Simplesmente Acontece escrita por Jenny


Capítulo 23
"...Eu amo todas suas versões..."


Notas iniciais do capítulo

Heeeeey guys! Olha quem voltou!
Uau, quanto tempo. Nem sei se ainda tem gente interessada em terminar de ler essa história, mas se tiver eu estou de volta. Nem sei como me desculpar por ter desaparecido assim, do nada, e deixando a fic em hiatos. Eu realmente sinto muito! Eu, como leitora também, sei o quanto isso é indescritívelmente horrível. Mas, 2018 foi um ano muuuito difícil pra mim. Pra todos, né? Que ano, pessoal. Deus me livre. Então, devido a inúmeros motivos pessoais, não postei mais. Entretanto, estou disposta a terminar essa história caso alguém ainda queira ler. Me perdoem o sumiço.
Quanto aos comentários, saibam que eu li todos e sou muito grata por eles. Inclusive, um dos motivos que me motivou a voltar foi o comentário de uma leitora nova, que comentou em quase todos os capítulos há um mês atrás, mais ou menos. É bom saber que ainda estão por aqui ♥
Sem mais delongas, vamos ao cap.
Boa leitura!



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Pov's Peeta

Estiquei o braço para o lado e senti apenas o colchão macio. Abri os olhos confirmando que estava só. Por um momento fui atingido pelo medo de a noite anterior ter sido apenas um sonho! Não, não pode ser. Tenho certeza que trouxe Katniss aqui e me declarei. Assim como tenho certeza que ela me aceitou. Notei que estava nu, o que me trouxe um certo alívio, afinal isso é uma prova que a noite passada aconteceu, certo?

Levantei-me e fiz minha higiene matinal. Vesti apenas uma cueca boxer e me dirigi para fora do quarto. Quando abri a porta, devido ao fato de o apartamento não ser tão grande, pude sentir o cheiro de bacon e ovos fritos. Sorri. Ela está aqui.
Katniss estava de costas para a porta da cozinha quando me aproximei. Usava apenas uma camiseta minha, que tampava até pouco acima da metade de suas coxas e que ficara absurdamente sexy em seu corpo escultural. O cabelo estava preso em um rabo de cavalo e os pés descalços. Linda, como sempre! Fiquei parado, recostado no batente da porta, com um sorriso idiota admirando-a enquanto ela preparava um suco de laranja.

— Bom dia, gatinha! - depois de alguns segundos decidi me manifestar, aproximando-me para pode abraçá-lo e depositar um beijo na sua nuca. Senti ela se arrepiar.

— Bom dia, bela adormecida! - ela deixa a jarra de suco e vira seu corpo de frente pra mim, passando os braços ao redor do meu pescoço permitindo-me depositar um beijo casto em seus lábios rosados.

— Por que acordou cedo? - pergunto, sentando-me em uma das cadeiras da mesa, onde estavam os ovos e o bacon.

— Cedo nada. Já são 9h30! Eu acordei faz um tempo e você nunca que acordava pra me alimentar. Então decidi fazer isso sozinha. - ela dá de ombros, deposita a jarra de suco sobre a mesa e senta-se na outra cadeira.

— Bem, pois agora alimente nós dois. - digo, enquanto ela revira os olhos, mas sorri e põe-se a me servir e depois a si própria.

— E então, você ainda quer manter seu papo de ontem ou já mudou de ideia? - questiona em um tom divertido, mas sinto que a pergunta foi real.

— De novo isso? - sou eu quem revira os olhos agora.

— Só quero me certificar que você tem certeza do que está fazendo. - responde.

— Eu disse que te amo, Katniss. Do que mais você precisa pra se certificar? - acabo soando um pouco irritado. Essa insistência dela estava realmente me incomodando. Não sei porquê ela duvida dos meus sentimentos. Nunca dei motivos para isso.

— Desculpa. Eu tento não deixar transparecer mas, a verdade é que em relação a algumas coisas, eu sou uma grande medrosa. - devia seu olhar do meu, focando em seu prato de café da manhã. Suspiro.

