Shimizu estava deitada debaixo dela, a lingerie preta contrastando com a pele branca como alabastro. Sem os óculos, dava para ver seus olhos negros com mais clareza, e olhar para eles era quase hipnótico.

Estava quente, muito quente, e Hitoka mal conseguia respirar. Shimizu tocou seu rosto, a mão descendo pelo seu pescoço até chegar no ombro.

E aí Hitoka acordou.

Ela precisou de uns instantes para processar o sonho que acabara de ter, e assim que finalmente percebeu, ela se segurou para não gritar.

Não dava para acreditar que ela teve um sonho daqueles envolvendo uma mulher que ela mal conhecia!

Hitoka se sentou, tentando se acalmar um pouco. Não tinha motivo para ela se envergonhar, afinal, todo mundo tinha esse tipo de sonho com certa frequência.  

Ela estava há anos sem ter relações sexuais, e talvez fosse uma forma de seu subconsciente expressar essa carência. Mas, de todas as outras pessoas possíveis, por que logo Shimizu?!

O fato de ser uma mulher não era a parte que mais a incomodava, mas sim o fato de ser com a mãe de um amiguinho de Shouyou, que ela havia conhecido há menos de um mês e, principalmente, que era casada.