Caminhos da Vida escrita por Mavi_Cullen, NLoureiro


Capítulo 25
Capítulo 24 – Agradecimento


Notas iniciais do capítulo

Calma pessoal, não é o capítulo de agradecimento da autora porque a fic acabou. Ela ainda NÃO acabou. Então aqui vai o penúltimo capítulo.



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Capítulo 24 – Agradecimento

14 anos... Como o tempo podia passar tão rápido?, Isabella pensou ao se olhar no espelho. Ela realmente não sabia o que Edward planeja para este aniversário de casamento. Ele já fizera tudo que ela podia imaginar: viagens, surpresas, uma casa para eles passarem a noite, uma dança no meio da rua. Ele era o sonho de todas as mulheres e sentia-se sortuda por tê-lo.

            Pela primeira vez, ela não vestia roupas elegantes. Uma calça jeans, sapatilhas e uma bata com as costas de fora e rendada. Seus cabelos estavam lisos e sua maquiagem era fraca. Para onde Edward a estava levando? Ela simplesmente não podia imaginar nada relacionado a aquela roupa. Geralmente ela vestia vestidos elegantes de seda e que marcavam seu corpo – todos obras da Alice.

            Bella pensou que Alice não iria aceitar ela ir a seu aniversário de casamento vestindo jeans, mas no momento, ela estava atrás de Bella com um grande sorriso no rosto.

            - Alice, você está doente?

            - Claro que não! Mas Edward me deixou arrumar o lugar, então tenho que aceitar a escolha dele de nada de vestidos elegantes. Se bem que eu acho que não seria apropriado mesmo.

            -Eu já devia estar acostumada depois de 14 anos. Mas toda vez... É como se fosse a primeira. – Bella sorri e olha para sua aliança.

            - Isso se chama amor. – Alice coloca suas mãos sobre os ombros de Bella e sorri. – Agora vai logo. Você tem uma noite perfeita pela frente.

            Isabella é seguida por Alice até a sala onde todos esperavam. Edward estava com uma calça jeans clara e uma camisa três quartos azul escura. Todos a olham com seus olhos brilhantes, Anastasia e Renesmee pulando de animação.

            - Vamos? – Edward lhe estende a mão com o seu sorriso torto perfeito.

            Edward e Bella ficam no carro durante meia hora. Cada vez mais, ele se afastava do centro da cidade e ia para a parte mais isolada. Bella franziu o cenho ao ver que eles estavam em um lugar cheio de árvores.

            - Nós vamos ter que andar um pouco, está bem? Mas não é muito longe. – Edward diz e desliga o carro. Ele se inclina e pega algo no porta luvas. – Agora feche os olhos. – ele sorri e então coloca a faixa nos olhos de Isabella.

            Os dois andam por alguns metros e Bella inspira, sentindo o cheiro da natureza e os braços de Edward ao seu redor. Ela escuta um barulho suave de água, talvez um riacho ou um lago.

            - Está pronta.

            - Sim. – Bella responde animada e sente a faixa em seus olhos cair.

            Isabella sente sua boca se abrir levemente. Eles estavam no que parecia ser uma pequena campina com um lago no meio e uma pequena cachoeira. Nas árvores ao redor, estavam penduradas lanternas de balões, fazendo o lugar ter um toque mágico. Perto do lago havia uma manta velha xadrez estendida com uma cesta com coisas para comer em cima. E ao lado, o mais impressionante era que de alguma forma, havia um piano simples e de aparência antiga, mas que naquele lugar, fazia toda a diferença. A garganta de Bella se fecha com vontade de chorar.

            - Está mais que perfeito! Obrigada, Edward. – ela sorri e pula nele, distribuindo-lhe diversos beijos.

            - Fico feliz que tenha gostado. – ele pega a mão dela e a leva para a manta velha. Tira seu Ipod do bolso e coloca em cima do piano, deixando músicas suaves tomar o lugar.

            Música: http://www.youtube.com/watch?v=4CLGQXF-PGU

            Edward pega duas taças na cesta e as dá para Bella, que as segura com um sorriso. Ele pega uma garrafa de champanhe e a estoura, colocando um pouco em cada taça. Ele pega a sua e ergue uma sobrancelha.

            - A nós, sempre e para sempre. – eles batem as taças com delicadeza e bebem o liquido, nunca tirando os olhos um do outro.

            Edward deixa as taças na grama e Bella se aproxima dele, sentando-se em seu colo e ele a abraça docemente, fazendo-a lembrar de quando tudo começou.

