Simplesmente Acontece escrita por Jenny


Capítulo 4
E agora?


Notas iniciais do capítulo

Volteeeei, com o segundo capítulo da semana! Espero que gostem.
Boa leitura!



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Pov's Katniss

Já se passou uma semana desde a festa do Rodrigo e eu ainda continuo passando mal! Debruçada sobre o vaso sanitário pela 6° vez naquele dia, eu cheguei a acreditar que faltava pouco pra por me estômago pra fora, já que eu já despachei tudo que estava nele. Ótimo, talvez isso resolva meu problema.

Eu simplesmente não podia acreditar que aquelas bebidas me fizeram tão mal. Céus, qual foi a quantidade de álcool que eu ingeri pra me deixar assim? Certo, não foi pouco mas, cacete, eu não aguento mais vomitar! Maldita hora que fui deixar Johanna me arrastar pra junto daqueles amigos bagunceiros e bêbados dela. Falando nela, a Mason também não se conforma que eu estou tão mal por causa do tanto que bebi, e insiste em dizer que devo procurar um médico por ter algo mais. Devo dizer que dessa vez, concordo. Hoje, no 8° dia vomitando sem parar, decidi procurar um hospital. Cheguei a acreditar que possa ser intoxicação alimentar por algo que comi e não me lembro. E foi exatamente o que aleguei ao médico, que concordou por ora, porém pediu exames para confirmar.

— Não, seus resultados para intoxicação deram negativos. E de acordo com seus sintomas, presumo que não seja efeito da bebida em excesso. Não durante todos esses dias! Todavia, tenho um diagnóstico em mente. - O homem de jaleco branco diz.

— E o que é então, doutor? - Questiono, sem conseguir pensar em mais nada.

— Farei um exame de sangue na senhorita, e assim que pegar o resultado confirmado, te direi com certeza! - Responde somente, já chamando uma enfermeira para colher meu sangue.

***

— Como eu havia imaginado! - o médico me olha, depois de verificar o exame e sorri. - Parabéns, moça. Você está grávida! - Quando ouço suas palavras, parece que todo o sangue do meu corpo se esvai. Fico tão pálida quanto um morto. "Grávida" é a palavra que ecoa em minha mente. Não pode ser! Olho para o homem a minha frente que me encara com um semblante preocupado, provavelmente graças a minha expressão estarrecida! Deus, isso só pode ser um pesadelo. Sinto minhas pernas bambas, minha respiração falha. Meu coração acelerado em um ritmo absurdo, minhas mãos trêmulas e suando frio. Mais uma vez meu estômago revira, minha cabeça gira. E, antes que eu possa vomitar novamente, sinto meu corpo pendendo para o lado, e então tudo fica escuro...

***

Acordo assustada. Sonhar com esse dia, faz parecer que estava acontecendo novamente! Me lembro perfeitamente daquele dia, de cada sensação e sentimento que me acometeu. Provavelmente o dia mais assustador da minha vida! Não me levem a mal, eu amo minha filha mais que tudo no mundo. Mas, descobrir uma gravidez aos 20 anos, na metade da faculdade, em uma cidade completamente estranha onde eu só tinha minha melhor amiga da mesma idade que eu. Mais o fato de que o bebê era de um completo desconhecido e que meu pai provavelmente me odiaria para sempre, foi definitivamente a coisa mais assustadora que já me aconteceu.

Eu não costumo pensar sobre isso, principalmente agora, que já passou 6 anos. Mas com a chegada de Peeta, e especialmente nossa discussão de ontem, não consigo pensar em outra coisa, lembrando de cada detalhe desde o dia em que descobri. E pensar nisso, me faz pensar na reação de Peeta! Não vou dizer que não estou mais com raiva do que ele me disse, digo, sobre as acusações a respeito de eu querer o dinheiro dele. Contudo, cheguei a conclusão de que eu também não posso culpa-lo por reagir dessa maneira. Não quando eu não tive uma reação muito melhor quando descobri. São situações diferentes, em épocas diferentes. Mas suponho que os sentimentos sejam os mesmos. E o primeiro deles, é o susto. Ou melhor dizendo, a coisa mais assustadora que já te aconteceu. Tentei por minha cabeça em ordem. Pensei em procura-lo para esclarecer as coisas, no entanto, acredito que agora não é o momento. Principalmente se considerarmos que eu com certeza desabaria na frente dele, assim que tentasse. Só queria poder esquecer. Queria poder mudar as coisas, desde o começo...

