Dust and Gold escrita por Finholdt


Capítulo 11
X. 'Cause I can't see it anymore


Notas iniciais do capítulo

............desculpa



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/743631/chapter/11

Senhoras e senhores.

Esse é o momento que estávamos todos esperando.

Ibn olhava sem realmente ver o horizonte de seu quarto, mal conseguindo assimilar o que esse amanhecer queria dizer.

Ah, é verdade, pensou Ibn de súbito, como se tivesse acabado de lhe ocorrer, hoje é meu aniversário.

Seu corpo ainda estava dolorido de seu último encontro com Superboy, com cicatrizes que nem os curandeiros mais capazes de Ra's foram capazes de curar. Um corpo que hoje completava  21 anos.

Um corpo que estava prestes a se casar.

Com um sorriso sem humor, Ibn percebeu que seria o primeiro a se casar da batfamília. Que ironia.

[x][x][x]

[...] claramente Robin é um herói fracassado com tantos substitutos quanto vilões em Gotham. Será que ninguém ainda percebeu que esse título está fadado a morte?

Eu estava no meio da aula de química quando começou os sussurros.

Normalmente eu não me importo com fofoca escolar, afinal costumam ser frívolas e fúteis demais para alguém que cresceu em uma fazenda e não poderia se importar menos com quem usou o tom errado de laranja, ou o que for.

No entanto quando vi que até mesmo o professor havia desistido de dar aula para encarar horrorizado o celular, senti que havia algo muito, muito errado.

A VERDADE SUJA DOS HERÓIS, por Clark Kent.

O quê?!

Olhei em volta e comecei a prestar mais atenção no que todo mundo tanto sussurrava para o outro, com minha audição aguçada.

— Você viu isso?! “Há relatos de Mulher-Maravilha sendo misândrica e recusando-se a salvar vítimas por serem homens [...]” E de pensar que essa vaca discursava sobre direitos iguais-

— “[...] Estelar foi vista mais uma vez sendo uma puta indecisa, que não consegue se decidir por qual macho quer correr atrás. Será que foi esse tipo de comportamento que fez Asa Noturna sumir?” Não acredito que essa ET horrorosa fez isso!

Eu não podia acreditar nos meus próprios ouvidos. Não… Não, meu pai jamais escreveria um artigo tão nojento, isso… Era impossível! Em frenesi quase maníaco, peguei meu celular e cliquei no meu aplicativo de atalho para notícias.

— Ei, Kent! Não foi seu pai quem escreveu isso? Se você sempre soube de tudo isso, por que nunca falou nada? — Alguém começou a falar comigo, mas eu não conseguia juntar forças para responder.

Mais e mais notícias apareciam em uma velocidade impressionante.

“Protestos contra os super-heróis em todo o globo aumentam cada vez mais-”

“Contagem em 5 pessoas que suicidaram em descrença pelos heróis-”

“Clark Kent é chamado em multidões em busca de explicações-”

“O jornalista Clark Kent responsável pelo polêmico artigo sobre os heróis nega qualquer envolvimento com a matéria e alega-”

“Heróis vistos lutando entre si em revolta pelas coisas ditas no artigo. Suspeitas de quebra de confiança levam a crer na veracidade-”

“Lanterna Verde encontrado em uma luta de socos com o Flash, em Central City-”

“Superman foi chamado no Planeta Diário por Lois Lane mas continua desaparecido-”

Fui interrompido subitamente das minhas leituras quando os sussurros aumentaram para gritos completos, principalmente Michael e a Rachel, que estavam aos berros.

— Muita coragem a sua tentar defender o Arsenal depois dessa sujeira toda! Aqui, caso você não entenda de interpretação de texto: “É preocupante para os civis que esses tão chamados “heróis” sejam tão falhos quanto o alcoólatra do bairro. Oh, espere, este autor não refere-se ao herói Arsenal. Reza a lenda que ele abandonou a heroína, no entanto é difícil de acreditar nisto, considerando todo o histórico de derrotas que o tão chamado “herói” levou nos últimos tempos. [...]” Será que precisa dizer mais, ou já deu pra você cair na real, Rachel?