            - Sabe o que é estar aqui com você depois de anos juntos? O sentimento de somente estar aqui com você, em meus braços? É irreal. Às vezes eu penso que cai em um sono profundo e não posso acordar, que estou em um sonho tão vivido e perfeito que não quero o deixar ir... – Edward levanta seus olhos para o céu estrelado.

            - Às vezes a vida pode se parecer com um sonho, Edward. – Bella puxa o queixo dele e sorri, seus olhos castanhos mais doces do que nunca.

            - Claro que pode. Mas sempre tem alguns pesadelos.

            - Podemos enfrentar eles juntos.

            - Sempre. – Edward sorri e se inclina para Bella.

            Música: http://www.youtube.com/watch?v=XF2AlO8cKbE&feature=related

Me Dê Amor

Dê-me amor como ela,

Porque ultimamente eu tenho de acordar sozinho.

Pintura manchada, lágrimas na minha camisa,

Disse a você que os deixaria ir.

E você sabe, eu vou lutar pelo meu canto,

Talvez esta noite eu vá chamar te,

Depois de o meu sangue se transformará em álcool,

Não, eu só quero te segurar,

Dê um pouco de tempo para mim, vamos queimar isso,

Vamos brincar de esconde-esconde, para virar esse jogo,

Tudo que eu quero é o gosto que permitem seus lábios,

Minha nossa, minha nossa, oh me dê amor,

Minha nossa, minha nossa, oh me dê amor,

Minha nossa, minha nossa, oh me dê amor,

Minha nossa, minha nossa, oh me dê amor,

Minha nossa, minha nossa, me dê amor.

Dá-me o amor como nunca antes,

Porque ultimamente tenho desejado mais.

E faz algum tempo, mas eu ainda sinto o mesmo,

Talvez eu deveria deixar você ir

E você sabe, eu vou lutar pelo meu canto,

E que esta noite eu vou chamar te,

Depois de meu sangue, está se afogando em álcool,

Não, eu só quero te segurar,

Dê um pouco de tempo para mim, vamos queimar isso,

Vamos brincar de esconde-esconde, para virar esse jogo,

Tudo que eu quero é o gosto que permitem seus lábios,

Minha nossa, minha nossa, oh me dê amor

Dê um pouco de tempo para mim, vamos queimar isso

Vamos brincar de esconde-esconde, para virar esse jogo

Tudo que eu quero é o gosto que permitem que seus lábios

Minha nossa, minha nossa, oh me dê amor,

Minha nossa, minha nossa, oh me dê amor,

Minha nossa, minha nossa, oh me dê amor,

Minha nossa, minha nossa, oh me dê amor,

Minha nossa, minha nossa, me dê amor

Minha nossa, minha nossa, oh me dê amor .. (x12)

            O beijo que começa doce e delicado, de repente se transforma em algo avassalador. Desesperado, urgente, de tirar o folego. Edward ergue a camiseta de Bella, largando-a em algum lugar. Os dois gemem quando ele toca a pele nua de Bella.

            Edward se inclina, fazendo Bella deitar sobre a manta na grama. Os beijos e caricias estão por todos os lugares e Bella queria mais. Ela puxa o cabelo de Edward, seus lábios indo do pescoço até a boca enquanto ele tirava a calça dela.

            Enquanto um era tomado pelo desejo do outro, eles sentiram como se voltassem no tempo. Aquela paixão incapaz de refrear, o desejo queimando em cada poro de seus corpos, a vontade de nunca separar seus corpos.

            Isabella crava suas unhas nas costas de Edward enquanto sente que cada vez está mais perto de seu ápice. Em seu ouvido, Edward solta gemidos roucos, querendo mais e mais. Quanto mais juntos, mais eles queriam um ao outro. Edward beija os lábios de Bella antes de se separarem e cai ao seu lado. Isabella deita sua cabeça em seu peito nu e entrelaça seus dedos, observando sua aliança a luz da lua.

            Depois de um tempo juntos deitados, Edward se levanta e coloca sua calça. Isabella pega a camisa toda amassada de seu marido e a coloca, observando-o encher as taças novamente. Ele se senta ao lado dela e Bella se encosta nele.

            - Então, você trouxe esse piano aqui somente para enfeitar? – ela levanta seus olhos para ele.

            - Achei que não ia pedir nunca.

            Música: http://www.youtube.com/watch?v=bJDNQQVrYBk

            Edward se levanta e senta-se de frente com o piano. Ele pousa sua taça sobre o instrumente e dedilha algumas notas. Isabella se levanta e contorna o piano para ficar de frente para Edward.