— Ei, eu nunca tive tanta certeza de algo na minha vida. - digo, pegando sua mão por cima da mesa. Ela volta a me olhar. - Eu quero você, todos os dias, enquanto eu viver ou até você não me querer mais. - completo.

— Eu posso ser meio louca! Você devia mesmo é fugir pras colinas. - faz piada. Acabo rindo, mas nego com a cabeça.

— Não importa! Eu amo todas suas versões. Desde a mulher brilhante até a louca. - afirmo e ela sorri.

— Eu também quero você, Peeta! Para o resto da minha vida. - ela diz desviando seu olhar para nossas mãos entrelaçadas. - Mas, agora o que eu quero mesmo é comer. - completa, soltando minha mão. Gargalho.

— Como é que você continua tendo esse puta corpão, com esse apetite? É macumba? - brinco.

— Talvez. - da de ombros e ambos rimos.

Depois do café, fomos para a sala, nos aninhando no sofá. Katniss colocou um filme, que por acaso eu não estava prestando muito atenção. E, aparentemente ela também não, já que alguns minutos depois, ela que estava deitada com a cabeça apoiada nas minhas pernas, sentou-se cruzando as pernas em borboleta, virando para me olhar.

— Me diga o que aconteceu entre você e Delly no aniversário do seu pai. - pede. Levanto uma sobrancelha, sem entender o motivo desse assunto assim repentinamente.

— Como eu disse, não aconteceu nada! Eu só disse a ela que não tinha a menor chance de ficarmos. - respondo.

— Certo, mas eu quero saber exatamente o que houve depois que eu sai. - insiste.

— Por que? - questiono.

— Porque eu penso sobre isso desde aquele dia. - confessa. Então eu conto. Todos os detalhes de como rejeitei Delly por ela.

— Eu meio que fiz uma coisa naquele dia. - morde o lábio inferior.

— O que? - pergunta incerto se queria realmente ouvir, já que pela expressão dela não parecia boa coisa.

— Bem, eu vi Delly começar a tirar a roupa então... Eu fiquei muito irritada. Estava com muita raiva de você e acabei comprando uma garrafa de tequila. Minha intenção era encher a cara pra esquecer a cena daquela mulher fazendo uma espécie de Streep tease no seu quarto. E aí eu tinha bebido um pouco quando Gale mandou uma mensagem me convidando pra sair e... - ela começou a explicar mas, enciumado demais para esperar ela terminar, interrompi.

— Quem é Gale? - levanto uma sobrancelha, com um sentimento estranho dentro de mim.

—  É um cara que trabalha no hospital. Ele é do setor administrativo. - esclarece.

— Então você transou com esse cara porque estava com raiva de mim? - sinto uma vontade absurda de socar a cara do filho da puta.

— Não! Me deixe terminar, ok? - pede. - Bom, eu ia mesmo transar com ele. Foi o motivo pelo qual eu convidei ele para ir lá em casa. Mas eu não consegui! A cada vez que ele me tocava meu cérebro insistia em ficar fazendo comparações. Eu simplesmente não conseguia continuar com aquilo, porque eu só conseguia pensar em como aquilo era estranho e... diferente. E o quanto eu gostaria que você estivesse lá e não ele! Eu estava com raiva de você por achar que você poderia estar com a Delly. Estava com raiva pelo que havia acontecido entre nós mais cedo. Estava com raiva, bêbada e carente! A verdade é que eu só queria usar o Gale para, de alguma forma, te dar o troco. Quando eu percebi o quão horrível eu estava sendo por fazer isso, mandei ele embora. E então, passei todos esses dias aliviada por não ter feito merda e dormido com ele, mas ao mesmo tempo sendo corroída por essa maldita dúvida sobre você ter ou não ficado com ela. Agora estou feliz. - ela termina a história e, apesar do ciúme que senti ao pensar na minha mulher com outro homem, é bom saber que naquela época ela tinha ciúmes de mim, o que significa que ela já nutria algum sentimento.

— Ótimo! Porque se você tivesse ficado com ele, eu teria que conhecê-lo para poder matá-lo depois. - digo e ela faz uma careta engraçada.

