Eugeni escrita por Kori Hime
Notas iniciais do capítulo
Palavra do dia: Ilação
A paróquia da igreja estava superlotada. Eugênia conseguiu entrar, mas permaneceu distante. O padre pediu calma, enquanto ouvia-se o choro de crianças.
Com o início da reunião, o burburinho foi diminuindo, até que a voz de Luíza se sobressaiu e ela passou a narrar os obstáculos de sua comunidade. Falta de comida, trabalho, remédio e dignidade. Luíza era negra, nascida livre. Filha de uma ex-escrava, hoje costureira e um pai poeta-abolicionista português.
A ilação que Eugênia chegou ao fim daquela reunião, foi de que precisava dar para Luíza o poder de ser ouvida por todos em sua coluna no jornal.
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Como já percebera, a Eugeni tem privilégios que quase ninguém nessa época tinha. Branca, ryca e filha de gente influente. Estudou na frança, saber mil coisas... só que não gosta do papel que "exerce" na sociedade.
Vocês lembram da cena da Rose no titanic, quando ela tenta cometer o suicídio? Eu imagino a Eugenia angustiada a esse ponto, sem a parte de pular do navio. Eu não quero comparar as dores de Eugeni e a Luíza, que é a personagem que tento inserir aqui. A história e conflito de uma não anula o da outra, só que são casos diferentes, e eu reconheço que não tenho muita leitura da historia dos negros no Brasil, venho pesquisando nos últimos dois anos e acho que ainda não adquiri em 1% da grandiosidade que é.
Mas em minhas leituras encontrei mulheres PODEROSAS negras que a história apagou, como sempre fazem.
A Luíza aqui é uma homenagem/inspiração da Luíza Mahin, mãe do Luís Gama poeta brasileiro. Procurem eles aí no google ♥
A Eugeni vem de minha paixonite pela Chiquinha Gonzaga ♥
Virou um desabafo? HUUAHUHAUHA
Beijos.