Férias Bem Loucas escrita por Only Stark


Capítulo 8
Se Não For Para Causar Nós Nem Vamos


Notas iniciais do capítulo

Oi. o/



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P.O.V. Isabella Swan

— Quem teve essa ideia ultra inteligente de subir o morro do Vidigal? – Perguntei sarcasticamente, praticamente morrendo.

Estávamos subindo de dois em dois para ver a tão falada vista maravilhosa. Mas eu estava, assando no sol do satã em um caminho restrito.

— Emmett! – Todos (menos o próprio) responderam em uníssono.

— Ué, a ideia foi muito boa, dizem que a vista é espetacular.

— Sim, mas você perguntou a distância pra ver a vista, animal? – Rosalie perguntou, irritada.

— O que importa não é a distância, mas o propósito. – Ele respondeu, em tom dramático.

— Filosofou! – Percy gritou de trás.

— Foda-se o seu propósito, eu tenho a impressão de que ou eu vou cair pra cima da casa e quebrar as telhas ou vou cair pro meio do mato, esse caminho tinha que ser tão estreito? – Alice reclamou, mas continuou caminhando.

— São os obstáculos que atrapalham a nossa trajetória para o sucesso na vida. – Emmett respondeu novamente.

— Alice, queime a droga daqueles livros de poesia do Emmett, pelo bem da nação. – Jasper falou.

— Hey, nada de trocar nos meus preciosos! – Ele exclamou indignado. – E eu duvido que ela fosse quebrar o telhado, ela é contém 1 grama*! – Emmett gritou e saiu correndo na nossa frente, quase me derrubando quando bateu em mim sem querer.

Ela corria atrás dele com um cantil na mão, tentando agredi-lo com ele, mas eu realmente não acreditava que ela conseguiria pegar ele.

Apesar de eu querer ver o resultado da briga, eu fui andando normalmente, ao contrário dos garotos que correram para assistir.

— Eles são piores do que velhinhas fofoqueiras. – Annabeth comentou.

— E muito. – Concordei.

— Acho que antes das coisas acontecerem eles sabem dela. – Rosalie provocou, nos fazendo rir.

Quando os achamos os garotos estavam arrumando um pau de selfie apressadamente, Alice e Emmett estavam meio ofegantes largados no lado, quando prestei atenção onde estávamos minha boca abriu em surpresa. A vista era simplesmente maravilhosa!

Podíamos ver boa parte da cidade daqui de cima, e a vista é de tirar o fôlego, eu poderia passar o dia todo a observando.

— Momento brothers! – Jasper gritou, enquanto eles faziam pose e tiravam várias fotos e de vários jeitos.

Logo nos juntamos a eles, eu geralmente corro nessas horas, mas tirar fotos no Rio é uma coisa boa o suficiente para uma exceção. Fizemos várias poses diferentes para a câmera e sempre variando os grupos.

Ainda ficamos um tempo olhando mas logo fizemos o caminho da volta.

— Eu queria ir daqui rolando. – Rosalie resmungou.

— Deita de lado aí que eu só te dou um empurrão. – Jasper falou, zombeteiro. Logo em seguida recebendo um tapa na cabeça dele. – Isso dói, Rose.

— É pra doer mesmo. – Ela respondeu.

O resto de nós apenas riu, para não apanhar junto.

(...)

Ao chegarmos na pousada estávamos famintos, comemos rapidamente para podermos nos enfurnar no quarto. Eu, particularmente, queria sair daqui uma semana, mas depois de amanhã vai ser o dia de voltarmos para casa, então não posso fazer isso.

Os dias anteriores foram realmente legais, fomos ao Pão de Açúcar, mais algumas feirinhas, ficamos no quarto da pousada e conhecemos algumas favelas também. E tínhamos nos programado para amanhã irmos ao Cristo Redentor.