Rachel pulou no pescoço do Michael e começou a socá-lo e gritar. Antes mesmo de eu conseguir me levantar e tentar apartar a briga, mais três brigas estouraram por causa do artigo.

— Ah, finalmente alguém falando as verdades! “[...]Kid Flash é claramente apenas um moleque que tenta seguir os passos do Flash como um cachorrinho, mas acaba mais atrapalhando do que ajudando.” Só estou esperando esse pirralho acabar cometendo um erro e morrer!

— Repete isso na minha cara! O KF salvou a minha vida!

— Viu? Como o artigo disse, mais atrapalhando que ajudando.

Eu nunca vi um humano deformar-se tanto tão rápido.

Era o inferno. Eu estava em um pesadelo.

Todo mundo gritava e se batia. Sabia que eu devia tentar ajudar os professores a separar os alunos, mas uma olhada pela escola com minha visão raio-x mostrou que todas as salas estavam em situações parecidas, com até mesmo professores espancando uns aos outros.

Na verdade… A cidade inteira estava em estado de alarme. Eu jamais daria conta sozinho.

Corri em disparada para a saída da escola, desviando das brigas e corpos inconscientes. Todos estavam com um celular ou tablet na mão ou jogado no chão para poder brigar, com o maldito artigo aberto. Como um simples artigo poderia fazer tanto estrago?

Mas era mais que um simples artigo. Haters existem por toda parte, mas é completamente diferente quando a fonte é um jornalista sério e renomado, com prêmios por mostrar a verdade não importando quão nua e crua seja.

— Aquele não é o Kent?

— Kent volte aqui e explique já essa história!

— Peguem ele!

Ah, meu Deus. Se eles tentarem me dar um soco, vão acabar quebrando a mão e esse é pior momento para ser descoberto como Superboy. Se já querem acabar comigo por ser o filho do jornalista do cacete do artigo, imagine só o que farão se descobrirem que também sou Superboy.

Eu não podia usar meus poderes para fugir e não podia ficar para ver o que acontece. Corri o mais rápido que eu ousava na frente de tantas pessoas e pulei a janela do segundo andar, onde eu sabia que havia sacos de lixo embaixo. Assim eu “amortecia” a queda e ninguém suspeitaria porque eu sai ileso de uma queda tão grande.

Pessoas começaram a enfiar a cabeça pelas janelas, para me verem fugir e gritam atrocidades.

KENT! O ARTIGO DIZ QUE O SEU PAI PEGOU ESSAS INFORMAÇÕES DE UMA FONTE SEGURA QUE PREFERIA SE MANTER ANÔNIMA PARA SUA PRÓPRIA SEGURANÇA! QUEM É?!

— QUEM É?

— QUEM É?

Por onde eu corria, eu podia ouvir o que todos estavam gritando em revolta. Mas uma coisa era a mais repetida e mais alta:

— QUEM DISSE ISSO?

— QUEM DISSE ISSO?

— QUEM DISSE ISSO?

— QUEM DISSE ISSO?

~*~*~*~

Ibn al Xu’ffasch mordia o lábio enquanto contemplava se devia ir em frente com o plano. Era um caminho sem volta.

Foi extremamente fácil hackear os sistemas de segurança do Planeta Diário e bloquear o acesso do Kent. Ibn encheu sua obra de códigos para deixar completamente impossível de se livrar. Uma vez exposto, isto jamais seria retirado do acesso mundial.

Assim que ele apertasse “enter” estaria tudo acabado para pessoas demais para contar.

Ibn suspirou e olhou para cima. Ele havia assumido esse nome fazia pouco tempo e serviu como uma luva. Era como Talia o chamava quando ele era mais novo, como um apelido carinhoso só entre os dois até que se desenvolveu para algo mais.

Ele olhou para o artigo que o encarava de volta em acusatória e releu o título: A VERDADE SUJA DOS HERÓIS.

Será que valia a pena envolver tantas pessoas por uma vingança? O que Grayson diria se visse isso?

