Eu encarava a foto de uma candeia no quadro da sala de espera do consultório médico, conhecia aquela planta, pois minha sogra sabia muito sobre botânica e eu tinha crescido com ela me ensinando.

Edward apertou minha mão, fazendo com que eu o olhasse. Meu marido me lançou um sorriso pequeno, beijando em seguida meu ombro.

— Amo você — sussurrei, afagando seus cabelos rebeldes. Não precisei ouvir uma resposta dele, sabia que Edward me amava também.

Tinha absoluta certeza disso, não era todo cara que encararia bravamente nossa situação como ele tinha encarado.

— Vai ficar tudo bem, garanto — falei para Edward, que ainda estava tenso com toda aquela angústia.

— Você promete?

— Nós prometemos, amor. — Peguei sua mão, levando para meu ventre, onde nosso bebê se desenvolvia.

Após meses de tratamentos que Edward se submeteu, uma fertilização in vitro fracassada, eu finalmente estava grávida. O sonho não estava tão distante como pensei, nós só precisamos correr atrás dele.

Tínhamos descoberto sobre o bebê poucos dias antes, então logo marcamos uma consulta com meu médico. Precisávamos ter certeza de que estava tudo bem, talvez aquela fosse nossa única chance de sermos pais pelas vias tradicionais.

— Nada vai nos derrubar?

— Vamos continuar inteiros — garanti.