Friday the 13th escrita por Sensei Oji Mestre Nyah Fanfic


Capítulo 4
Sozinhos




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Sarah Dawson e Steven Jackson dialogavam acerca dos últimos detalhes antes da vinda dos estudantes do primário. Enquanto falavam do orçamento, o telefone do escritório começou a tocar. Steven atendeu.

— Oi, Xerife... Sim, sim... É mesmo? Não se preocupe. Estarei aí o mais rápido possível — desligou.

— O que ele queria?

— Aquele policial que estava aqui achou a carteira com os documentos da Heather. Parece que estava jogada na mata.

— Meu Deus. Eu vou contigo.

— Certo. Vou pegar meus documentos e você o seu.

Sarah chamou Alice e pediu para a moça ficar na liderança do grupo enquanto se ausentavam. Depois entrou na picape de Steven e juntos resolveram ir ao centro da cidade.

— Será que eles ficarão bem?

— Claro que sim. Tá com fome?

— Não sei se tenho cabeça pra comer agora, mas, se quiser, podemos ir a um fast food antes.

Steven acelerou a sua picape preta rumo à cidade.

Os jovens ficaram sozinhos no acampamento, ou seja, não havia ninguém para vigiá-los. Kevin e Scott adoraram a ideia.

— O que vão fazer? — perguntou Adrienne.

— A melhor parte desta pré-colônia de férias, baby. Vambora — respondeu Kevin.

Os dois entraram na casa dormitório e pegaram alguns cigarros de maconha. As meninas, Melissa e Adrienne, não acreditavam no que viam. 

— Alguém vai descobrir se vocês contarem. Ah, qualé, amor. Sei que vai gostar dessa viagem.

— Tudo bem, Scott. Só não quero que isso caia no colo da professora Dawson, porque senão minha bolsa de estudo vai para o ralo.

Os quatro fumaram os baseados fora da cabana, perto dos barcos. A brisa era tanta que Alice, na casa principal, sentiu o cheiro da erva. A garota não acreditava que seus amigos estavam se drogando.

— Eles são uns malucos, Mark. Eu que não quero um dia ser pega fumando maconha e perdendo minha chance de ingressar nas melhores universidades do país.

— Acho que somos dois, Alice. Eu prefiro ficar sóbrio. Sou do time dos caretas.

A senhora Kimble foi até a sala e falou para Alice chamar seus colegas para o almoço. 

...

Steven e Sarah foram a um fast food, logo em seguida à delegacia falar com o xerife. O homem agradeceu a presença dos dois e colocou um pacote com a carteira de Heather sobre a mesa.

— É a carteira dela — afirmou Sarah.

— O meu policial encontrou a carteira numa parte da estrada perto de Crystal Lake. Também encontrou marcas de sangue na pista. As marcas começavam uns vinte metros floresta adentro e misteriosamente terminaram no asfalto.

— Meu Deus. Tomara que não tenha acontecido com a pobre Heather.

— Acalme-se, Sarah.

— Xerife, esses alunos estão sob minha responsabilidade. Como vou poder encarar os pais dela se algo tiver acontecido com ela? 

Sarah ficou tão nervosa que foi preciso acalmá-la e sentá-la numa cadeira. Um dos policiais trouxe água com açúcar para ela.

— Não podemos nos precipitar. Não temos provas conclusivas de que algo ruim ocorrera com a moça. Preciso que fiquem por aqui na cidade até o anoitecer.

— Xerife, os alunos ficaram sozinhos no acampamento.

— Senhor Jackson, estou mandando um policial meu para ficar olhando os jovens. Não se preocupem.

Sarah se sentiu melhor depois de beber a água. Uma sensação horrível preencheu a sua mente, tal como no dia em que seu filho morrera.

...

Passava do meio dia e os monitores almoçaram. A cozinheira recolheu os pratos. Alice e Mark foram os únicos que ajudaram Kimble. 

— Vocês não precisam ter se dado o trabalho de me ajudar. Estou sendo paga pra isso.

— De forma alguma vou deixar de ajudá-la. Fui educada desde menina a ajudar os outros.

— Bom, eu também.

— Ajudaram até demais. Se importam de me deixarem só no meu canto? É que eu gosto de trabalhar com muito silêncio e sozinha.

Alice e Mark não se importaram e saíram da cozinha. Os dois saíram da casa e foram se encontrar com os amigos. A senhora Kimble, por sua vez, continuou lavando a louça, quando parou repentinamente. Enxugou as mãos e saiu pela porta dos fundos.

— Tem alguém aí? — ela ficou olhando para os lados. O vento forte bateu nas árvores dando uma sensação gostosa. Kimble caminhou mais distante da casa principal. — Tem alguém aí?

A cozinheira olhou pra trás, viu os jovens bem distantes, no lago. Caminhou pela trilha de terra que dava para fora do acampamento. Ela fez uma cara de que ouviu alguma coisa e foi caminhar para ver.

Adrienne voltou a ajeitar algumas coisas do acampamento. Pegou um daqueles alvos usados para arco e flecha. Ficou colocando alguns alinhados — porque também fazia parte da diversão na colônia de férias das crianças. Uma flecha acertou bem no meio do alvo, dando à moça um baita susto.

— Você está louco?!

— Gostou? — disse Kevin com uma besta.

— Seu babaca. Quase acertou em mim!

— Você está falando com o antigo capitão dos escoteiros. Meu pai é campeão estadual de tiro ao alvo.

— Sinceramente, Kevin, não sei o que se passa na tua cabeça. E na minha também não, pra namorar um boçal como você.

Kevin agarrou Adrienne por trás e deu uns beijos na moça.

— Que tal uma foda?

— Para. A senhora Kimble está por aqui.

— Tá não. Eu a vi sair para fora do acampamento. Estamos apenas nós seis sozinhos.

Adrienne sorriu para Kevin e os dois foram para um local mais sossegado.

...

O policial que havia visitado o acampamento antes, e que achara a carteira da mochileira, voltou, a pedido do xerife, a Crystal Lake. Pegou o caminho de terra que dava ao lago.

— Mas que diabos...

Ele viu uma picape azul Ford 1970 parando num local bem de difícil acesso. Desceu da moto e foi averiguar o condutor.

— Olá. Quem é?

A pessoa misteriosa desceu do veículo. O policial se aproximou, sem suspeitas, até ver algo inesperado.

— Pelos céus. Aquilo ali é um cadáver na traseira da picape?

A pessoa misteriosa deu um tiro de besta bem no meio do peito do policial antes que ele reagisse. O corpo do homem caiu imediatamente. A pessoa misteriosa pegou mais um defunto para a coleção.


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