After You escrita por Laurel


Capítulo 4
Nobres Cullens


Notas iniciais do capítulo

Voltei, com mais um capítulo. Espero que gostem, boa leitura.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/744049/chapter/4

—Olá, Jane– Diz o doutor simpaticamente, mas estava estampado na sua cara a preocupação– Como vai?

— De novo quebrando regras–Diz a única garota no meio de três grandes homens, ela parecia ter minha idade, mas parecia um anjo, e também aterrorizante. Seus olhos param em mim e eu me encolho– Acho incrível vocês estarem envolvidos com qualquer problema que essa região trás.

—Não estamos envolvidos, esses recém criados não foram direcionados a nós–Disse Edward

A garota loura olha em volta, parecendo entediada, mas algo nela me fazia sentir que era cruel.

—Ainda sim cometeram um crime– Seus olhos se voltam para mim

—Ah, ai estão vocês– Emmett, o maior e mais musculoso Cullen aparece ao lado, foi tão rápido que não vi ele chegando, mas todos pareciam estar esperando por ele–
Tem um grupo de recém criados no outro lado da cidade.

Os dois maiores homens de olhos vermelhos trocam olhares, mas tão rápido quando Emmett surgiu eles se foram, tão rápidos que a única coisa que pude ver foi seus vultos.

—Alec, de um jeito na garota, por favor–disse a garota loira, seus cruéis olhos ainda em mim.

—Nós cuidaremos dela, Jane, cumprimos nossa promessa com Bella, será a mesma coisa com ela– Disse o doutor Cullen, sua voz um pouco mais alta do que antes. Sinto minhas mãos suando contra a de Esme, eu a apertava tão forte q doia.

—A garota, Alec– Disse, sem dar a miníma para o que o doutor Cullen disse. Não sabia o que ela faria comigo, mas algo me dizia que não era boa coisa, isso me deixava mais apavorada, o frio na barriga cada vez mais forte. O rapaz que estava ao lado de Jane começou a andar em minha direção, soltei a mão de Esme e dei alguns passos para trás.

Ouvi os Cullen dizendo algo, mas não conseguia prestar atenção, Alec, o rapaz de olhos vermelhos, estava cada vez mais próximo, ele andava lentamente e isso só servia para me deixar mais nervosa.

Alec…

Por favor, não me mata, por favor, não me mata

Pedia em pensamento desesperadamente para que Alec não me matasse, e quando ele chegou bem perto de mim e sua mão se fechou em meu pescoço, o desespero só aumentou, senti meu corpo começar a tremer e ,minhas pernas queriam ceder, meu coração batendo tão rápido e tão forte que meu peito doía, não conseguia respirar nem falar nada

Alec, não me mata, você não quer me matar, não me mata, Alec… Não me mata.

—Deixe-a– Sua mão largou meu pescoço e seu corpo se virou para se afastar de mim com tal velocidade q pude sentir o vendo batendo em meu rosto– Caius vai gostar de saber que tem uma nova humana na família Cullen.

Assim como eu, todos ali estavam chocados, inclusive Jane. Embora quisesse mais que tudo que Alec me deixasse viva, não acreditei que ele o faria, e a julgar pelos rostos e pela situação, ninguém esperava também. Jane parecia ter levado um soco.

Sem dizer mais nenhuma palavra, Esme me puxou pela mão e todos juntos começamos a nos afastar, indo em direção ao carro. Entramos nele eu, Edward, Bella, Alice e Esme.

Edward deu partida e como um louco, começou a dirigir. Olhei pela janela traseira e vi os que não estavam naquele carro irem diminuindo até desaparecer.

—O que foi isso?–Perguntei, exasperada– Quem são eles?

—Volturis– Edward respondeu apenas isso, parecia que todos estavam preocupados e presos em seus próprios pensamentos.

—Para aonde estamos indo?–Sem me conter, volto a perguntar.

—Para nossa casa querida, está tudo bem– Esme responde passando a mão no meu braço, tentando me tranquilizar.

—Aqui– Alice me estende um celular, somente quando o pego na mão percebo que é meu–Você deixou cair.

Tento ligar, mas a tela continua preta, sem bateria.

Olho pela janela e vejo a paisagem passando como um vulto, Edward estava dirigindo rápido demais, eu teria sentido medo em um dia normal, mas esse estava longe de ser um dia normal

Fecho os olhos e tento me acalmar, meu coração ainda batia forte demais.

—Chegamos, vem, Carlisle vai cuidar de seus machucados– Disse Esme abrindo a porta do carro. O trajeto havia sido rápido, mas eu não sabia onde estava, parecia ser no meio de um bosque, mas havia uma casa moderna padrão bairros ricos, fiquei tão admirada com a beleza do lugar que por um momento havia esquecido de tudo que tinha acontecido. E quando entrei na casa, a surpresa foi ainda maior, era tudo tão lindo, tão moderno e aconchegante.

O Dr.Cullen me levou para seu escritório, eu sentei na mesa e ele começou a cuidar de alguns machucados que eu havia feito quando cai no chão.

