A Sereia De Vidro escrita por Iset
Notas iniciais do capítulo
PaIavra: sarpar
Dirijo em alta velocidade até meu quarto de hotel, que ficava na saída da cidade. A entrada individual, evitou que chamassemos a atenção, tento manter meus olhos longe do belo corpo da morena, enquanto ela retira o paletó e se seca, sem qualquer pudor.
— Poderia ter usado o banheiro. - Digo indicando a porta, enquanto ela se veste com uma de minhas camisas.
— Obrigada, não aguentava mais aquele tanque.
— Parecia bem disposta no show. - Retruco.
— Arthur é mais generoso com as "aberrações" que colaboram e gosto quando os humanos sorriam. - Diz em tom inocente.
— Então você é realmente uma sereia?
— Não, sou filha de uma. Jamais capturaram uma sereia, pois todos estariam mortos antes de sarpar. Elas são poderosas e cruéis.
Respiro fundo e vou para o banheiro tentando processar as palavras dela. Durante a vida conheci centenas de aberrações e na ciência, encontrei uma resposta racional para todas elas . Na verdade, quase todas. Anos antes, o garoto escamagriz, arrastou centenas para o teatro Gordon, quando finalmente resgatado e tratado, do que acreditava ser uma forma severa de ictiose, não houve resultados, não era doença, ele era uma aberração. Retiro a camisa e encaro as cicatrizes por ter arrancado cada uma daquelas escamas.
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