Simplesmente Acontece escrita por Jenny


Capítulo 3
A verdade!


Notas iniciais do capítulo

Oi, oi minha gente! Eu voltei! Como eu disse, tentaria postar pelo menos 1 cap por semana, porém a semana passada foi a semana de provas na faculdade, então não tive tempo! Mas estou de volta com mais um capítulo.
Boa leitura!



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Pov's Katniss

Já se passou exatamente 1 semana desde minha conversa com Johanna a respeito do Peeta. Andei pensando durante ela toda, e decidi que vou contar a ele. Ainda não sei como vou fazer isso, e estou a ponto de enlouquecer, mas sei que preciso! Afinal, quanto mais eu demorar, pior vai ser. E ainda tem a possibilidade dele acabar descobrindo de uma forma ou outra, considerando que nós temos amigos em comum, e ele insiste em se aproximar de mim a cada oportunidade. E, com total apoio da minha amiga, ela conseguiu o "momento perfeito" de acordo com ela. Como é sabido, Rodrigo adora uma bagunça todo fim de semana. E hoje, uma sexta-feira na qual minha filha foi fazer uma festa do pijama na casa de uma amiguinha do colégio, o primo do Mellark decidiu dar mais uma de suas costumeiras festas. Obviamente, Peeta estará presente, e Johanna alegou que será o momento perfeito, já que eu terei a oportunidade de ficar a sós com ele, sem me preocupar em voltar pra casa por Manuela.

Cheguei a tal festa já se passava da 22h. Não que tivesse começado a pouco tempo, eu só demorei demais pra decidir se realmente viria. Assim que entrei, avistei minha amiga falando com algumas pessoas. Ao lado dela, estava Peeta conversando com um amigo dele, Finnick! Ele não demorou pra me notar e assim que o fez, sorriu. Sorri de volta e dei um breve aceno, indo me sentar.

— Hey! - O loiro não demora a aparecer, sentando na cadeira à minha frente.

— Oi. - Cumprimento.

— Achei que você não viria, mesmo Johanna afirmando que sim! - Ele comenta.

— Ah, eu estava muito cansada, não ia vir mesmo. Mas acabei mudando de ideia. - Dou de ombros e ele concorda com a cabeça.

— E como você está? faz tempo que não te vejo. - Ele dá um sorriso de canto.

— Estou bem, só trabalhando muito. Mas isso não é novidade! - Respondo. Acabamos entrando em uma conversa animada, sobre diversos assuntos. É agradável ficar com ele. Ver como o assunto flui, como se fossemos próximos há anos, tanto que até consegui relaxar por um momento! Um longo tempo depois, quando finalmente consegui tomar coragem, lembrando do real motivo de ter ido ali, decidi que não ia mais enrolar. Agora era a hora!

— Peeta, vamos nos sentar lá no jardim? Aqui está muito abafado. - Convido, terminando de beber o resto do líquido no meu copo, e já me levantando.

— Claro! - Ele concorda, me acompanhando até a parte de fora da casa.

— A lua está linda. - Comento admirada, quando já estamos a céu aberto.

— Não mais do que você. - Ele se vira para mim e sorri, sorriso esse que se transforma em uma pequena gargalhada ao notar minhas bochechas coradas.

— Você adora me deixar sem graça, né? - Sento em um banco, e ele senta ao meu lado.

— É bonitinho! - Responde, ainda sorrindo e eu acabo rindo.

— Ok, eu preciso... - Começo meu discurso, mas parece que as palavras somem.

— Precisa de que? - Pergunta.

— Preciso... Preciso, hã, falar com você sobre, bem, tenho que te contar uma coisa. Mas... que droga, eu não sei como fazer isso! - Tento mais uma vez e ele faz uma careta em sinal de confusão.

— Ok, relaxa. Não precisa ficar nervosa, Katniss. Eu não mordo! - Brinca, mas desiste de rir quando percebe que eu continuo absurdamente nervosa.