Nossos pais nos ligam todo dia à noite para perguntar como estamos e para voltarmos logo para o Natal. Eu muito bem que eles querem mais gente para suportar o tio Caius, que é um chato, mas fingimos que acreditamos neles.

Nos despedimos ao chegar na porta dos nossos quartos e caímos na cama.

(...)

Infelizmente não pude passar o resto dos dias de molho, mas eu não iria ficar sozinha, então fomos todos para começar a nossa jornada para o Cristo.

Pegamos todas as informações que precisamos e pegamos um metrô (nos sentindo os familiares) para a estação do Largo do Machado**, disseram que há vans e carros que sobem para o Cristo.

Quando chegamos lá realmente tinha umas vans estacionadas, mas ficamos em dúvida se seria isso mesmo.

— E o que a gente faz agora? – Edward perguntou, pensativo.

— Deveríamos perguntar, não? – Annabeth perguntou.

— Sim, mas... – Jasper ia falar, mas vimos que um homem moreno, careca e com um sorriso simpático se aproximou de nós.

— Olá, vocês gostariam de conhecer o Cristo Redentor? Temos carros e vans que irão fazer o percurso e no caminho terá uma parada em um heliporto*** para verem a vista. Ele sairá em breve.

— Claro, como acertamos? – Rosalie perguntou.

— Me sigam, iremos explicar melhor. – Ele falou e nós o seguimos.

Ele nos disse como seria, onde pararíamos e onde iremos nos encontrar para voltar. Achamos que estava bom e assim acertamos a nossa viagem.

Uma mulher com os cabelos curtos e pretos estava nos esperando na van (o único veículo que caberia todos nós).

— Olá, eu sou Cátia, estamos vendo se mais alguém vai na van e partiremos em breve.

— Oi. – Cumprimentamos de volta. 

Como estava quente, ficamos esperando do lado de fora da van. Do nada Jasper ficou entusiasmado e foi um pouco à frente, falando:

— Olha só esse óculos!

— Caraca, pega ele não! – Emmett disse, fazendo um sinal negativo.

— Por que?

— Tá vendo que ele tá sem lente? É armação. – Ele disse, fazendo Jasper o olhar irritado e nós rirmos da cara dele.

— Será que alguém deixou cair? – Pergunto, confusa.

— Não sei, será que eu pego? – Ele perguntou confuso.

— Não sei, vai que o dono vem procurar. – Percy falou, olhando ao redor.

— Vou deixar em cima desse muro aqui, se o dono voltar vai ver. – Ele decidiu.

— Vamos indo? – Cátia apareceu do nada, fazendo Jasper pular.

— Cla-claro. – Ele falou e eu prendi o riso.

Entramos na van e tínhamos companhia para a viagem, três mulheres que conversavam animadamente.

(...)

Nós fizemos uma parada de vinte minutos no heliporto e tiramos mais um monte de fotos novas, por mais que o sol na nossa cara estivesse atrapalhando um pouco, algumas ficaram decentes.

Seguimos subindo o morro – que parecia não ter fim – até que chegamos ao máximo que podíamos subir.

— Me esperem aqui daqui duas horas, vou ter que descer para resolver umas coisas.

— Okay. – Concordamos e fomos nos informar de como era para irmos ao Cristo.

Entramos em uma espécie de loja que tinha várias coisas artesanais, bichos de pelúcia, livros e objetos na maioria sobre o Rio e fomos ao caixa comprar nossas passagens para cima, em seguida corremos para a fila das pessoas que vão subir.

— Cara, daqui pro ano que vem a gente sobe, olha o tamanho disso. – Emmett falou, abismado de ter tanta gente.

— Parece que toda a população se reuniu, minha nossa. – Alice resmungou.

— Eu tenho a solução! – Percy exclamou animado.

— Percy...

— Confiem em mim. – Ele disse, piscando um olho.

Não, confiar nele não é uma boa.

(...)

A gritaria rolava solta pelo local, várias baratinhas estavam andando pelo chão rapidamente, fazendo a maioria correr e subir nas coisas, mas Percy apareceu com um sorriso orgulhoso e disse:

— Vamos, são de brinquedo.