—Não é nada demais, são só alguns arranhões, vou limpá-los e fazer um curativo, mas o roxo vai demorar um pouco para sair– Ele passa seus dedos gelados na marca roxa que o primeiro homem que tentou me matar havia feito.

—Por que vocês são tão rapidos? E os olhos vermelhos?– Minha voz sai desesperada.

—Nós somos vampiros– Responde com um suspiro.

Arregalo os olhos e olho para ele com seriedade, como poderia brincar agora?

—Eu falo sério Dr.Cullen…

—Isso vai arder um pouco– Diz enquanto aplica algo para limpar meus arranhões. Mordo fortemente os lábios– Por favor, me chame de Carlisle. Como acha que podemos ser tão rápidos, fortes e resistentes, Grace?

Aquilo não fazia o menor sentido

—Vamos supor que você seja mesmo um… Como conseguiria mexer com sangue?

—Anos de prática–Diz com um sorriso.

—E quem eram aqueles de olhos vermelhos? Eles também são como o senhor, não é?– Eu tinha uma infinidade de perguntas, e queria fazer todas elas.

—Sim, eles são. Eu prometo que conversaremos sobre isso amanhã–Disse, pondo um fim no assunto que estava tão disposta a manter. Apenas aceitei a luta perdida e concordei com a cabeça– Agora vamos te levar para casa, Alice viu que sua mãe chega daqui algumas horas.

—O quê?– Digo surpresa descendo da maca que estava sentada, me perguntando porquê tinham uma sala cheia de equipamentos médicos–Eu preciso ir embora, Dr.Cullen.

—Claro, vamos, eu e Esme levaremos você– Diz com um sorriso tranquilizador.

Tive mais uma surpresa quando entrei na garagem, havia vários carros, um mais caro que o outro, havia mais dinheiro naquela garagem do que minha casa inteira.

Quando começamos a pegar a estrada, o medo voltou, olhava pela janela, procurando qualquer vulto, preocupada que Alec estivesse mudado de ideia e voltado para me matar, ou mesmo a menina loura, tentei me concentrar no caminho, e percebi que a casa dos Cullens era bastante isolada de tudo, raramente achávamos outra casa cara jogada pelo caminho, mas mesmo assim muito distante da mansão, tempo depois começamos entrar em bairros suburbanos, e então finalmente chegamos a frente de minha casa, admito que estava com um pouco de medo de descer do carro, mas respirei fundo e abri a porta do carro.

— Obrigado... Bom, por tudo–Disse hesitante e sem graça.

Recebi sorrisos sinceros em resposta, mas seus olhos não demonstravam isso, fechei a porta do carro e caminhei para minha janela, começando a escala-la imaginei se dentro do carro os Cullens estariam olhando surpresos, aposto que imaginaram que iria entrar pela porta.

Abri a janela que havia deixado destrancada e entrei, dei e tchau dentro do quarto para quem estava no carro, e então eles foram embora.

Tirei meus sapatos e fui em direção ao banheiro, estava com medo de que minha avó acordasse com o barulho do chuveiro, havia me sujado muito, principalmente quando cai no chão.

Deitei na cama depois de me vestir, felizmente o tempo frio permitiu que eu pusesse um pijama comprido, para esconder os poucos ferimentos. Era surreal que quase tinha sido morta por vampiros duas vezes no mesmo dia, e mais ainda que estivesse viva. Foi por pouco.

Peguei meu celular, havia varias mensagens e ligações perdidas da Sharon, ela realmente se preocupou comigo.

Shar ♥: Onde você está?

Grace?????????

Thomas tá com você?

Meu deus Grace, onde você está?

Me atende.

Fiquei com dó da pobrezinha, ele deve ter surtado. Mandei um “Estou bem, explico amanhã” e a resposta foi imediata, um emoji bravo. Respondo com um coração, tentando deixar as coisas menos piores para mim. Me pergunto quem havia dito que estava com Thomas, meu ex namorado.

Fecho os olhos e me forço a dormir, já eram mais de quatro da manhã, tentei esquecer olhos vermelhos e deixei para processar toda essa informação quando acordasse.

 

—Ei–sinto meu corpo sendo chacoalhado, abro os olhos e vejo minha mãe sorrindo— Já é quase meio dia, Grace, vê se acorda.

—Mãe? Que horas você chegou?— Pergunto com voz de sono.

—Umas sete da manhã mais ou menos–Diz me puxando pelo braço—Levanta e vem almoçar, você precisa ver as coisas que trouxe de viagem para você!

—Já vou-digo bocejando enquanto ela sai do quarto, pego o celular, sem saber se o que tinha acontecido era real mesmo, a conversa com Sharon ainda estava aberta, e após ler a conversa da madrugada de novo, constatei que sim,tudo aquilo era real. Levantei a manga da blusa, e lá estava o curativo, é, tudo foi real.

Começo a vestir outra roupa rapidamente depois de ouvir minha mãe começar a me berrar no andar de baixo. Aproveito para mandar uma mensagem para Sharon.

