Capítulo Dez – A eternidade está em nossos corações.

Os guardiões estavam em frente aos túmulos das guardiãs que arriscaram sua vida apenas pela vitória e pela paz do universo; Ahri e Jinx. 

Syndra estava cabisbaixa, viu na sua própria frente Ahri se jogar na frente de Fortune apenas para lhe salvar do raio de Vel'koz. Nunca imaginou que sentiria isso de alguém que ela detestava. 

Nunca imaginou isso de Ahri. De sua própria líder. 

“Ahri foi uma boa guardiã. Uma boa líder. Sacrificou sua vida apenas para salvar alguém que ela amava. Que ela descanse em paz na poeira cósmica do universo.”, Poppy, disse, colocando uma flor de tulipa no túmulo da mesma. 

“Jinx... o que eu posso falar da minha melhor amiga boba? A pessoa que eu passei anos amando secretamente, que eu me apaixonei por um sorriso bobo e brincadeiras sem graça... Eu vi na minha própria frente, um ato de coragem, de uma real guardiã. O ato de usar  sua vida apenas para salvar aquilo que lhe foi proposto. Jinx e Ahri, foram as maiores guardiãs que eu vi na minha vida, e eu nunca vou me arrepender de tê-las conhecido.”, Lux sorriu, derramando pequenas lágrimas. Colocou um buquê de flores vermelhas; as preferidas de sua amada, no túmulo da mesma. 

A existência de Jinx e Ahri, foram marcadas na história das guardiãs. 

Pelo amor, as pessoas fazem tudo. Até mesmo sacrificar sua simples e humilde vida. 

♥

“É engraçado ver você sendo pai, Ez. Eu nunca imaginei que você se casaria com Soraka, depois de 7 anos a amando... É meio surpreendente pra mim.”, Lux disse, caminhando ao lado do agora, homem. 

“Você e Jinx seriam a mesma coisa. Não tem por quê ficar impressionada... é só... o amor agindo.”

Lux sorriu, abraçada ao loiro. Estava feliz, mesmo depois de 7 anos, a amizade das guardiãs estava mais viva que tudo. 

Mesmo com a morte de Jinx, Ahri e as guardiãs alternativas – essas que sacrificaram sua vida também apenas para salvar Lux e seus amigos dos piores monstros de Illaoi. 

Nunca sentira tanto orgulho de alguém do que agora. 

“E você? O que vai fazer daqui pra frente?”

Era uma boa pergunta para a, agora, loura. Mudara de cor de cabelo apenas para esquecer um pouco o rosa que Jinx amava, qualquer lembrança dela Lux se sentia fraca por não ter salvado a pessoa que mais amava.

“Vou continuar o meu rumo de primeira estrela. Eu nasci como dama da luz, irei morrer como uma. Nunca se sabe quando um novo vilão pode querer dominar o universo.”, brincou, se afastando do garoto e pegando um sorvete.

“Syndra...”, Ezreal se lembrou do que Janna lhe contou, antes de desaparecer por mais vinte anos; “Syndra era a filha perdida de Apolo e Illaoi. Apolo tirou ela da deusa do vazio, por isso ela se rebelou contra o universo e quis domina-lo.”

Mesmo depois de 7 anos terem passado, algumas surpresas do passado ainda rondavam as guardiãs. 

“Então, mais do que nada, eu tenho que continuar sendo uma guardiã, Ezreal. Obrigada por me contar isso. Irei atrás de Syndra.”

“Por quê? Que eu me lembre Syndra não tinha planos para dominar o universo também e-”

“Todos do vazio tem um plano em mente, Ezreal. Seja esse que foi um dia nosso amigo ou não.”, interrompeu o homem, que cessou os olhos. “Foi bom te ver novamente. Diga á Soraka que eu estou com saudades, e que ela tenha um bom parto da garotinha.”

Uma luz se fez presente no céu azulado; era a primeira estrela. O universo nada mais que antes, estava protegido. Até a última gota de sangue, Lux lutaria para o universo ter a paz que ele merecia.