Capítulo Quatro [4].

Muitos anos atrás, escritório de Viktor.

— O que acha da ideia, senhor? — um funcionário perguntou, com receio. Qualquer um estaria com medo de perguntar algo para o chefe, afinal, ele havia perdido a sanidade há muito tempo desde que pensou na ideia do PROJETO. 

— Não me é uma má ideia, Blitzcrank. Como uma criação minha, você tem parte de minha inteligência. É fato — se achou, rindo e se virando para o robô — Mas, ainda não é o suficiente. Eu preciso de mais emoção, de mais coisas. Eles serão apenas robôs, não meio-humanos. 

— Mas, senhor... Colocar alguns Projeto com memórias e sentimentos de um ser humano, parece ser uma boa ideia para mim. Eu queria que você tivesse feito isso para mim... — Sussurrou a última parte, saindo do local.

Viktor ficou pensativo. Seria realmente uma boa ideia? Ele teria de pensar realmente em quem seria a primeira cobaia para o experimento. Ele estava pensando nos Projetos há quase 10 anos, e só colocou eles em ação agora. 

Ele estava meio velho para isso, beirando seus 70 anos, mas nada que um pouco de bebida melhore seu humor. 

Se virou para o quadro de suas melhores criações;; Blitzcrank, Warwick, Camille. Ele sentia orgulho de ser o homem que criou aqueles projetos que mudou cada estado. 

Escutou alguém bater na porta, e disse sua robótica fala ''Entre''. Se virou novamente para a porta e viu Kai'Sa, uma das garotas que ficou perdida no vazio após ser abandonada, e ele lhe deu algumas peles ''especiais''. 

— Olá, senhor. — Se curvou, sorrindo. — Venho aqui lhe dizer que a rainha Ashe está lá fora para discutir sobre o seu novo projeto. 

Ashe... a rainha de Freiljord. Ela estava indignada com as ideias que Viktor tinha colocado na mente dos cientistas. Assentiu lentamente e viu a garota sair da sala, e logo viu a tão temida rainha do reino mais famoso, adentrar o local com seu semblante sério, e seus trajes mais ''arrumados''. 

(Não que Ashe fosse uma qualquer, mas geralmente as roupas básicas dela, era um pouco... vulgar, na opinião de Viktor) 

— Olá, rainha Ashe. 

— Olá, senhor Viktor Vangosh. — Se sentou em frente ao homem, o encarando ainda séria. — Eu vim aqui discutir sobre seu novo projeto, sobre pegar humanos no fim da vida e fazer eles virarem robô, para serem os novos ''xerifes'' dos estados. 

— Oh, sim sim. Diga o que pensa, estou todo ouvido, rainha. 

Ashe pigarreou, se arrumando na cadeira e encarando Viktor. — Eu pensei e pensei todas as noites desde que recebi a notícia. Para mim, não é certo continuar dando vida para alguém que está no fim dela. Cada um tem o seu destino diferente, porém todos temos algo em comum, a morte. E privar alguém disso, é como dar imortalidade. Eu não apoio o projeto, de forma ou outra, seja a pessoa no final da morte ou não, a pessoa se tornará imortal, e você estará privando a pessoa da morte. Além de que, os Projeto irão tirar emprego de muitos policiais e advogados que estudaram a vida toda para seguir aquela carreira, seria injusto para eles. Porém, apesar de tudo, você pode criar projetos como Blitzcrank, por mais que eu não apoie cem por cento essa ideia. 

O silêncio reinou no local até Viktor processar tudo que Ashe falou, e rir, ou melhor, gargalhar, altamente. Ashe ficou confusa e encarou o homem sério, pigarreando novamente e atraindo a atenção do mesmo: — Desculpe, o que é engraçado? 

— Oh... eu achei hilário sua ingenuidade. Tudo que eu faço tem um sentido, Ashe, porém, não irei revelar ele agora. 

— Como rainha de Freiljord, eu ordeno que você revele o seu tão temido segredo. É para o bem e segurança de todos, Viktor. Você perdeu a sanidade, todos tem medo do que pode vir pela frente através de suas mãos. 

— Desculpe, Ashe, mas a nossa conversa acabou. Por favor, se retire da sala, tenho que revisar a ficha dos voluntários para o Projeto. 

10 anos atrás, Piltover.

— Ei, calma Vi. Sua irmã deve estar bem, deve ser mais um dos sumiços rotineiros dela. — Caitlyn apoiou sua mão no ombro da namorada, que estava com a cabeça apoia nas mãos e chorava baixo. Fazia uma semana desde o desaparecimento de Jinx, em Zaun, Piltover, não tinha rastros dela. 

— Não, cupcake. Não é assim que a banda toca. — Secou o rosto, encarando sua namorada. — Jinx foi uma vítima. A primeira vítima.