Férias Bem Loucas escrita por Only Stark


Capítulo 3
O Navio Vai Afundar... Ou O Carro


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura, pessoas do meu core. ❤



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/743789/chapter/3

P.O.V. Isabella Swan

Não sei o porquê, mas tenho a impressão de que essa Kombi vai desmontar a qualquer momento. 

— Vamos ligar o rádio. - Rosalie sugere levando a mão ao aparelho.

— Não sei pra que, essa Kombi está cantando Metralhadora sozinha. Tá escutando não? Oh, trá, trá, trá, trá, trá... - Percy respondeu levando um olhar mortal de Rosalie, e tapinhas em concordância meus, podia muito bem escutá-la cantando o refrão em seus rugidos.

“Infiel, eu quero ver você morar no motel, estou te expulsando do meu coração..."

— Ôô, sofência. - Jasper balançou os braços para um lado e outro, me fazendo rolar os olhos.

— Muda essa música. - Alice falou se esticando e trocando a estação, fazendo Jasper reclamar indignado.

"10% de redbull, 10% de água de coco. 80% de Whisky..."

— TÔ CEM POR CENTO MUITO LOUCO, LOUCO, LOUCO, LOUCO. - Os gêmeos Cullen terminaram a música dando pulos animados. Me estico trocando a estação de novo ouvindo protestos.

"Malandramente, a novinha inocente, se meteu com a gente, só pra poder curtir..."

— Cansei dessa música, toca toda hora. - Annabeth reclama e troco de novo.

"Eu queria agora ter um disco voador, pra ir morar de vez em Marte..."

— Que marmota é essa? - Perguntou Emmett pulando mais essa estação. 

— O problema é que ninguém aqui tem o mesmo gosto musical. - Alice fala exasperada.

— Cada um pega seu fone, e canta de mansinho. - Edward fala já com o seu, piscando para nós.

— MORREEEEU,

A MULHER CARINHOSA E FIEL QUE TE AMAVA,

PEGA O ELEVADOR, A SUA MALA E VAZA...

— CALA A PORRA DA BOCA, JASPENILDO. - Edward grita jogando sua havaiana nele. Sabia que ele fazia uma coisa útil.

— Não se pode nem cantar. - Resmunga passando a mão no braço que a sandália acertou. 

— Cacarejar no caso. - Annabeth tirou sarro.

— Tá, cantora de primeira. – Resmungou recolocando os fones que caíram e cantarolou baixinho.

Peguei meu celular, colocando na minha lista que separei e escuto, enquanto os outros ficam fazendo o mesmo, ou ficam simplesmente conversando. Emmett e Rosalie conversavam baixinho e trocavam alguns olhares daqueles. Prefiro não saber o assunto. Durante o trajeto passamos por Guarulhos e São José dos Campos, sem parar em nenhum deles.

— Pessoal, vamos fazer uma pequena parada em Taubaté, para ir ao banheiro e abastecer. – Emmett anuncia de repente. 

— Está certo, para em um posto que tenha uma daquelas lojinhas de conveniência, quero uma barra de chocolate urgente. – Annie resmunga, olhando agressivamente para o Percy que ri nervoso e fico curiosa, mas por enquanto, vou ficar na minha. Logo chegamos à Taubaté e Emmett estaciona perto de uma bomba de gasolina, saindo correndo em direção ao banheiro, eu acho. Annabeth desce e decido seguir ela, assim como Alice e Rosalie, que também devem estar desconfiadas.

— Por que estão me seguindo? – Ela pergunta ainda de costa para nós três.

— Nada, queremos chocolate também. – Desconverso.

— Eu sei que não é. – Responde entrando na lojinha, onde tem um rapaz loiro que fica nos encarando. Eu hein.

— Okay, nós vimos você e Percy trocando olhares estranhos. – Alice diz maliciosa e Annabeth rola os olhos.

— Ele é tão, tão irritante que eu fico muito irritada, só isso. – Fala impaciente escolhendo algumas barras de chocolate indo para o refrigerador, pegando uma cesta no caminho, e umas garrafinhas de suco. – Ele é tão metido a pegador, tem um ego enorme, e tão... Bonito, aqueles olhos. – Fala encarando a embalagem de chocolate.

— Você gosta dele. – Corto a conversa fiada dela.

— Nem se ele fosse o último homem da terra, ou melhor, da galáxia. – Fala irritada indo para o caixa, onde o loirinho dá um sorrisinho e ela fecha a cara, pagando suas coisas. Logo os mongoloides, digo, os meninos entram também, indo pegar água.

— Então, gatinha, está livre na sexta à noite? – O carinha do caixa pisca para Annie que abre a boca incrédula.

— Nem em um milhão de anos, ela estará muito ocupada todas as noites, se é que me entende. – Percy sai da loja arrastando Annabeth que ainda estava em choque. Até eu estou em choque. O rapaz do caixa ainda estava tentando registrar tudo.