Nada”, sussurrou uma voz em sua mente, “Grayson diria nada, pois ele está morto. E você sabe muito bem de quem é a culpa.

É… Contra fatos não há argumentos, não é mesmo? As cicatrizes profundas nas costas de Ibn que o digam. Essas cicatrizes eram mais que simples ferimentos ou uma lição que o avô tentou lhe aplicar. Eram o símbolo da promessa que Ibn havia feito antes de perder a consciência.

Eu quero ver o mundo o queimar, e todo mundo se tornar mau.

“enviar”

Superman pode ter vencido a batalha com aquela ceninha na Torre Titã, mas é Ibn quem vai ganhar essa guerra, podem apostar.

Poucos segundos depois, notícias e mais notícias começaram a pipocar no computador de Ibn. Era perfeito. Os próprios heróis vão acabar se destruindo e tudo o que Ibn fez foi jogar a gasolina.

Ei, Jon, como você gosta de mim agora?

~*~*~*~

— Meu senhor, os preparativos para o início da cerimônia estão prontos.

Era um dos criados, provavelmente mandado ali para o doce lembrete que Ibn tinha um dever a cumprir.

Olhando sua janela pela última vez, Ibn respirou fundo e exalou devagar, deixando todos os seus desejos próprios serem levados com a brisa. Agora Ibn era um adulto, e mais importante que isso, ele irá se tornar Ra’s al Ghul.

Não havia espaço para sonhos e esperanças tolas.

— Senhor?

— Sim. Vamos acabar logo com isso.

Dando as costas para a janela, Ibn marcha para o seu inescapável futuro. Não havia nada a se fazer.

Eu te disse, Jon. Não havia nada a salvar”.

Havia preparativos demais para cuidar. Ibn precisava banhar-se com as ervas sagradas e procurar uma oferenda para noiva, no fim do dia. Ele não estava particularmente empolgado com essa parte, mas precisava ser feito.

Sabia que não veria Mara até a hora da cerimônia, então não estava preocupado em ser pego de surpresa pela prima, com certeza ela deveria ter mais o que fazer.

Quatro ninjas faziam-lhe guarda enquanto caminhava pelo prédio principal, a honraria de ser o herdeiro do palácio. Para qualquer um, parecia que eles estavam protegendo Ibn e cuidando de sua proteção, mas Ibn sabia mais. Ele estava sendo vigiado.

Mara sempre foi espertinha demais para o seu próprio bem. Ela queria certificar-se que Ibn não fugiria ou algo do tipo. Tt, uma ação desnecessária. Ibn já deixou mais que claro diversas vezes onde estava suas ambições e planos. No entanto, era difícil julgar a prima pelas precauções, considerando seu histórico.

Enquanto caminhava, Ibn observava os servos correndo de um lado para o outro com os preparativos para a cerimônia. Flores, lâminas e laços… O básico para o cerimonial ocorrer sem problemas, Ibn supôs.

Com o casamento sendo dali algumas horas, Ibn precisava pensar em algo para manter a atenção da futura esposa longe de sua ilha particular. Aquela ainda não havia sido exposta e por mais que ele não pise lá fazia quase quatro anos, precaução nunca era demais. Afinal, havia uma vida em jogo ali.

[xxx]

Eu ainda não tinha certeza se ia seguir o plano de Oráculo até o fim ou se ia acabar seguindo minha própria rota. Provavelmente a segunda opção. Mesmo com todas as discussões que tive com Bárbara nos últimos dias, precisava ser dito sobre sua inteligência. Ela tinha razão em esperar até o aniversário de Damian. Todos na ilha estavam tão ocupados com os preparativos que mal perceberam que havia quatro novos ninjas andando por ali.

Tive que brigar, chantagear e implorar muito para conseguir convencer Bárbara que eu devia ir para o campo junto de Wally, Cassandra e Luke.

Tudo bem, disse pra mim mesmo, eu só preciso encontrar Damian e tirá-lo daqui enquanto os outros fazem sua parte. Luke ficou de hackear os sistemas da Liga, Cassandra e Wally cuidar dos ninjas da área e eu meio que estava encarregado de ser a retaguarda deles, mas minha preocupação com Damian era bem maior que o plano, pelo menos pra mim.

