After You escrita por Laurel


Capítulo 2
Festas e medo


Notas iniciais do capítulo

Olá, voltei com o segundo capítulo, espero que gostem.



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Sempre com a aparência impecável, Os Cullens começam a descer do carro e atraem mais olhares furtivos. Desvio o olhar, voltando o para o grupo de amigos a minha frente.

—Parem de olhar! Eles são perceber. Pare de olhar- Digo dando um tapa no braço de Abby, que insistia em manter contato.

—Desgraçadas. São tão lindas que me da ódio- Sharon diz de dentes serrados.

—É inveja o nome- Jordan fala pela primeira vez no dia

—Você só abre a boca quando vai atacar alguém, não é, Jordan?- Responde Sharon, com tom tedioso.

—Abby- chamo-a – eu juro, que se você não parar de olha eu vou tacar minha bolsa na sua cara.

— O que é bonito é pra ser olhado – Exclamou a garota.

— Disse a mesma coisa ano passado sobre o Manning e quase apanhou da namorada dele- Relembra Jordan.

Abby faz uma careta e todos nos levantamos quando o sinal bateu. Logo nos separamos, indo cada um para sua sala. 

—Qual sua aula?- Pergunto a Sharon- A minha é Química.

—Física- revira os olhos- Aqueles dois que estavam com os Cullen, eles não chegaram semana passada com os outros, o Loiro e a baixinha.

—Talvez tenham chegado somente agora na cidade- dou de ombros- A gente se vê depois.

Sharon abana a mão pra mim e logo entra em sua sala, que fica de frente para minha. Entro na sala e sento em uma carteira qualquer e logo a sala começa a se encher de gente.

—Posso me sentar aqui?- Olho para cima e arregalo os olhos em surpresa, uma Cullen.

—Claro- Dou um sorriso simpático.

—Sou Renesmee Cullen- Ela se senta e estende a mão para mim.

—Grace Nichols, prazer- Aperto sua mão.

Antes que pudesse responder qualquer coisa, o professor pede a atenção de todos, para que possa começar sua aula.

—De onde você vem?- Perguntei depois de quase metade da aula ter passado.

—Vim de Forks.

—Legal, sempre vou lá visitar minha avó.

Nosso diálogo não passou dai, nunca fui de conversar muito com pessoas que não tenho tanta intimidade, e isso não iria mudar agora. 

O dia seguiu- se insuportavelmente tedioso, nada fora do normal, aulas, almoço com amigos, mais aulas e finalmente estava indo para casa, ao lado de Sharon, que não parava de falar nem por um instante sobre a festa de Cody, que irá acontecer no final de semana e roupas.

—Sharon, cala a boca, seus pais nem vão deixar você ir

—Ainda bem que não pretendo ir, e sim dormir na sua casa- Ela pisca seu grande olho marrom para mim.- E você vai dizer que vai dormir na minha.

—Não sei não, Shar – digo mexendo do celular.

—A gente sempre fez isso, não começa, Grace.

—Mas não estava desaparecendo ninguém ano passado!

—Se você está falando de Tiffany Plunkett e da Peggy Hester, todo mundo sabe que elas fugiram com os namorados babacas...

—Sharon! -Repreendo-a instantaneamente

Tiffany e Peggy estudaram comigo desde pequenas, as duas estavam sempre juntas, sempre sorrindo. Quem diria que em uma noite elas simplesmente desapareceriam junto de seus namorados, deixando seus pais, amigos e o restante dá família em choque e tristeza.

A quem dizia que os quatro fugiram juntos, mas isso é bobagem, eram casais aceitos pelos pais, felizes, eles até iam para igreja junto nos domingos.

— Tá, me desculpa, eu não devia ter dito isso, mas olha, a festa é só na sexta, tem tempo pra pensar ainda- diz estacionando em frente a minha casa.-E... Aquele Fusca azul seria dá sua vó?

Olho cética para Sharon, vendo ela segurar a risada, porém não aguento e começo a rir junto.

— Cara, eu não sei como isso ainda anda.

— Cala boca, Shar- digo rindo- O Fusca é um charme, e tem valor sentimental. A gente se vê amanhã.