— Uau, isso é que eu chamo de uma boa cena de ciúme. – Rosalie balbucia de olhos arregalados.

— O que aconteceu aqui? – Jasper estava chocado também, não era pra menos.

— Isso é um Cullen em ação, espectadores. – Edward falou orgulhoso, eu já disse que ele é meio estranho às vezes?

— Espera aí, ele saiu com a minha irmã. – Jasper arregalou os olhos empurrando as garrafas de água que segurava para Emmett e correu para fora com Rosalie correndo atrás dele o chamando.

— Vamos pagar logo isso que quero ver o circo pegar fogo. – Emmett correu para o loiro chocado, pagando rapidamente e pegando as sacolas que Annabeth deixou ao ser arrastada pelo Senhor Fornecedor de Coelhagem Todas as Noites. Quero dizer, ele deixou bem explícito isso.

— Vamos baixinha. – Emmett chama Alice que estava olhando a prateleira de salgadinhos.

— Baixinha o teu focinho. – Esbravejou irritada.

— Pigmeu, pigmeu. Você sabe que é baixinha, assim como eu sei, pigmeu.

— Emmett, vê se eu estou na esquina. – Ela sai irritada e todos saímos também.

Acho que o show acabou. Não, espera.

— Justo eu cara? Por que eu? – Jasper perguntou para Percy (Que estava com uma aparência bagunçada.) que o olhava incrédulo. Annabeth estava meio bagunçada também, ao seu lado e meio corada. Safadenhos.

— Cara, você está bem? – Emmett perguntou dando palmadas na costa dele. 

— Não, a minha irmã é tão jovem... – Ele se encostou em Emmett fazendo toda aquela coisa dramática e segurei o riso.

— Cara, semestre passado você foi encontrado dentro do armário de limpeza com a Maria Fernandes. – Edward acusou sarcástico. 

— Isso não vem ao caso, Cullen. É de minha irmã que falamos. – Ele levantou o olhar pra ele tentando parecer ser assustador, mas parecia que ao invés disso estivesse confuso. 

Melhor dia. – Começo a rir internamente.

— Vamos acabar com essa palhaçada, se a gente quiser chegar no Rio ao menos duas da tarde. Circulando, circulando. – Emmett empurrou Jasper do seu ombro entrando na Kombi a ligando, fazendo com que a gente entrasse também e tomamos nossa posição anterior.

— Essa conversa continua, Cullen. – Jasper olha irritado para Percy que apenas o olha divertido.

— Jasper, cala a boca. – Annie resmunga irritada colocando seus fones, mas seus olhos brilhavam e de vez em quando ela e Percy trocavam olhares. Mais um casal, não sei se vou aguentar.

Assim seguimos o trajeto, algumas conversas ocasionais, comendo nossos lanches. Annie dividiu as barras que ela comprou e assim fomos. Até que começamos a escutar uma coisa estranha.

— Isso aqui vai explodir, por favor, não, Deus, por favor, eu sou jovem. Tenho tanto a fazer. Faculdade, trabalho, filhos pra fazer. NÃO. – Jasper estava ajoelhado em cima do banco desesperado. 

— Porra, Jasper, você tá na TPM, cara? – Emmett perguntou irritado e nervoso.

— Eu não estou na TPM. – Jasper revidou indignado. 

— Pois parece, toda hora dando piti. Eu hein, homem. – Reclamo querendo arrancar a cabeça loira dele.

— Vou tentar me con... Porra, esse barulho de novo, eu não quero morrer. – Choramingou enquanto a Kombi diminuia a velocidade. 

— Olha a explosão, quando a Kombi é velha e explode no chão. – Edward tira sarro rindo dos olhos arregalados de Jasper.

— Sim, Emm, o que é isso?

— Bem, talvez. Só talvez mesmo. Eu tenha esquecido de colocar gasolina e a reserva esteja acabando. Mas estamos falando de hipóteses. – Riu nervoso. 

— COMO VOCÊ ESQUECE DE ABASTECER, CARA? – Percy pergunta perplexo olhando o mapa.

— Eu fui ao banheiro, cara, quando a gente chegou na lojinha vocês ficaram de viadagem e eu acabei esquecendo de abastecer. Mas tudo bem, vamos ver até onde a gente vai e quando acabar a gasolina toda, vamos andando atrás de um posto. Pronto. – A Kombi deu o que pareceu um rugido final e parou.

— Emmett, você já viu o tamanho de distância que tem de Pindamonhangaba para Guaratinguetá? – Percy pergunta irônico.

— Não, cadê? – Emmett se vira olhando o mapa e arregalou os olhos. – Puta que pariu.

— Teremos bastante dinheiro no pote de palavrão, hein? – Rosalie pergunta, com uma cara de quem iria surtar a qualquer momento.

— Que tal a gente ir pro meio da pista e rodar a bolsinha? – Edward perguntou divertido e Jasper agarrou a regata dele.