            A voz de Edward era tão suave quanto as notas tocadas que se perdiam no meio do nada. A melodia perfeita podia resumir a vida de qualquer um. A vida simples que você tinha, com um sopro, podia se tornar algo turbulento. E a cada segundo, o tempo vai nos tomando tudo que temos e pensamos: para onde estou indo, o que estou fazendo aqui? Nós desejamos os risos suaves, os pés no chão, a vida leve e flutuante. Em um minuto, lágrimas podem descer por seu rosto pedindo todas as coisas simples novamente.

            Música: http://www.youtube.com/watch?v=5I12HltwiIQ

            Ao terminar a música, Bella sorri e vai se sentar ao lado de Edward, pedindo para ele tocar a música que compôs quando fizeram um ano de casados. Ela lembra-se da noite que ele lhe cantou essa música. Ela estava em um grande salão escuro, olhando ao redor sem entender nada. Um holofote se acendeu e de lá saiu Edward com um violão na mão, começando a tocar a música, fazendo seu caminho calmamente até ela, a luz o acompanhando como um reflexo. Aquela música era uma das mais bonitas que ela havia escutado. O passado, presente e futuro reunidos em pequenos versos, formando uma melodia que aquecia seu coração.

            O mundo muitas vezes podia ser egoísta, egocêntrico, mas sempre haveria uma pessoa ao seu lado que te amaria sempre, sem cobrar nada, rindo de suas idiotices ou chorando com seus fracassos; segurando uma espada para enfrentar o mundo lado a lado. O mundo estava cheio de pessoas diferentes, algumas lutando com todas as suas forças, outras deixando-se levar pela desistência. Havia as que amavam incondicionalmente, sem pensar nas consequências ou no que viria a seguir. Havia as pessoas que fingem não se importar com nada, dizem-se coração de pedra. E havia pessoas que depois de tanto sofrer, era todas as personalidades junto.

            Muitas vezes, nós cansamos de lutar e desistimos, erguemos nossa mão e soltamos a espada para enfrentar a vida. Queremos abandonar tudo ao nosso redor e partir para um mundo desconhecido que parece ser melhor. Amamos e sofremos por isso. Nos tornamos pessoas que tentam confiar menos, amar menos, ou pelo menos fingir que tudo na vida é passageiro, sem acreditar que tudo que vemos e sentimos será para sempre.

            E há um momento na vida, o momento em que você vai descobrir que tudo está certo, encaixando em seu devido lugar. A pessoa amada assume um lugar em sua vida que nunca mais será substituído, aprendemos que a vida é um dado, nunca sabemos que número vem a seguir. A sorte é lançada e temos que apostar alto. Esta é a vida, e por mais complicada que seja, é a vida perfeita.

O Coração Nunca Mente

Algumas pessoas riem

Algumas pessoas choram

Algumas pessoas vivem

Algumas pessoas morrem

Algumas pessoas correm

Direto para o fogo

Algumas pessoas se escondem

Todos os seus desejos

Mas nós somos os amantes

Se você não acredita em mim,

Então olhe dentro dos meus olhos

Porque o coração nunca mente

Algumas pessoas lutam

Algumas pessoas caem

Outras fingem

Não ligar para nada

Se você quiser lutar,

Eu ficarei bem ao seu lado

No dia que você cair,

Eu estarei bem atrás de você

Para recolher os pedaços

Se você não acredita em mim,

Olhe dentro dos meus olhos

Porque o coração nunca mente

Whoa x2

Outro ano acabou,

E nós ainda estamos juntos

Nem sempre é fácil,

Mas eu estou aqui para sempre

Porque nós somos os amantes

Eu sei que você acredita em mim

Quando olha dentro dos meus olhos

Porque o coração nunca mente

Porque o coração nunca mente,

Porque o coração nunca mente.

            A voz de Edward morre suavemente e logo depois a melodia do piano se vai também, deixando apenas o som suave de grilos e o barulho do pequeno rio. Bella sorri e beija Edward mais uma vez.

            Eles acordam cedo com o sol nascendo e sorriem. Edward pega a cesta com comida e eles comem frutas antes dele convidar Bella para dar um mergulho. Eles ficam um tempo na água até que Bella começa a sentir frio. Os dois voltam para a grama e colocam suas roupas – Bella coloca a camisa de Edward – e então vão para o carro. Estava na hora de ir embora.