Analisei cômodo por cômodo com minha visão raio-x e relatei tudo que via para Oráculo. Fui mandado na frente para fazer isso, enquanto a chefona traça sua rota. Secretamente, eu também procurava onde exatamente estava Damian e de onde vinha seu batimento cardíaco. Ele parecia estranho, acelerando do nada algumas vezes e ficando quase completamente parado em outras. Era no mínimo preocupante.

Depois de fazer minha parte, aguardei alguns segundos antes de disparar para um cômodo vazio próximo de onde Damian estava. Agucei a audição e prestei atenção no que ele dizia.

— Creio que o ponto do ritual de oração era eu purificar minha alma. Sabem... sozinho. — Disse Damian secamente.

Silêncio. E então…

— Srta. Mara nos instruiu-

— Srta. Mara ainda não é a Sra. Al Ghul, então sugiro vocês levarem minhas ordens mais a sério do que as dela. Ou devo considerar isso atos de traição e puni-los?

Alguém engoliu em seco.

— Não, senhor. Esperaremos do lado de fora, senhor.

— Muito bem.

Se for sorte idiota ou destino que Damian tenha entrado no mesmo cômodo que eu estava escondido no armário, jamais saberei. Tudo que importava era que ele estava à apenas alguns passos de mim.

Coloquei a mão na maçaneta, pronto para correr até ele, quando hesitei. Damian estava ajoelhado no altar e abaixando a cabeça, em uma prece.

Era uma visão no mínimo bizarra, considerando que jamais o vi rezando na vida. Nem ao menos sabia sua opinião sobre religião. Mas talvez eu esteja equivocado. Talvez ele apenas esteja interpretando o papel que esperam dele e sua mente esteja a quilômetros de distância dali.

Esperei alguns minutos, respeitando seus desejos, mas quando ele enfim levantou a cabeça, não pude evitar abrir a porta e revelar minha presença.

Damian arregalou os olhos e piscou algumas vezes, perplexo, assustado até.

Dei um passo em sua direção e ele deu dois para trás.

— Fique bem aí. — Sibilou.

— Da-

— Se você se aproximar, eu vou sair e chamar os guardas! — Sussurrou feroz.

Minha expressão deve ter mostrado o quão decepcionado eu estava, pois ele logo completou, sem me encarar.

— Mas não saia também.

Damian grunhiu, frustrado. Não ousei me mover.

— Que diabos você está fazendo aqui? Espera, não responda. É melhor eu nem saber.

— Você quer que eu vá embora? — Perguntei baixinho.

— Inferno, eu devia. Devia te mandar pra bem longe.

Rejeitado, dei um passo para trás. Eu não pretendia ir realmente embora, apenas para outro cômodo para poder reformular o plano com os outros, mas estaquei no lugar com a ordem que ouvi.

— Fica aí!

— Damian… — Tentei me aproximar mais uma vez.

— Kent, o que você está fazendo comigo? — Ele rosnou baixo, se afastando. — Não quero que chegue perto de mim, mas também não te quero longe. Fique bem aí, droga!

Mas agora era ele quem se afastava.

— Não vá! — Implorei.

Ele balançava a cabeça.

— Não posso ficar, que inferno, vou me casar daqui a pouco!

— Fica. — Agora era eu quem pedia.

Estávamos em um ciclo, onde ninguém queria se mover. Eu não podia me aproximar, e nem ele. Mas nenhum de nós queria se afastar também. Presos em um ciclo de corações partidos.

— Se você chegar perto de mim agora, vai estragar tudo. — Damian tentou negociar. — Você não entende a importância disso.

— Eu quero falar com você. Você, Damian. Se eu não posso me aproximar, então não se afaste. Fica.

Ele fechou os olhos, balançando a cabeça.

— Não posso te dar o que você quer, Jon. — Ele soltou, engasgado. — Maldição, não tinha dia pior pra você vir?