— Certo, eu preciso te contar uma coisa. E eu definitivamente não faço ideia de como fazer isso. Então só me deixa falar, e quando eu terminar você pode dizer o que quiser! Mas, por favor, me deixe terminar primeiro. - Peço, um tanto desesperada e ele assente, sério. Respiro fundo antes de voltar a falar. - Ok, então... Há seis anos atrás, apesar de ter 20 anos, eu era só uma garota irresponsável. Havia me mudado pra Califórnia para estudar medicina em Stanford. Até que, um belo dia, eu havia tido um dia horrivelmente péssimo. E tinha essa festa, do Rodrigo! Eu vim, mesmo estando mal, e bebi como nunca bebi na vida! A questão é que eu estava sendo uma idiota o dia todo, e acabei em uma festa, bêbada, com um cara lindo e sexy tentando me levar pra cama... - Paro por um minuto.

— Esse cara era eu! - Peeta dá um sorriso torto.

— Era! E então, você acabou ficando bêbado também, até estarmos alterados o suficiente para irmos pra um motel. Só que isso não importa, de qualquer forma. Afinal, você sabe de tudo! O que aconteceu foi, uma semana depois, você já tinha voltado pra Londres, eu jurei que nunca mais beberia nada na vida, porque havia passado mal a semana toda. O problema foi quando eu fui no médico e eles me disseram que eu não estava passando mal por causo do álcool ou algo assim. Eu... eu estava... grávida! - Termino, com uma voz quase inaudível no final, enquanto encaro um ponto fixo no chão. Peeta apenas fica em silencio por uns segundo, que parecem horas. Olho para seu resto para ter certeza que ele me ouviu, e tento decifrar sua expressão. Mas não consigo. Ele estava imóvel, como se estivesse congelado, e seu rosto estava indecifrável.

— Tá bem, eu não achei qual parte é a graça da piada. - Ele fala, me analisando como se tentasse perceber que eu não falava sério.

— Eu realmente queria que fosse uma piada. - Suspiro, cansada.

— Katniss, você não ta falando sério. NÃO pode ta falando sério! Como a merda de uma única noite pode acontecer isso? Não é possível, você está enganada. - Diz, aflito.

— Peeta, eu sei que é quase inacreditável, mas você acha que eu sou o que? Uma vadia que dorme com um cara por noite? Eu mais do que qualquer um queria que fosse uma maldita piada de mau gosto. Mas não é! Uma semana. Foi exatamente uma semana depois que nós transamos, eu descobri que estava grávida. E eu não fiquei com mais ninguém desde aquela noite. Como posso estar enganada? - Falo, também aflita. Ele fica de pé, passando as mãos no cabelo, nervoso.

— Certo, então você está me dizendo que eu sou o pai da sua filha? Que eu tenho uma filha de seis anos. SEIS anos, e não sabia de nada? Por que você nunca me contou? - Percebo sua fala sendo controlada para não gritar, mas a raiva em sua expressão é notória.

— Eu não conhecia você, Peeta! Foi a porra de UMA noite. Eu não fazia ideia da pessoa que você era e, sinceramente, você não parecia ser o cara que quer ter um filho aos 22 anos! Eu não tinha nenhum contato seu, e mesmo se tivesse, o que você que eu fizesse? Te ligasse e dissesse "Ei, Peeta. Provavelmente você nem se lembra de mim, mas nós transamos na semana passada e eu estou grávida, parabéns" o que acha? - Falo, com sarcasmo e acabo me levantando do banco também, para ficar de frente com ele.

— Eu não sei, Katniss! EU NÃO SEI A MERDA QUE VOCÊ  FARIA, MAS VOCÊ DEVERIA TER FEITO. VOCÊ NÃO DEVIA TER ME ESCONDIDO ISSO. VOCÊ NÃO TINHA A PORRA DO DIREITO DE FAZER ISSO. NÃO TINHA! - Agora ele já desiste de se controlar e grita, com raiva. Me assusto inicialmente pelo seu tom de voz, temendo que alguém ouça e venha ver o que está acontecendo. Mas graças aos céus, a música está alta, impossibilitando que alguém ouvisse.