***

— Você nem falou comigo ontem. Nem te vi ir embora! - Johanna comenta, quando mais tarde naquele dia, fomos almoçar juntas.

— Eu não estava em condições de ficar muito tempo perto de pessoas. - Dou de ombros, olhando o cardápio.

— E então? - Sinto seus olhos sobre mim, esperando que eu diga algo sobre minha conversa com Peeta.

— Então o que? - Me faço de desentendida, ainda sem olhá-la.

— Sobre a conversa, Katniss! Não se faça de boba. - Ela diz, curiosa.

— Péssima! Pior do que eu pensei. Ou talvez exatamente como deveria ter sido. Tanto faz, não quero falar sobre isso. - Respondo, ainda tentando fugir do assunto.

— Ah, mas vai falar sim senhora. To me matando de curiosidade desde que te procurei ontem e não achei. Pode começar a contar! - Ela puxa o cardápio das minhas mãos, me fazendo levantar a cabeça para encará-la.

— Foi horrível, Joh! Ele provavelmente me odeia e acha que sou uma interesseira que só quer o dinheiro dele. Não quero. Não preciso. Deixei isso bem claro! Ele ficou com tanta raiva que até me deixou assustada, pra falar a verdade. Depois, no final das contas, só disse que não queria tem que me olhar por muito mais tempo ontem e então foi embora. Eu me senti péssima! Estava com tanta raiva também. Basicamente foi isso. Agora vamos esquecer! Já fiz minha parte, que era contar. Agora chega de falar sobre! Por favor. - Peço, tentando me livrar dos pensamentos sobre ontem.

— Tudo bem! De qualquer forma, você não pode ficar com raiva por ele ter ficado com raiva. Convenhamos, ele estava no direito né? Não significa que ele possa te ofender, claro. Mesmo assim é compreensível essa reação. Mas, pelo pouco que conheço dele Kat, sei que Peeta não é uma cara ruim. Sabe, só dê um tempo a ele, pra poder digerir isso tudo! Mas essa história não está acabada. Você não pode ignorar isso! - Ela opina. Sei que tem razão, mas pensar nisso me dá vontade de chorar novamente. Pra ser sincera, chorar é a única coisa que tenho feito desde que sai da casa do Rodrigo.

— Eu sei! Só não quero pensar sobre isso, pelo menos não por ora! - Suspiro, cansada.

— Certo, então não pense! Vamos falar sobre outra coisa. Como está a Manu? Já voltou da casa da menininha? - Minha amiga pergunto e eu agradeço mentalmente por isso.

— Não. Vai voltar só a tarde! - Respondo, me sentindo um pouco melhor por falar sobre minha filha. E assim passamos o almoço, falando sobre assuntos diversos, me deixando mais relaxada por um momento...

***

Hoje faz exatos 7 dias desde a festa e a discussão. Eu já não choro com tanta frequência, mas ainda me sinto péssima! Pouco depois da 11h00, sexta-feira. Manuela estava no colégio, já que estuda o dia todo, das 7h00 às 16h30. Como é meu dia de folga, decidi aproveitar para organizar algumas coisas em casa. Depois que acabei de almoçar, ouvi a campainha. Me dirigi até a porta, pensando em quem poderia ser, já que não costumo receber muitas visitas, principalmente essa hora do dia. Quando abro a porta, fico surpresa ao vê-lo. Irritantemente lindo como sempre, encostado no batente da porta, me encarando com um sorriso torto.

— Oi. - O loiro cumprimenta, coçando a cabeça e com um sorriso sem graça. - Será que eu posso entrar? - Pergunta! E agora? Eu estou preparada pra sabe-se lá o que essa situação me reserva?

 

 


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Notas finais do capítulo

E agora, José? hahaha! E aí, o que vocês acham. Ele entra ou não? Outra briga ou trégua?
Ps: O cap ficou menor que de costume, eu sei. Mas foi preciso, pra separar o momento sobre o sentimento da Katniss a respeito da situação e o desenrolar dela.
Beijocas e até o próximo!



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