— Quero falar contigo. Não, preciso falar com você.

Ele ainda não me olhava.

— Entra de volta pra esse armário e fecha a porta. — A ordem doeu, sentia-me rejeitado, como se tudo estivesse voltando: os mal-entendidos, as desavenças, as lutas...

Mas fiz o que ele pediu, sem me mover depois.

Ouvi passos e então um barulho abafado de alguém sentando contra a porta. Uma batida.

— Não dá pra falar olhando pra sua cara idiota, então senta e desembucha logo.

Meu coração estava apertado no meu peito e tive que exalar o ar que prendia devagar. Lentamente, como se estivesse lidando com algum animal selvagem, sentei contra a porta também.

— Não vou dizer como estou aqui, mas sim o porquê. — Comecei, respirando fundo. — Vim te ver. Não tínhamos acabado lá no bunker, e não ouse discordar de mim, droga! Damian, eu quero te ajudar. Não é tarde demais. Eu sei que você pensa que é, mas não é!

Um rosnado do outro da porta.

— Não sei que mundo colorido é esse que você vive, Kent, mas-

— Damian, me escuta. — Interrompi, impaciente e com o coração à mil. — Você precisa pagar pelos seus crimes, deve isso à Maya ao menos. Mas não é tarde demais, me deixe te ajudar.

Silêncio. Eu encarava o escuro do armário, sem coragem de olhar para trás ver a expressão do homem que um dia foi meu amigo. Ele ficou tanto tempo em silêncio que o único motivo para eu não ter achado que ele tenha ido embora foi o som de suas batidas rápidas do coração.

— Maya? — Sussurrou tão quietamente que se não fosse minha super audição, teria perdido. — Acha que eu a matei?

— O que está dizendo? — Eu estava honestamente perplexo. — Tinha tanto sangue que ninguém poderia ter sobrevivo sem ajuda imediata, e o corpo dela nunca foi achado. E Maya tinha dito que tinha te visto antes de sumir.

Damian ficou muito tempo quieto depois disso, assimilando, digerindo. Seu silêncio era desesperador, tudo que eu queria era que ele dissesse algo ao invés de nada.

— Suponho que não posso culpá-lo por suas suspeitas. — Ele disse, finalmente. — Afinal, tenho uma reputação, não é? Que foi cuidadosamente construída.

A conversa estava começando a me irritar, pois ele não falava nada que fazia sentido. Minha vontade era de abrir a maldita porta e chacoalhá-lo.

— Está falando do seu histórico violento que quase resultou no fim da Era dos Heróis?

— Ah sim — Riu de leve. —, ainda tem isso.

Bati na porta uma vez, mostrando que estava de saco cheio de andar em círculos. Eu vim com um propósito, droga!

— Jon. Eu vou levantar desse chão, sair do salão de oração e vou me casar. — Anunciou como se fosse nada demais, como se estivesse comentando que precisava passar no carteiro.

Não faça isso. — Supliquei.

Ele não respondeu, mas seu silêncio foi tão devastador quanto seria se ele tivesse gritado a plenos pulmões.

— Damian, por favor. Eu vou atrás de você.

Amarras místicas me prenderam no chão, não dando abertura para eu me desvencilhar delas. Desde quando Damian conseguia fazer magia?

— Não, não vai. — Ele disse, friamente.

Eu ainda chamava o seu nome quando ouvi uma porta batendo e seus passos se afastando. Ele se foi.

Ele se foi pra se casar e tornar-se o novo Ra’s al Ghul.

Mas eu não podia focar no meu coração partido agora. Em todas as suas falas enigmáticas, a mais urgente era sobre Maya. Maya, a primeira vítima de suas lâminas. Maya, a primeira que morreu em sua mão. Ou não? O que diabos aquilo tudo queria dizer?

À distância, um cerimonial falava. À distância, uma lâmina rasgou a mão de Mara e logo em seguida Damian.

À distância, ouvi ambos dizendo “Eu aceito”.

Aqui, lágrimas derramavam em meu rosto.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Dust and Gold" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.