— Homem, estamos no meio do nada, perdidos, com frio e com fome. Vamos morrer. – O sacudiu violentamente, Edward deu um tapa na mão dele que soltou.

— Primeiro lugar. Alguém pode passar a qualquer momento. Segundo lugar, temos um mapa, tá um calor do inferno aqui e acabamos de lanchar. Então aquieta a periquita, macho.

— Como eu vim parar aqui, podia estar no meu quarto cantando Marília Mendonça, Mc Kevinho, mas estou aqui. – Bufa irritado abrindo a porta da Kombi e foi andando pela pista. – Quem sabe se eu não entrar no mato como ele no clipe de O Grave Bater, eu não acabo em uma piscina cheia de mulher também? – Foi resmungando.

— Ô, JASPER, TEM COBRA POR AÍ, FICA SENTADO AQUI QUE É MELHOR. – Emmett gritou da porta e rápido Jasper voltou e trancou a porta.

— Que perigo eu passei. – Falou chocado e nós rimos dele. Isso é o que eu chamo de uma boa viagem.

(...)

— Vai ralando na boquinha da garrafa, É na boca da garrafa

Vai descendo na boquinha da garrafa

É na boca da garrafa. – Cantamos batendo palmas, sentados em cima dos carpetes que colocamos na pista para pegarmos um ar, então decidimos cada um puxar uma música conhecida e o resto fazer coro, estávamos nisso em mais ou menos 30 minutos, no instante Rosalie tinha escolhido. 

— Meu coração é seu, tome, e ele é todo seu, tome. Vamos lá no cartório passar ele pro seu nome. – Alice puxou e nós seguimos.

— Esse é o malha funk, os muleques são dengoso, vem pra cá tchutchuca linda. – Emmett começou a cantar e o olhei arqueando a sobrancelha rindo, enquanto o resto acompanhava ele.

— Agora eu. – Me pronuncio quicando. – Aiii, não tô valendo nada, vish, a minha carne é fraca, nossa assim você acaba me matando, você não faz ideia do que eu to imaginando.

— Eu e você, você e eu, nós dois. – Edward fala gesticulando com as sobrancelhas e todos rimos.

— Hey, olha um carro vindo ali. – Annabeth pula em pé, acenando para o carro preto que se aproxima e também levantamos, gesticulando fazendo o carro parar logo atrás da gente. 

— Vocês aqui? – A pequena figura morena nos olhou confusa ao saltar do banco do passageiro.

— Aleeeeeeee, nunca pensei que ia ficar tão feliz em te ver. – Percy corre para abraçá-la e rolei os olhos pra ele.

— O que estão fazendo aqui, o motor da Kombi morreu? – Logo apareceu o que achei ser o pai dela.

— Então, é que alguém esqueceu de abastecer a Kombi, e acabou a gasolina. Estamos aqui há um tempinho esperando alguém passar. – Falo meio envergonhada sorrindo.

— Vocês tem sorte que vamos visitar minhas tias em Guaratinguetá. – Alessa riu, enquanto Jasper a abraçou também. 

— E  também tem por eu sempre trazer gasolina extra, deve dar de chegar em Guaratinguetá, meninos. – Senhor Valdez vai ao carro pegando uma garrafa de gasolina, entregando ao Emmett, que logo correu para colocar no tanque.

— Não sabemos como agradecer, quer que a gente pague a gasolina? – Edward se pronunciou animado. 

— Apenas cheguem seguros e abasteçam. – Senhor Valdez saiu rindo para o carro e Ale nos abraçou se despedindo e eles saíram para o destino deles, logo depois de todos agradecermos. 

— Belezuras, vamos embora. – Emm bateu na lateral da Kombi nos chamando.

— Agora vai. – Jasper vibrou em seu lugar. 

— Se a Kombi não desmontar, olê, olê, olá. Nós chegaremos lá. – Percy cantou zombando.

— Kelly não me abandonaria. – Emmett fala acariciando o volante. 

— Quem raios é Kelly, Emmett Brandon? – Rosalie perguntou, aparentemente irritada.

— A Kombi, oras. – Falou como se fosse óbvio e todos começamos a rolar de rir enquanto ele fazia cara feia. Como eu disse umas trezentas vezes, melhor viagem da vida.

Vamos seguindo o trajeto parando para abastecer em Guaratinguetá, Japeri – onde dissemos para Jasper ficar, porque combina com o nome dele – e logo avistamos a placa indicando que chegamos ao Rio de Janeiro. 

Oh sim, baby, chegamos ao Rio.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Aeeeeeeeeeeeow. A fic flopou. ~dancinha ridícula~. Esse sempre foi meu sonho, obrigada por me fazerem feliz. Kkkkkkkk
Eu quero dedicar esse capítulo pra mim porque eu sou UMA DIVA MARAVILHOSAAAAAAAA.
Agora só posto quando tiver capítulo novo novo porque acabou meu estoque.
Bjinhos de luz, fantasminhas e até. ♥