            A casa estava silenciosa. Todos ainda dormiam, por isso eles entram devagar, tentando não fazer barulho. Tomam um banho quente juntos e se enroscam na cama para dormir um pouco. Algumas horas depois, são acordados pelo barulho de risadas e descem.

            A grande família estava na cozinha, e apesar dela ser grande, com todos ali, de repente ela parecia extremamente pequena. Esme lutava para se desviar de todos, enquanto Emmett colocava uma música e todos riam com suas palhaçadas.

            - Bom dia, família! – Edward sorri e todos o respondem com um bom dia. Bella capta o olhar de Alice e Rosalie, e sabia que mais tarde teria um longo interrogatório para responder.

            - Estamos fazendo um grande almoço. Que tal se juntarem a nós? Só não garanto que saiam limpos. – Carlisle dá um sorriso carinhoso.

            - Parece uma ótima ideia. – Bella vai até as meninas e começa a trabalhar. O celular de Renesmee toca e ela sorri, saindo correndo da cozinha. Edward franze o cenho.

            - O que eu perdi? – ele para de mexer um mistura. Anastasia ri e sai correndo atrás de Renesmee.

            - Acho que você vai ter um genro, irmão! – Emmett dá uma risada alta e Edward arregala os olhos. O que ele tinha perdido?

Renesmee desliga seu telefone mandando um beijo para seu pai e vai em direção ao seu carro. Ela ia buscar Ian para eles passarem a tarde juntos. Já fazia um mês que os dois estavam juntos e de certa forma, toda vez que olhava uma foto dos dois juntos, era como se tivesse assistindo seu pai e sua mãe. Apesar de eles terem se conhecido quando ela tinha 3 anos, ela tinha tudo em cores vivas em sua memória.

            Ela estava guardando suas coisas no carro quando escuta uma voz a chamando. Ela se vira e vê a mulher loira de olhos azuis, ainda jovem, a olhando. Reconhece na hora. Tanya.

            - O que está fazendo aqui? – todo o rastro de alegria que tinha em seu rosto vai embora.

            - Eu vim conversar com você.

            - Não temos nada para conversar. – Renesmee bate a porta.

            - Renesmee, por favor. Agora você está grande, quase uma adulta, eu preciso falar com você.

            - Você perdeu o direito de falar comigo quando foi embora. – Renesmee tenta entrar no carro, mas Tanya a impede.        

            - Por favor. – os olhos da mulher eram suplicantes. Renesmee suspira e olha em seu relógio.

            - Tudo bem. Você tem meia hora.

Renesmee tinha um copo com chá gelado entre suas mãos e seus olhos estavam no rosto da mulher sentada na sua frente. Elas estavam em um pequeno café perto da escola de Renesmee, um lugar aconchegante, onde dava para ter um pouco de privacidade.

            - Estou esperando. – Renesmee diz.

            - Não sei por onde começar.

            - Comece do começo.

            Música: http://www.youtube.com/watch?v=jqpAgMxhx30&ob=av2e

            - Tudo bem. – Tanya junta suas mãos. – Desculpe-me. Sei que falar isso não irá mudar o que fiz no passado. Mas eu era jovem, egoísta, superficial. Não sabia o que era amar e talvez nunca saiba. Admito que não me arrependo de ter enganado Edward, de ter ficado por ele por causa do dinheiro. Essa é uma parte de minha personalidade que nunca vou poder mudar: sou egoísta, egocêntrica e muito superficial. Mesmo depois de tudo que passei, não deixei de pensar em dinheiro como forma de felicidade. Sei que é errado, dinheiro não compra felicidade, vejo muitas pessoas sem quase nada e felizes, assim como o contrário. Mas existem algumas pessoas como eu que não sabem amar e a única maneira de ser feliz é tendo dinheiro. Só tem uma coisa que eu me arrependo de ter feito em minha vida: abandonar você. Você é a melhor coisa que fiz, Renesmee. – pela primeira vez, Tanya ergue seus olhos e Renesmee vê algumas lágrimas. – Você é perfeita e sei que isso é por causa de seu pai. Posso ter te abandonado, no começo pensava que você era só um fardo, mas hoje sei que nunca farei nada tão perfeito quanto você. Não posso dizer que te amo porque nunca falei com você e sei que você me odeia, mas posso dizer outra coisa: eu te admiro muito, Renesmee.

            As duas ficam em silêncio. Tanya não derruba nenhuma lágrima, apesar de seus olhos estarem cheios dela. Renesmee pela primeira vez sente compaixão pela pessoa que lhe pôs no mundo.