— O quê? Mano, presta a atenção. Nós vamos ser presos! – Exclamei indignada, agora também apavorada.

— Deixa disso, vai dar tudo certo. – Falou com descaso, recebendo alguns tapas de todos nós. – Ai, dá pra parar? Tem uma van parada, vamos. – Ele falou e nós o seguimos apenas por precaução.

Entramos sem muita gente estar na nossa frente, uma vez que a fila tinha se dissolvido depois da pequena confusão com as baratas, mas ainda assim eu sentia que tinha gente tensa.

A van fez o caminho da subida enquanto nós reclamávamos do plano de Percy, que apesar de ter funcionado estava nos deixando meio em pânico.

— Galera, galera, galera, calma. Vai dar tudo certo, podem confiar. – Ele falou, tentando apaziguar o clima.

— Porque não é você que vai ir para o Carandiru, eu não vou vestir o diabo daquela roupa laranja e ser marica de macho nenhum. – Jasper falou, começando a surtar.

— Tá tudo certo, relaxem. – Percy respondeu, olhando o caminho pela janela.

Eu ainda não me sinto 100% feliz, mas me concentrei no passeio antes de ser levada para uma prisão por 70 anos por causa do gênio.

Quando a van nos deixou (em um lugar já bem alto), nós fomos para as catracas e entregamos nossos tickets, passando e encontrando uma escada enorme e um elevador.

— Então, por onde? – Rosalie perguntou.

— Elevador. – Respondemos em uníssono, nos fazendo rir.

— A gente deveria se exercitar. – Ela falou, repreendendo.

— É só hoje, na próxima nós vamos pela escada. – Emmett falou, recebendo um soco.

Mesmo subindo boa parte do caminho no elevador, ainda havia escada para subir. Suspiramos e começamos a subir, apostando corrida. Emmett tropeçou e caiu de cara na escada, mas levantou rapidamente e tentou nos ultrapassar, uma vez que havíamos voltado para vê-lo.

Quando chegamos em cima eu fiquei muito chocada com a bela vista. Dava até mesmo para ver o estádio do Maracanã se olharmos por um lado. O Cristo estava esplêndido em toda a sua grandeza à nossa frente. Tiramos muitas fotos, o que foi meio difícil, uma vez que o fluxo de pessoas era muito grande e o sol não deixava enxergar direito a tela da câmera.

— Eu vou morrer, eu vou cair daqui, socorro! – Escutei a voz de Jasper, que estava desesperado olhando para baixo em uma mureta.

— Acalme-se, homem. Você nem tá caindo. – Alice falou, divertida.

— Mas parece que sim, quando vamos descer? – Ele perguntou, parecendo meio pálido.

— Em breve, se quiser ir mais rápido esse caminho é mais rápido. – Edward provocou, nos fazendo rir da cara de Jasper.

Não demoramos muito por causa do sol intenso e do cansaço, além de que estava quase na hora da van nos buscar.

Fomos descendo e pegamos a van para onde a motorista nos esperaria às 13:00h, ao chegar embaixo percebi que uns seguranças estavam cochichando, então um assentiu e vieram em nossa direção. 

— Er... Pessoal? É impressão minha ou eles estão vindo em nossa direção? – Externei meu pensamento.

— Não deve ser nada de mais. – Annabeth falou, dando de ombros.

— Boa tarde. – Eles falaram.

— Boa tarde. – Respondemos.

— Você. – Um deles, moreno e alto, apontou para Percy. – Está detido até pagar uma multa por desordem pública.

— O quê? Mas eu não fiz nada!

— Nós vimos a gravação para saber como tinha acontecido e o vimos soltando elas. – O outro, loiro e também alto (isso é um padrão?) falou, cruzando os braços.