— Até amanhã- responde sorrindo enquanto eu desço do carro.

Entro em casa e sou recebida por um abraço apertado de minha avó.

— Oi, vovó, estava com saudades. -digo abraçando-a.

— Eu também estava, fiz um lanche, por quê não guarda sua bolsa, e desce para comermos?- diz ela passando a mão no meu cabelo.

— Está bem.- digo enquanto subo as escadas.

Vovó Sue conheceu meu avô há uns oito anos atrás, quando vovô foi fechar um negócio em outro estado, ele diz que se apaixonou a primeira vista, chamou a para um café e tempo depois meu avô largou tudo para viajar com ela pelo país dentro de um Fusca azul, com um gato chamado Arnold. Mamãe não aceitou no começo, ficou puta dá cara com o vovô após ele colocar a empresa no nome dela, dizendo que ele estava na idade de curtir a vida, e não ficar se estressando com papelada de empresa.

Um grande homem, meu avô, as vezes gosto de me imaginar conversando com ele, ele sempre tinha bons conselhos e era muito corajoso.

É claro que vovô não iria deixar Arnold sozinho em sua casa, lá estava o gato, arranhando a porta do meu quarto. Sempre gostou muito de mim.

Abro a porta para que ele possa entrar -e eu também- jogo minha bolsa na cadeira da escrivaninha e desço lá pra baixo de novo. Eu e vovó fomos tomar café no quintal, durante esse tempo ela me contou de como andava as coisas, de suas viagens e até me mostrou uma touca roxa que ela havia tricotado na semana passada.

Após isso subo para o meu quarto para fazer os deveres passados pelos professores, e quando termino já está na hora dá janta, vovó Sue fez canja.

— É bom nesse tempo frio. Em Seattle sempre é frio e chuvosos, nunca faz sol e calor- resmungava enquanto eu ponhava a mesa.

—Amanhã vou plantar begônias no quintal, begônias vermelhas, as flores favoritas dá sua mãe.- continuava a tagarelar minha avó durante a janta, eu concordava com tudo, porém não nasceria flor nenhuma no tempo nublado de Seattle, mas preferi não dizer, ela estava tão empolgada.

Após o jantar nos sentamos no sofá, enquanto assistiamos o jornal. Com o tempo o sono foi chegando e meu olhos se fechando, vovó me obrigou a ir dormir, dizendo que eu não aguentava nem ficar de olhos abertos.

Subi as escadas e tomei um banho, deitei na cama e logo estava dormindo.

—Você deviria atender sua mãe na primeira vez que ela te liga!- Reclamava minha mãe- É a terceira vez que te ligo.

Resmungo.

—Eu estava dormindo, mãe- Justifico- me com voz sonolenta.

—Eu liguei ontem a noite também, sua avó disse que estava dormindo.

—Como foi a viagem?- Mudo de assunto, tentando me levantar da cama, as mãos da preguiça me empurra de novo para ela.

—Foi boa, consegui fechar o negócio e tenho marcada mais umas duas reuniões- Isso significa que ela demorará mais para voltar- Comprei uma saia que é a sua cara, Grace, vai ficar linda com aquela sua preta, depois eu te mando foto…

No fundo da ligação escuto Pamela gritando.

—Eu acho que Pam caiu no banheiro- Diz minha mãe com urgência e eu me seguro para não rir da imagem da franzinha Pam caindo- Eu vou desligar, te ligo de noite.

Minha mãe não dá tempo de responder e desliga o telefone. Sento na cama e olho para a janela. Chuva. Sempre chuva.

Olho no relógio do meu celular, já estava na hora de levantar e começar a se arrumar. Emburro com o pé Arnold, que dormia em cima de meus chinelos, ele resmunga mas volta a dormir.

—Oi, vó.- cumprimento após descer para o café.

— Olá querida, eu fiz panqueca- Responde enquanto pega seu casaco no armário próximo a porta- Eu vou no mercado e volto logo, não vai para a escola sozinha, tá perigoso, anda sumindo muita gente, um psicopata, disseram. Concordo com a cabeça e vejo ela sair, logo escuto seu barulhento fusca dar partida.