Gracie: Foi visitar sua avó? Vem em casa a noite, você pode dormir aqui

Shar ♥: Ok

Suspiro, ela realmente estava brava comigo. Desço as escadas e sento na mesa com minha avó e mamãe, que fala animadamente sobre a viagem, o contrato que fechou com duas empresas e as coisas que comprou. Eu teria ficado muito animada com isso, mas hoje não, hoje só conseguia pensar- e sentir medo- de olhos vermelhos.

—Se fecharmos mais um contrato com uma empresa grande conseguiremos comprar aquela casa que a gente adora, Grace— Mamãe cuidava da empresa que meu avô fundou antes de morrer.

—Isso é ótimo, mãe– Tento fingir entusiasmo.

—Ah, soube do que aconteceu com aquelas meninas, Peggy e Tiffany, você as conhecia, não é?– Concordo com a cabeça, havia me esquecido completamente delas, o que me deixou triste e culpada– Tem tomado cuidado não é? Não tá andando por ai sozinha, né Grace?

—É claro que não— Digo colocando um pouco de macarrão.

—Já encontraram o corpo delas?— Pergunta vovó, se servindo de mais suco.

—Não, só encontraram o carro—Faço um esforço para parecer indiferente, mas estava sem chão e aina não conseguia acreditar que elas estavam mortas.

—Trouxe varias coisas para você, quase que não cabe na mala—Minha mãe muda de assunto, querendo tirar o assunto mórbido da mesa.

Após o jantar, eu e ela nos sentamos na sala para ver as coisas que ela trouxe, e realmente, as roupas e sapatos eram lindas, mas não conseguia me animar com isso, a morte de duas colegas, a minha quase morte e tudo que Carlisle havia me dito ontem, isso parecia não querer sair da minha mente.

Não pude deixar de pensar que eu teria o mesmo rumo que Peggy, Tiffany e seus namorados, que minha mãe ao chegar em casa descobriria que fui para uma festa com minhas amigas, e que desapareci. Ela nunca mais me veria, nem Shar, Abby, Jordan ou qualquer colega de classe, parentes, vizinhos. Ninguém.

Era difícil imaginar o diretor Marshall no refeitório segunda-feira dizendo que estava desaparecida, colocando uma foto minha no quadro de avisos, as meninas indo prestar depoimento na delegacia, e até mesmo Thomas sendo acusado de algo por ter sido o ultimo a me ver. Mais difícil ainda era imaginas minha mãe ter que me sepultar, não sei se ela aguentaria isso.

Eu devia total gratidão aos Cullens, por terem me salvado duas vezes da morte, eles poderiam simplesmente ignorar isso tudo, afinal eles nem me conheciam, mas se arriscaram por mim, e isso era nobre.

Depois de ver tudo que minha mãe queria me mostrar, subi para finalmente tomar um banho e me arrumar.

—Grace—Ouço minha vó me gritar no andar de baixo—Tem uma mocinha chamando por você.

Levanto da cama confusa, ainda era 14 horas, Sharon só sairia da casa da avó dela as 17.

—Alice? Esme?—Digo surpresa ao ver as duas ,mulheres pálidas sentadas no meu sofá. As duas dão um sorriso simpático.

—Por que não me disse que iria fazer um trabalho com
Alice? Eu poderia ter levado você lá—Mamãe começa me dar sermão e eu fico sem reação. Não havia trabalho nenhum e não sabia que as duas viriam aqui—É muita gentileza terem vindo até aqui.

—Ah, imagina, nós teríamos que vir aqui perto de qualquer maneira—Disse Esme, de modo tão gentil que a fazia parecer um anjo.

—Já está pronta?—Pergunta Alice. Descido que é melhor entrar no jogo dela.

—Claro, só vou pegar minha bolsa— Respondo voltando a subir as escadas correndo, posso ouvir minha mãe oferecendo café para as mulheres a sua frente, que recusam educadamente, pego minha bolsa de escola e volto para sala.

—Pronto, podemos ir.

—Não precisa se preocupar, Ellen, eu trago Grace de volta as 19 horas—Diz Esme, já indo em direção ao carro, fico surpresa que ela e minha mãe já estejam se tratando pelo primeiro nome. Aceno para minha mãe e entro no carro.

—Trabalho?— Indago Alice levantando as sobrancelhas.

—Nós precisávamos de um motivo para te tirar de casa—Responde indiferente.

—Para que?—Volto a perguntar, dessa vez um pouco apreensiva.

—Vamos te contar tudo, Grace, tudo sobre nós—Dessa vez Esme responde.

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Geeeente, Olá, como vão? Espero que bem.
Bom, 2018 começou com uma grande voadora de dois pé nas minhas costas, derrubei acetona no teclado do computador, tô neurótica com o terceiro ano e para ser sincera bem desanimada com tudo, e quando consegui um teclado novo, tive que formatar o notebook, perdendo mais da metade desse capítulo, mas escrevi de novo o mais rápido que pude e vim postar, ficou mais curto do que gostaria mas está ai.
Deixem o comentário, criticando, elogiando, dizendo o que você tem para dizer, vou tentar postar o próximo capítulo até domingo que vem (25/03), então até lá



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "After You" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.