            - Não posso dizer que te amo, muito menos que te admiro. Gostaria de poder dizer o contrário, Tanya, mas enquanto meu pai e minha mãe me ensinaram o lado bom da vida, o lado bom das pessoas, você me mostrou o contrário. – Renesmee suspira. – Sinto agora que não me arrependo de ter vindo até aqui com você. Foi bom finalmente ouvir algo vindo de você. Nunca imaginei que ouviria você dizer algo assim, mas aqui estamos. Você não se arrepende de nada que fez e também não quero que se arrependa. Tenho um pai maravilhoso e uma mãe perfeita. Ela não me deu vida, mas me deu coisas muito mais importantes. Eu a amo e a admiro, e por ela eu sou grata de você ter me abandonado. É algo difícil de se ouvir, eu sei. Eu queria muito não ter que fizer nada disso, mas também estou abrindo o jogo aqui. No fundo eu te agradeço por ter me deixado. Meu pai é muito feliz, assim como eu. E agradeço por vim aqui. Foi bom ouvir que você deixou o ódio que sentia por mim para trás. Não digo que gosto de você, porque não gosto. Você fez escolhas erradas e ainda faz, mas hoje conseguiu um pouco do meu respeito, Tanya.

            - Obrigada, Renesmee. – Tanya dá um sorriso fraco. – Por favor, diga ao seu pai que eu sinto muito de ter feito ele sofrer, mas que desejo que ele seja muito feliz com Isabella. Diga que o admiro por ter feito a mulher que você é hoje e sei que você sempre estará em boas mãos.

            - Eu vou dizer. – Renesmee sorri e Tanya se levanta.

            - Diga-me que é feliz. Realmente feliz. E então eu vou embora com a consciência limpa e prometo nunca mais voltar. – a voz de Tanya é baixa e seus olhos estão marejados de lágrimas.

            - Eu sou feliz. Não posso imaginar alguém que seja mais feliz do que eu.

            - Obrigada. – Tanya sorri e se inclina para Renesmee, dando um beijo em sua testa antes que se arrependesse. – Adeus, querida. – Tanya se vira para partir e uma lágrima escorre por seu rosto. A única lágrima verdadeira que ela já derrubou em sua vida.

Corre

Eu cantarei

Pela última vez para você

Depois nós precisamos mesmo ir embora

Você foi a única coisa

Que é certa

Em tudo que já fiz

E mal posso te encarar

Mas toda a vez que eu faço

Eu sei que faremos em qualquer lugar

Bem longe daqui

Acenda, acenda

Como se você tivesse a escolha

Mesmo se você não puder ouvir minha voz

Estarei bem ao seu lado, querido

Mais alto, mais alto

E correremos pelas nossas vidas

Dificilmente posso falar, eu entendo

Porquê você

Não pode aumentar a sua voz para dizer?

Pensar que

Não poderia ver esses olhos

Fica tão difícil não chorar

E enquanto nós dizemos

O nosso longo adeus

Eu quase o faço

Acenda, acenda

Como se você tivesse a escolha

Mesmo se você não puder ouvir minha voz

Estarei ao seu lado, querido

Mais alto, mais alto

E correremos pelas nossas vidas

Dificilmente posso falar, eu entendo

Porquê você

Não pode aumentar a sua voz para dizer?

Renesmee fica um pouco no café, pensando em sua conversa com Tanya, organizando seus pensamentos. Ela percebe que essa conversa no fim era importante. Uma hora ou outra ela teria que enfrentar esse fantasma do passado para seguir em frente em paz. Agora ela sabia e tinha absoluta certeza que ela não tinha raiva por Tanya ter a abandonado. Tudo que ela era ela devia a isso. E ela amava o que era, com todas as loucuras de sua família e as lágrimas derramadas no chão daquela casa antiga que moravam. Tudo valia a pena.

            Com um sorriso no rosto, lágrimas nos olhos e a consciência limpa, ela se levanta para encontrar Ian.


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Notas finais do capítulo

Tenho que dizer que chorei ao escrever esse capítulo. Foi um dos capítulos que mais esperava para escrever e ele não me decepcionou. Espero que vocês tenham sentido o mesmo com ele.
Bem, esse é o penúltimo capítulo. Se vocês forem bonzinhos e colocarem bastante comentários - o que não aconteceu no último capítulo e me deixou muito triste - eu posto eo último capítulo e o epílogo juntos. Mas isso só depende de vocês. Então mãos a obra!
Beijos e até o próximo.