— Nada disso! Não quero saber do pai da minha filha na cadeia. - responde.

— Certo, eu não o mataria. Mas eu definitivamente poderia dar uma boa surra nele. - e dessa vez eu não duvido das minhas próprias palavras.

— Me lembrarei de nunca te apresentá-lo. - outra careta que me faz rir. Ela volta a deitar no sofá, apoiando sua cabeça em minhas pernas afim de assistir ao filme. Mas, novamente, ela não parece prestar atenção.

— Como vamos contar pra todo mundo? E se não for uma boa ideia? E se seus pais acharem que é uma má ideia? O meu pai certamente acha. Aí meu Deus! - ela tagarela, um tanto aflita.

— Kat, relaxa ok? Não é uma má ideia. Não estamos fazendo nada de errado! - falo tentando tranquiliza-la.

— E Manuela? O que ela vai achar disso? - minha tentativa parece ser em vão, considerando que ela nem parece ter ouvido o que eu disse antes.

— Katniss - chamo, colocando uma mão de cada lado de sua cabeça, obrigando-a a me olhar. - Tá tudo bem! Nós somos dois adultos completamente responsáveis pelos nossos atos. E nós dois queremos isso. E nós somos as únicas pessoas que podem decidir o que fazer sobre nossos sentimentos, certo? E, bem, meus pais amam você. As vezes parece que minha mãe gosta mais de você do que de mim, sério. Sem dúvidas, eles irão mais do que nos apoiar. Assim como Finnick e Johanna. Quanto ao seu pai, não há muito o que possamos fazer, ele é uma caso a parte. E Manuela, ela é a pessoa que mais apoia isso. Inclusive, ela já tinha me "sugerido" isso antes. - falo, com um sorriso de canto que a faz sorrir também.

— O que você quer dizer quando diz que Manuela "sugeriu" isso? - arquea uma sobrancelha, curiosa.

— No dia do aniversário do meu pai, depois que me livrei da Delly, Manu apareceu lá no quarto e me perguntou se Delly era minha namorada. Eu disse que não, então ela me disse que não gostava dela e me pediu para não namorar ela e que eu poderia namorar você. - conto.

— Ai meu Deus! - ela cora e ri, tampando o rosto com as mãos.

— Acho que até nossa filha de 7 anos já havia notado que a gente se gostava e nós não. - rio e ela concorda.

— Aparentemente! Tudo bem, então. - Katniss diz, parecendo mais tranquila. Inclino-me para frente para poder selar nossos lábios em um selinho rápido. Mas, antes que eu pudesse voltar a posição anterior, Katniss aprofunda o beijo, trocando de posição e voltando a sentar-se, dessa vez no meu colo. Quando o fôlego acaba, ela separa seus lábios dos meus e sorri.

— Isso sim é um beijo de verdade. Não o que você vem fazendo desde que acordou. - seu sorriso e de canto, com uma pontinha de deboche.

— Perdoe meu erro, madame. Espero poder compensá-la por isso! - brinco, usando uma voz polida.

— Espero que sim! Como você pretende fazer isso? - suas unhas deslizam delicada e sedutoramente pelo meu peito nu.

— Você nem imagina o que eu tenho em mente! - sussurro em seu ouvido, causando-lhe arrepios. Mordi o lóbulo da sua orelha e depois desci com os beijos por toda a extensão de seu pescoço, enquanto minhas mãos estavam infiltradas debaixo da minha camisa que ela usava.

— Precisamos estar na casa dos seus pais as 11h00. Temos 1 hora, querido. - avisa, em meio aos baixos gemidos que escapavam de seus lábios.

— Então não vamos mais perder tempo. - sorrio malicioso e volto a beija-la, dessa vez com pura segundas intenções...


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Notas finais do capítulo

Sei que o cap ficou pequeno mas decidi postar mesmo assim, pra poder voltar e deixar vocês aproveitarem mais um pouquinho esse momento fofinho de casalsinho novo.
Comentem, opinam, sugiram. Vamos nos comunicar e ser amiguinhos por aqui ♥.

Beijocas e até logo ♥



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