— Eu sei disso, inferno! Eu sei que foi errado, mas eu não sabia o que fazer. Você não faz ideia do quanto tudo foi difícil pra mim. Eu estava desesperada. - Tento fazê-lo entender, novamente. - Foi uma atitude tola, eu sei. E eu me arrependo, por isso estou aqui tentando reparar parte disso. Só é que eu realmente achei que fosse o melhor no momento. - Concluo, tentando controlar todos os sentimentos bagunçados dentro de mim.

— O melhor? Me esconder durante seis anos que eu tenho uma filha e não fazia a menor ideia disso? Você sabe o quão errado isso foi? Você faz ideia de como estou me sentindo agora? É claro que não. Isso é doentio. Você só pode estar de brincadeira! - Ele volta a falar em um tom de voz mais baixo, porém, com os dentes cerrados demostrando toda sua fúria.

— O que você está sentindo? - Dou uma risada irônica. - Você não faz ideia do que EU senti. Eu sei que fui errada, mas você não pode simplesmente achar que é a única vítima! - Digo, já completamente sem paciência.

— Não é como se você tivesse passado por tudo isso por minha culpa. Você desencadeou tudo isso. Tudo que você passou, sozinha, foi consequência das SUAS escolhas, já que eu não tive nem a oportunidade de saber sobre minha própria filha. Então sim, tecnicamente eu sou a única vítima disso tudo! - O loiro acusa, mais uma vez passando as mãos no cabelo, provavelmente tentando controlar a raiva. - E agora, você decidiu contar porquê, inclusive? Me diga, qual foi o grande fator que te fez mudar de ideia? Deixa eu adivinhar, você precisa de dinheiro. Precisa de um otário pra te bancar mas não arrumou nenhum, então agora que eu estou aqui é mais fácil já que eu tenho parte na culpa e perante a lei, obrigação com a menina? - Ele diz, debochado. Quando termina, sinto minhas bochechas queimarem de raiva e tenho uma vontade absurda de dar-lhe um tapa no rosto. Fico tão irritada e chocada com suas palavras finais, que simplesmente ignoro o fato de que a qualquer momento possa aparecer alguém, e volto a falar absurdamente enfurecida.

— SEU BABACA! EU NÃO PRECISO DE VOCÊ. NUNCA PRECISEI, NEM DE VOCÊ E MUITO MENOS DA MERDA DO SEU DINHEIRO! EU CRIEI MANUELA SOZINHA DURANTE TODO ESSE TEMPO, E NUNCA LHE FALTOU NADA ABSOLUTAMENTE NADA! EU SÓ DECIDI TE CONTAR AGORA PORQUE ME ARREPENDI DO QUE FIZ E ACHEI QUE VOCÊ DEVERIA SABER, MAS EU NÃO PRECISO E NEM QUERO NADA DE VOCÊ! - Grito com raiva, pouco me importando se alguém ouviria. Sinto raiva dele, raiva de mim, raiva de toda essa situação idiota. Ele me olha, com uma expressão ainda de fúria, como se fosse me fuzilar. Então balança a cabeça em negação.

— Quer saber, eu vou embora! Não aguento e nem quero ter que olhar pra você por mais tempo hoje. - Peeta diz, após alguns segundos de silêncio, de forma rude e fria. Então sai, me deixando lá, sozinha! Sinto meu estômago revirando e percebo que quero vomitar. Quando senti meus olhos marejados, forcei minhas pernas bambas a saírem dali antes que eu comece a chorar igual uma louca. Então apenas mirei em direção a saída, e em passos rápidos fui embora, sem me incomodar em me despedir de alguém...


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Notas finais do capítulo

TCHANAM! kkk. E então, o que acharam? Deixem suas opiniões! A gente se vê no próximo! Beijos.



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