Peggy e Tiffany vem a cabeça, e se elas tivessem sido pegas por esse psicopata? Chacoalho a cabeça tirando esses pensamentos de mim, agora sim eu esperava que elas tivessem fugido com os namorados e que estivessem bem, quem sabe em uma praia, em outro estado, não sei, qualquer lugar, desde que estivessem vivas, não importava.

Termino de comer e logo estou pronta, sentada na varanda, vendo a leve chuva cair e esperando por Shar, e ela não demora, logo vejo o carro de sua mãe virar a esquina. Dou risada do modo que Sharon dirige e me ponho em pé.

—Deixe sua mãe ver como você dirige o carro dela, ela te mata sério- Digo depois de fechar a porta e ela dá risada.

—Ela não vai descobrir, e nem se importa mais com o carro- Diz ela acelerando.

—Você viu o jornal ontem, não é?-Volta a dizer Sharon quando chegamos a escola- Parece que temos um assassino em série, disseram para ficar em alerta… Quem diria.

Suspiro, eu praticamente dormi na hora do jornal, mas pude lembrar da voz do jornalista que entrevistava o delegado encarregado.

—É, eu vi- Digo sem animo. Parecia tudo tão calmo, tudo tão normal, e do nada descobrimos que temos um assassino na cidade, fazendo vitimas com cada vez mais frequência.

 

O dia ocorreu como todos os outros, esse era o problema, parecia que hoje não passava de um Ctrl C de ontem, que era um Ctrl C de anteontem, e assim ia.

A única coisa fora do comum que aconteceu foi minha conversa com Renesmee -ou Nessie, como ela pediu para ser chamada- que parecia mais solta hoje.

Fecho meus olhos, já no banco do carro com Sharon, me perguntando se essa monotonia ocorria para todos ou só acontecia comigo. Talvez eu fosse tão egoísta a ponto de só viver dentro do meu mundinho... Bom, foi isso que mamãe disse quando brigamos no verão do ano passado, quando eu queria passar as férias em alguma praia, mas ela tinha que ficar cidade para cuidar dá empresa.

— Argh- abro os olhos com o grunhinho de Sharon- não tem nada pra fazer nessa cidade. Isso não é vida. Vamos comprar algo ou ir no cinema?

Isso era o bom de Sharon, parece que ela conseguia captar suas emoções e seus pensamentos e transformar em algo bom.

— Tenho dever de biologia, vamos amanhã?- pergunto.

— Tudo bem. -diz ela estacionando na frente de casa- abriu uma lanchonete ótima perto do shopping, você me paga uma batata com cheddar?

— Claro. -Digo sorrindo, batata frita com cheddar era o que ela mais gostava de comer. -nos vemos amanhã.

— Até-diz dando partida, comigo já fora do carro.

Corro para casa fugindo dá leve chuva que começava a cair e, que com certeza iria engrossar logo.

— Vó? - chamo-a entrando em casa.

Ela ainda não tinha voltado. Um calafrio percorre meu corpo quando lembro do assassino a solta percorrendo a cidade. Balanço forte a cabeça, tentando me livrar desse pensamento, vovó estava bem e provavelmente estava conversando com alguma outra velha, em uma fila de mercado, talvez.

Vovó sempre foi boa de fazer amizade, fazia uma em qualquer lugar que ficasse parada por mais de 10min. Seria uma habilidade adquirida depois de alcançar a faixa dos 50 anos?

Suspiro entrando no quarto e jogando a bolsa no chão. Tudo tão normal. Seria bom se algo diferente acontecesse.


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Notas finais do capítulo

Eu queria agradecer a todos que comentaram e estão acompanhando a história, foram vocês que me motivaram a continuar a postar, muito obrigada!
Queria também pedir desculpas de antemão, eu gostaria que o capítulo fosse maior, mas eu preciso começar urgentemente a estudar para uma prova que vou fazer daqui a alguns dias e não poderia dar a devida atenção ao cap. se ele fosse maior. Também não tive tempo de revisar, mas prometo fazer isso e corrigir os erros assim que possível.
Comentem e acompanhe a história, vai me fazer muito feliz e me motivar a continuar a postar, além de que é importante darmos nossa opinião :D
Até o próximo capítulo.



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