vida. Seus olhos-universo iriam agora enxergar uma nova vida.

O que você faria se fosse eu?

O que faria se amasse como eu?

Seu corpo estava exausto, seu coração já não suportava mais, e numa batida arrastada tentou despedir-se.

Após duas paradas, declararam que você não voltaria mais. Como poderia um corpo vivo estar vazio? Como poderia ser você, mas você já não estar mais lá?

Mas as coisas eram o que eram. Ciência. Mistérios. Vida. Você. Eu. Nós.

Estamos nas palavras finais. Sinto que esgotei todas e que não quero antecipar o final usando as que me restam.

Dias contados, palavras contadas, sentimentos atados e amores separados.

 Minha mão pode sentir seu calor uma última vez, as batidas do seu coração. Como poderei viver sem?

Você partiu, mas ainda ecoará nas vidas que tocou. No coração que tanto ouviu, o coração que salvou quando permitiu que te amasse.

Você era única. Agora você sabe, não é?