— Certo, certo. Estamos de férias e eu estou responsável por ele porque ele ainda é de menor. – Emmett falou, tomando a frente. – E além do mais, ele é meio anormal. – Ele sussurrou, mas todos nós escutamos, fazendo Percy ficar ofendido.

— Ótimo. – O moreno falou. – Então você assumirá o lugar dele.

— Quê? Meu irmão, vamos ver isso, eu pago a multa. – Emm falou, lançando um olhar mortal a Percy, que deu um sorriso cínico.

— Sim, porque eu sou anormal.

— Desgraçado. – Emmett sibilou, fingindo uma tosse, Percy apenas deu um risinho.

Emmett, Rosalie e os seguranças foram para dentro da casa comercial, quando eu ouvi um suspiro aliviado. Quando olhei para trás vi Jasper meio verde.

— Cara, eu quase fui preso! – Ele falou dramaticamente.

— Nunca vou deixar você tomar conta de alguma situação, Perseu Jackson! – Annabeth falou, indignada.

— Uai, eu só queria ajudar. – Falou emburrado.

Ainda fizemos algumas reclamações, mas logo estávamos nos abraçando.

— Isso é muito gay! – Emmett falou, se juntando ao nosso abraço. – E, Percy, está me devendo.

Percy apenas rolou os olhos.

— Certo, Emmett.

Não demorou muito para a mulher voltar  para nos buscar, encontramos as outras pessoas que vieram conosco então partimos.

(...)

Quando chegamos na pousada nós pedimos muita comida e devoramos tudo, estávamos realmente com fome e cansados, então ficamos em nossos quartos durante o resto do dia.

Na manhã estávamos todos mortos, com a cara enfiada no travesseiro. Mas Alice de repente virou uma bola de energia e expulsou todos nós da cama quente para irmos embora para casa.

Colocamos tudo na Kombi (que Emmett deu um abraço demorado e teve um diálogo de saudade) e fizemos o check-out.

Quando estávamos partindo Emmett começou a cutucar um rádio que ele comprou na feira, mas ele acabou tropeçando e o aparelho caiu no chão, fazendo um barulho de quebrado. Ele imediatamente se abaixou para pegá-lo.

— Eu não acredito, meu pobre radinho. – Emmett lamuriou, tentando mexer nos botões mas ele não fazia som algum.

Edward foi para o lado dele e bateu a mão em seu ombro e disse:

— Tudo na vida é passageiro, menos o motorista e o cobrador.

— Ah, sai pra lá. – Emmett resmungou. – Ele era tão jovem!

— Emmett, para com isso, vamos logo. – Rosalie chamou impaciente.

— Vocês são todos insensíveis! – Ele exclamou, chateado. Foi até sua bolsa e tirou um radinho semelhante, com um sorriso enorme estampado na cara. – Ainda bem que eu comprei um reserva.

O fitamos incrédulos, até que ele subiu no banco do passageiro e gritou:

— Vamos, Rosalie! São Paulo espera por nós! – Ele falou, nos esperando ansioso, uma vez que Rosalie vai dirigir na volta.

Bem, tomara que a viagem dessa vez seja melhor.

 


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Notas finais do capítulo

*É uma loja de maquiagem, mas aqui foi mais uma piada com o peso e tamanho da Alice.

**Eu acho que foi lá que descemos, não lembro direito. Kkkkkk

***Realmente não lembro se era um heliporto, mas parecia, então considerem.

Oie, pessoas. o/
Trouxe o último capítulo para vocês! O epílogo vai ser o natal deles, o que acham que vai rolar? ;)
Desculpem a demora, eu tava atrapalhada com outras fics e ela acabou meio de lado. Mas voltei. ♥
Todo mundo sumiu no último capítulo, quase flopou. :( Pensei até que tinha feito algo errado, mas reli e acho que não. Kkkkkkk
Bjs e até o natal. o/ Agora se é o deles ou o nosso eu não sei. ~cara maliciosa~
Brincadeira, volto assim que der. Kkkkk



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